segunda-feira, fevereiro 28, 2005
UMA OPÇÃO INADIÁVEL PARA A FIGUEIRA
É seguramente uma boa, uma muito boa notícia, a de que foram concedidas licenças para duas centrais de produção de electricidade queimando gás natural se instalarem na mata da Leirosa ,
no Concelho da Figueira da Foz.
A confirmar-se a construção e posterior entrada em laboração das duas centrais, verificar-se-à um acentuado reforço do perfil da Figueira da Foz como terra de trabalho e de indústria, em desejável desfavor da sua actual imagem de terra de lazer, de cachondeo e de turismo para banhistas.
O emprego directamente gerado não será muito grande ( umas 5 a 6 dezenas de empregos) . Mas já terá muito peso e significado o emprego indirecto ( assistência técnica e manutenção) quando em fase de operação, assim como a mão de obra utilizada durante a sua construção . Sem falar no trabalho eventualmente dado a alguma indústria metalo mecânica nacional, se o equipamento puder ser , em grande parte , adjudicado à indústria nacional, como é desejável.
É altura de se encarar bem de frente esta realidade : nos tempos actuais, com o actual contexto socio-económico europeu, e com os actuais destinos e ofertas turísticas, a Figueira não é, nem deverá insistindo querer ser à viva força, uma terra mais conhecida pelo turismo e onde este seja área de negócio relevante. Já foi tempo, e hoje os tempos são outros .
Esta área de negócio poderá naturalmente continuar a existir, mas num plano de complementaridade à sua vocação e perfil de terra industrial e portuária . Mesmo o tão falado e desejado golf poderá e deverá ser visto nesta perspectiva de complementaridade .
Não são as enchentes de Agosto, ou dos fins de semana de Julho, ou de um ou outro fim de semana do resto do ano, que deverão criar ilusões.
A verdade é que, enquanto terra onde se pode vir espairecer um pouco, pela boa qualidade de vida e pela largueza de horizntes que realmente tem, a Figueira tem sido acima de tudo uma cidade dormitório, repleta de casas e apartamentos de segunda habitação.
É seguramente uma boa, uma muito boa notícia, a de que foram concedidas licenças para duas centrais de produção de electricidade queimando gás natural se instalarem na mata da Leirosa ,
no Concelho da Figueira da Foz.
A confirmar-se a construção e posterior entrada em laboração das duas centrais, verificar-se-à um acentuado reforço do perfil da Figueira da Foz como terra de trabalho e de indústria, em desejável desfavor da sua actual imagem de terra de lazer, de cachondeo e de turismo para banhistas.
O emprego directamente gerado não será muito grande ( umas 5 a 6 dezenas de empregos) . Mas já terá muito peso e significado o emprego indirecto ( assistência técnica e manutenção) quando em fase de operação, assim como a mão de obra utilizada durante a sua construção . Sem falar no trabalho eventualmente dado a alguma indústria metalo mecânica nacional, se o equipamento puder ser , em grande parte , adjudicado à indústria nacional, como é desejável.
É altura de se encarar bem de frente esta realidade : nos tempos actuais, com o actual contexto socio-económico europeu, e com os actuais destinos e ofertas turísticas, a Figueira não é, nem deverá insistindo querer ser à viva força, uma terra mais conhecida pelo turismo e onde este seja área de negócio relevante. Já foi tempo, e hoje os tempos são outros .
Esta área de negócio poderá naturalmente continuar a existir, mas num plano de complementaridade à sua vocação e perfil de terra industrial e portuária . Mesmo o tão falado e desejado golf poderá e deverá ser visto nesta perspectiva de complementaridade .
Não são as enchentes de Agosto, ou dos fins de semana de Julho, ou de um ou outro fim de semana do resto do ano, que deverão criar ilusões.
A verdade é que, enquanto terra onde se pode vir espairecer um pouco, pela boa qualidade de vida e pela largueza de horizntes que realmente tem, a Figueira tem sido acima de tudo uma cidade dormitório, repleta de casas e apartamentos de segunda habitação.
Isso é consequência de uma visão apreciadora e instigadora da "betonização" da paisagem urbana, potenciada pela circunstância de que, ávidos de receitas correntes para gastar em despesas correntes, os recentes executivos municipais criaram uma grande dependência relativamente a receitas correntes tais como a sisa, a contribuição autárquica e as receitas por concessão de alvarás de loteamentos urbano e de construção.
Todas estas receitas serão tanto maiores quanto mais betão, e mais blocos de apartamentos se espalharem por tudo quanto é sítio nas áreas litorais. Pouco importando que seja para acolher sobretudo segunda habitação.
Segundo o censo de 2001 , 33,5 % das habitações do Concelho da Figueira da Foz, eram de segunda habitação. Como estas se deverão concentrar essencialmente nas freguesias de S. Julião, Buarcos, Tavarede e S.Pedro ( ou seja na parte urbana do Concelho) , não parecerá exagerado estimar que nesta mesma parte urbana, a proporção dos fogos de segunda habitação ande pelos 40 a 45 % .
È claro que a Figueira, se e quando adquirido um mais marcado perfil de terra de indústria, poderia eventualmente continuar a ser cidade de segundas habitações, e continuar a registar as tais enchentes .
Não sendo para isso necessário, de todo, que o Município faça elevadíssimas despesas promocionais em animações, festas, espectáculos, foguetes, carnavais, desfiles de bikinis, ou outros eventos pensados e destinados a dar circo ao pessoal, mais ao indígena que ao forasteiro.
Os vultuosos recursos financeiros que, ano após ano, ( sobretudo depois da passagem de Santana Lopes e dos seus herdeiros pela Câmara da Figueira) têm sido despedaçados para alimentar a imagem da chamada “ Figueira, terra no mapa e em permanente animação” , teriam sido bem melhor empregues se investidos ( e aqui o termo investir está bem aplicado...) na melhoria das infra estruturas indispensáveis para serem criadas condições logísticas e de vida moderna, capazes de mobilizar e atrair mais investimentos na indústria, no porto comercial e no comércio internacional.
Lembro que, por exemplo, só naquela completamente falhada campanha da "Lusitânea" foram espatifados cerca de 5 milhões de Euros(1 milhão de contos)...
O dinheiro é um bem escasso, não é?
Então aplique-se ( invista-se) naquilo que possa dar mais retorno, tenha maior efeito multiplicador, possa gerar mais riqueza, segundo uma inteligente hierarquia de prioridades.
Está-se sempre a tempo de corrigir a mão e mudar a visão estratégica.
O PRIMEIRO GRANDE DESAFIO
Um dos primeiros grandes e difíceis desafios, se não mesmo o primeiro, que o novo Governo vai ter de enfrentar, será o da gestão da catastrófica seca que actualmente assola Portugal , e das suas terríveis consequências .
A mitigação dos seus efeitos na agricultura, na indústria, na escassez e nos preços dos produtos agrícolas, no turismo, em muitas zonas mesmo no abastecimento público de água potável , vai requerer um enorme esforço de mobilização e de solidariedade colectiva, como porventura nunca antes se tenha visto.
Os esforços pessoais que vão ser inevitáveis terão de ser repartidos equitativamente por todos.
Será melhor que todos nos vamos psicologicamente preparando para esse esforço colectivo e esses sacrifícios individuais.
Vamos aprender com eles, pois outros virão a seguir .
Um dos primeiros grandes e difíceis desafios, se não mesmo o primeiro, que o novo Governo vai ter de enfrentar, será o da gestão da catastrófica seca que actualmente assola Portugal , e das suas terríveis consequências .
A mitigação dos seus efeitos na agricultura, na indústria, na escassez e nos preços dos produtos agrícolas, no turismo, em muitas zonas mesmo no abastecimento público de água potável , vai requerer um enorme esforço de mobilização e de solidariedade colectiva, como porventura nunca antes se tenha visto.
Os esforços pessoais que vão ser inevitáveis terão de ser repartidos equitativamente por todos.
Será melhor que todos nos vamos psicologicamente preparando para esse esforço colectivo e esses sacrifícios individuais.
Vamos aprender com eles, pois outros virão a seguir .
domingo, fevereiro 27, 2005
BONS SINAIS?
Segundo divulga o EXPRESSO deste fim de semana, José Sócrates terá confessado em privado que “ Se fizer o que tem de ser feito, é para não ser reeleito” .
A ser verdade ter havido tais declarações , e a serem elas sinceras, trata-se de um bom primeiro sinal.
Importará cruzá-las com parte final de uma crónica de António Pinto Leite, também publicada na mesma edição daquele semanário :
“ O mesmo povo que puniu o PSD em Junho, Setembro ou Fevereiro, é o mesmo que vai punir o PS.
A questão é que Portugal só tem solução se houver políticos verdadeiramente dispostos a correr o risco dessa punição”.
Uma futura punição não é , à partida, inevitável. Mas o que importa é que José Sócrates esteja disposto a correr esse risco. Poderá não ser reeleito, mas se governar sem medo desse risco, prestará um inestimável serviço a Portugal, sobretudo às gerações imediatamente futuras.
Mantenho essa esperança. Veremos se os próximos sinais me permitirão continuar a alimentá-la .
Já agora , e a tal propósito, seja-me permitido recordar parte de um post aqui publicado no passado dia 17 de Dezembro de 2004 :
GOVERNO POR QUATRO ANOS
Segundo divulga o EXPRESSO deste fim de semana, José Sócrates terá confessado em privado que “ Se fizer o que tem de ser feito, é para não ser reeleito” .
A ser verdade ter havido tais declarações , e a serem elas sinceras, trata-se de um bom primeiro sinal.
Importará cruzá-las com parte final de uma crónica de António Pinto Leite, também publicada na mesma edição daquele semanário :
“ O mesmo povo que puniu o PSD em Junho, Setembro ou Fevereiro, é o mesmo que vai punir o PS.
A questão é que Portugal só tem solução se houver políticos verdadeiramente dispostos a correr o risco dessa punição”.
Uma futura punição não é , à partida, inevitável. Mas o que importa é que José Sócrates esteja disposto a correr esse risco. Poderá não ser reeleito, mas se governar sem medo desse risco, prestará um inestimável serviço a Portugal, sobretudo às gerações imediatamente futuras.
Mantenho essa esperança. Veremos se os próximos sinais me permitirão continuar a alimentá-la .
Já agora , e a tal propósito, seja-me permitido recordar parte de um post aqui publicado no passado dia 17 de Dezembro de 2004 :
GOVERNO POR QUATRO ANOS
Para o bem de todos nós , e sobretudo dos mais jovens , seria muito desejável , diria mesmo indispensável , que José Sócrates adoptasse na próxima campanha eleitoral um discurso do estilo :
Eu e o meu governo iremos governar pensando mais em Portugal e no seu futuro , e não no Partido Socialista e no seu futuro .
Se , dentro de quatro anos o eleitorado estiver eventualmente descontente connosco , agastado por causa da nossa política de rigor , de exigência e de verdade , e como consequência , perdermos as seguintes eleições legislativas , paciência .
Não nos importaremos , se tivermos governado para bem de Portugal .
Será pedir muito? Ou estarei a ser demasiado ingénuo?E será que , com tal discurso, o Partido Socialista ganharia as eleições legislativas do próximo dia 20 de Fevereiro? Eu acho que sim , ganharia .
SERVIRÁ A ALGUEM A CARAPUÇA?....
Com a devida vénia, transcrevo parte do editorial do EXPRESSO de ontem, escrito pelo seu director :
“ O Partido Social Democrata não é bem uma laranja : é a junção de duas metades de laranjas diferentes.
Na primeira incluem-se pessoas que têm o sentido da responsabilidade, prezam a credibilidade, respeitam padrões éticos e encaram de forma sério o exercício de funções públicas.
Cavaco Silva, Balsemão, Durão Barroso, Manuela Ferreira Leite, Marques Mendes, Leonor Beleza, António Borges ou Rui Rio fazem parte desse grupo.
Na segunda metade da laranja estão pessoas videirinhas, ávidas de ser servir do Estado, que necessitam do poder e se alimentam do que podem conseguir através dele.
Neste grupo integram-se muitos autarcas, assessores de gabinetes de ministros ou de vereadores municipais, jovens oriundos da juventude partidária que não aprenderam a fazer outra coisa senão política . “
Com a devida vénia, transcrevo parte do editorial do EXPRESSO de ontem, escrito pelo seu director :
“ O Partido Social Democrata não é bem uma laranja : é a junção de duas metades de laranjas diferentes.
Na primeira incluem-se pessoas que têm o sentido da responsabilidade, prezam a credibilidade, respeitam padrões éticos e encaram de forma sério o exercício de funções públicas.
Cavaco Silva, Balsemão, Durão Barroso, Manuela Ferreira Leite, Marques Mendes, Leonor Beleza, António Borges ou Rui Rio fazem parte desse grupo.
Na segunda metade da laranja estão pessoas videirinhas, ávidas de ser servir do Estado, que necessitam do poder e se alimentam do que podem conseguir através dele.
Neste grupo integram-se muitos autarcas, assessores de gabinetes de ministros ou de vereadores municipais, jovens oriundos da juventude partidária que não aprenderam a fazer outra coisa senão política . “
sábado, fevereiro 26, 2005
POPULISMO E SEGUIDISMO (2)
A poucos dias do último acto eleitoral, encontrei na minha caixa do correio uma brochura com 32 páginas, de propaganda e exaltação de Santana Lopes e da sua grandiosa obra na Figueira da Foz.
Na capa, uma fotografia sua, sobre um ribombante título : “ Uma Revolução na Figueira”.
Dá ideia de ter sido brochura expressamente preparada para captar eleitorado na Figueira da Foz e áreas vizinhas, porventura uma diligente iniciativa dos fieis dirigentes concelhios do PSD.
Uma publicação de excelente qualidade, com excelentes fotografias, em luxuoso papel couché mate, recheada de excelentes, louvaminheiros e hagiográficos textos, quase todos transcritos do grande “best seller” de Santana Lopes “Figueira – A minha história” .
Um exercício de culto da personalidade , ao melhor estilo da Coreia do Norte.
A poucos dias do último acto eleitoral, encontrei na minha caixa do correio uma brochura com 32 páginas, de propaganda e exaltação de Santana Lopes e da sua grandiosa obra na Figueira da Foz.
Na capa, uma fotografia sua, sobre um ribombante título : “ Uma Revolução na Figueira”.
Dá ideia de ter sido brochura expressamente preparada para captar eleitorado na Figueira da Foz e áreas vizinhas, porventura uma diligente iniciativa dos fieis dirigentes concelhios do PSD.
Uma publicação de excelente qualidade, com excelentes fotografias, em luxuoso papel couché mate, recheada de excelentes, louvaminheiros e hagiográficos textos, quase todos transcritos do grande “best seller” de Santana Lopes “Figueira – A minha história” .
Um exercício de culto da personalidade , ao melhor estilo da Coreia do Norte.
Deve ter custado um dinheirão. Estimo que coisa de Euro e meio a dois euros cada exemplar. Felizmente que ao PPD/PSD não deveria na altura faltar dinheiro. Directamente do bolso dos contribuintes, não terá vindo, assim creio. Valha-nos isso .
Logo na página 3 (Introdução) pode ler-se :
“ Este trabalho tem sido continuado e reforçado, até hoje, por António Duarte Silva, também eleito pelo PPD/PSD “
Ora cá está. Cá está um exemplo de obediente seguidismo a que me referia num dos últimos postes.
Na campanha para as eleições autárquicas de Dezembro de 2001, nunca apareceu a designação de PPD/PSD, nas publicações de propaganda da lista vencedora, de Duarte Silva. Mas tão somente PSD, aliás de forma discreta, como que a tentar imprimir à candidatura um perfil no qual se procurava esbater a componente e a identificação partidária . Aliás,componente e identificação que rápidamente foram depois reforçadas, na prática concreta da gestão municipal.
Mais adiante, na mesma publicação, aparecem dois apelos.
O primeiro, subscrito pessoalmente por Duarte Silva, Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz :
“ É com orgulho que damos continuidade a este trabalho. O PPD/PSD vai conseguir o resultado que deseja nas próximas eleições e a qualidade do trabalho de Pedro Santana Lopes far-se-à sentir em cada região, fruto da competência das pessoas que o rodeiam. Sempre foi assim. Não vejo razão para que seja de outro modo “
O segundo apelo é do delfim de Santana Lopes, Miguel Almeida, actualmente Presidente do Conselho de Administração da Empresa Geral de Fomento, da ERSUC, da Suldouro, bem como da Recigup , conforme naquela brochura reza a sua biografia.
“ Por amor a Portugal, mas também por amor à Figueira, apelo a todos os figueirenses para votarem no PPD/PSD e no Dr. Santana Lopes, no próximo dia 20 de Fevereiro”
Mas a maioria dos figueirenses, grandes ingratos, não corresponderam a tão lancinante apelo!...
P.S. (que quer dizer post scriptum, esclareço….)
Na hipotética e putativa eventualidade do autor do blogue Lidio Lopes poder ter alguma coisa a ver com a preparação da referida brochura, e como prometi num anterior poste, aqui fica o meu nome : Manuel José....
QUASE QUATRO ANOS SEM ELEIÇÕES
Ontem à noite, na SIC Notícias, Vital Moreira chamava a atenção para um facto politicamente muito relevante.
O próximo Governo de José Sócrates vai ter pela frente, em princípio, 4 anos e meio para governar.
Sem ter pelo meio quaisquer eleições, a partir do próximo mês de Janeiro de 2006 : nem autárquicas, nem presidenciais, nem europeias . Condições invejáveis, como se compreende.
O que só aumenta ainda mais as grandes responsabilidades que lhe estão cometidas .
Ontem à noite, na SIC Notícias, Vital Moreira chamava a atenção para um facto politicamente muito relevante.
O próximo Governo de José Sócrates vai ter pela frente, em princípio, 4 anos e meio para governar.
Sem ter pelo meio quaisquer eleições, a partir do próximo mês de Janeiro de 2006 : nem autárquicas, nem presidenciais, nem europeias . Condições invejáveis, como se compreende.
O que só aumenta ainda mais as grandes responsabilidades que lhe estão cometidas .
QUEM O VIU E QUEM O VÊ...
Foi aquele o comentário do jornalista que, em voz off, acompanhava as imagens e as declarações de Santana Lopes, transmitidas na SIC Notícias, ontem à tarde, à saída do Palácio de Belém, depois de ter apresentado cumprimentos de despedida ao Presidente da República .
Foi aquele o comentário do jornalista que, em voz off, acompanhava as imagens e as declarações de Santana Lopes, transmitidas na SIC Notícias, ontem à tarde, à saída do Palácio de Belém, depois de ter apresentado cumprimentos de despedida ao Presidente da República .
sexta-feira, fevereiro 25, 2005
FRONTALIDADES E BICOS DOS PÉS
Num poste muito recente, o recentíssimo blogue cujo nome é Lídio Lopes, (pois não é este o nome que aparece em grande destaque destaque no cabeçalho da respectiva página?...) mandou umas dicas, algumas das quais devem ter a ver com o Quinto Poder .
Pese embora a publicidade que irei dar àquele espaço da blogosfera figueirense, e que certamente o seu autor muito apreciará, não quero deixar de mandar a minha réplica.
Num poste muito recente, o recentíssimo blogue cujo nome é Lídio Lopes, (pois não é este o nome que aparece em grande destaque destaque no cabeçalho da respectiva página?...) mandou umas dicas, algumas das quais devem ter a ver com o Quinto Poder .
Pese embora a publicidade que irei dar àquele espaço da blogosfera figueirense, e que certamente o seu autor muito apreciará, não quero deixar de mandar a minha réplica.
Pois como se sabe, quem não se sente.....
Sob o algo pretencioso título de “Frontalidade” (presunção e água benta, cada um toma a que quer…) escreve o referido blogue :
Sob o algo pretencioso título de “Frontalidade” (presunção e água benta, cada um toma a que quer…) escreve o referido blogue :
Tal como o disse, desde o início, só comento e me refiro a "lugares" públicos com os seus autores identificados - tipo amicusficaria. Todos os outros que se enconderem atrás de "nomes", não me merecem qualquer comentário.
Sobre esta questão do anonimato ou da falta de identificação na blogosfera, quero recordar um poste que aqui mesmo publiquei nos idos de Setembro de 2003
Sexta-feira, Setembro 26, 2003
O anonimato na blogesfera
Passaram pela blogosfera figueirense ( opalhinhas , amicus ficaria e canto da sereia) umas curtas referências e reflexões em torno da questão do anonimato dos blogs .
Desejo juntar mais umas tantas.
Não sei se um blog , pela sua natureza e pela lógica do seu funcionamento , diversas da comunicação escrita mediada pela imprensa , alguma vez poderia deixar de ser anónimo no sentido que habitualmente é dado ao termo .
Por não ter um ou vários nomes lá escritos ? A esmagadora maioria dos blogs , dos milhares que se podem ler pelo enorme cyber universo , será então “anónima”.
No quintopoder até consta um nome : Napoleão Bonaparte . Como é óbvio , não sou eu .
Além daquele nome , poderia estar lá escrito Alberto Caeiro , António Gedeão , António Silva ou José Barroso . Deixaria por isso de ser anónimo ?
O quintopoder não se considera anónimo , no sentido tradicional da palavra . Sucede , isso sim , que o quintopoder não está explicitamente identificado .
Não é do meu feitio colocar-me em bicos dos pés , fazer auto publicidade , ou forçar à viva força o aparecimento da minha imagem para a fotografia ou para as câmaras de televisão .
Uma grande parte do círculo mais próximo de familiares , amigos , colegas ou conhecidos , sabe que o quintopoder é da minha lavra . Foi para eles que comecei a escrever , numa espécie de caderno de apontamentos , onde vou anotando os meus comentários , que depois partilho com eles .
Não fiz nem faço nenhum segredo sobre a minha identidade . Nem peço ou pedi qualquer reserva quanto a poderem informar outros interessados sobre quem é o autor do quintopoder . Alguns o terão feito .
Por outro lado , se alguém mo perguntar , pessoalmente ou por outro meio , confirmarei , sem qualquer hesitação , que o autor sou eu .
Um princípio ético defini para mim próprio , ao qual tenho dado e continuarei a prestar rigorosa obediência : não escreverei nada que não pudesse escrever e subscrever num qualquer órgão da imprensa convencional .
Penso que igual princípio está presente no espírito dos autores de outros blogs , identificados ou não , da blogosfera figueirense .
Decorrido ano e meio, sinto não ter que mudar uma vírgula àquilo que escrevi.
Torno a repetir : não é do meu feitio fazer auto publicidade ou colocar-me em bicos dos pés.
Escrevo neste espaço para que os meus colegas, amigos e conhecidos me leiam.
Decorrido ano e meio, sinto não ter que mudar uma vírgula àquilo que escrevi.
Torno a repetir : não é do meu feitio fazer auto publicidade ou colocar-me em bicos dos pés.
Escrevo neste espaço para que os meus colegas, amigos e conhecidos me leiam.
Se outros me vão lendo, não sei . Presumirei que sim, pois a blogosfera é um espaço livre, no qual contudo creio ter cumprido o tal princípio ético a que aludo no poste de Setembro de 2003 .
Não tenho a pretensão de ser muito lido, nem tão pouco penso que outros me prestem demasiada atenção.
Por isto tudo, eu nunca seria capaz de encabeçar Quinto Poder com o meu próprio nome escarrapachado a letras garrafais .
Lídio Lopes sabe desde há muito qual é esse meu nome. Até já conversamos e nos rimos sobre coisas que aqui escrevi . Pode mesmo dizê-lo a quem quiser, a quem lhe apetecer . Poderá mesmo escrevê-lo no seu próprio blogue..
Não tenho a pretensão de ser muito lido, nem tão pouco penso que outros me prestem demasiada atenção.
Por isto tudo, eu nunca seria capaz de encabeçar Quinto Poder com o meu próprio nome escarrapachado a letras garrafais .
Lídio Lopes sabe desde há muito qual é esse meu nome. Até já conversamos e nos rimos sobre coisas que aqui escrevi . Pode mesmo dizê-lo a quem quiser, a quem lhe apetecer . Poderá mesmo escrevê-lo no seu próprio blogue..
Mas vá lá. Já que lhe causa tanta urticária esta questão dos autores identificados, e pela estima e consideração que tenho para com ele, prometo que sempre que a ele aqui me referir, implícíta ou explícitamente, e para que, desejando, me possa responder, escreverei o meu nome por baixo do poste.
Como bem sabe, o meu nome é Manuel José.
Acha que chega assim, ou será mesmo necessário escrever os meus nomes de família?....
quinta-feira, fevereiro 24, 2005
APOIOS INEVITÁVEIS
Aproxima-se mais uma disputa interna pela liderança do PSD.
Presumo que destacadas personalidades políticas locais aqui da Figueira da Foz, conhecidos como declarados, entusiásticos e indefectíveis apoiantes de Santana Lopes, tais como Pereira Coelho, Duarte Silva, Miguel Almeida, Lídio Lopes e José Elíseo, apenas para citar os mais notáveis, irão desta feita dar o seu não menos entusiástico apoio a Filipe Menezes, candidato que se apresenta como posicionado numa linha de continuidade e de identificação com o estilo e o “pensamento político” de Santana Lopes.
Presumirei bem?...
Aproxima-se mais uma disputa interna pela liderança do PSD.
Presumo que destacadas personalidades políticas locais aqui da Figueira da Foz, conhecidos como declarados, entusiásticos e indefectíveis apoiantes de Santana Lopes, tais como Pereira Coelho, Duarte Silva, Miguel Almeida, Lídio Lopes e José Elíseo, apenas para citar os mais notáveis, irão desta feita dar o seu não menos entusiástico apoio a Filipe Menezes, candidato que se apresenta como posicionado numa linha de continuidade e de identificação com o estilo e o “pensamento político” de Santana Lopes.
Presumirei bem?...
POPULISMO E SEGUIDISMO ( I )
O PSD não pode ser um partido da direita populista. Quem o disse foi Marques Mendes, ontem, ao anunciar a sua candidatura à liderança do seu partido.
Teremos assim, muito provavelmente, que aquele se vai voltar a designar simplesmente por PSD , e não mais por PPD/PSD, na linguagem simbólica e na forma obstinada de Santana Lopes.
Faltará agora verificar se outros seus admiradores e prosélitos, em particular à escala da vida política local da Figueira da Foz (que os há muitos…ou pelo menos havia…) irão também emendar a forma de designar o seu Partido.
O PSD não pode ser um partido da direita populista. Quem o disse foi Marques Mendes, ontem, ao anunciar a sua candidatura à liderança do seu partido.
Teremos assim, muito provavelmente, que aquele se vai voltar a designar simplesmente por PSD , e não mais por PPD/PSD, na linguagem simbólica e na forma obstinada de Santana Lopes.
Faltará agora verificar se outros seus admiradores e prosélitos, em particular à escala da vida política local da Figueira da Foz (que os há muitos…ou pelo menos havia…) irão também emendar a forma de designar o seu Partido.
Nos últimos tempos, e num seguidismo algo provinciano, a fórmula PPD/PSD passou também a ser muito usada por responsáveis políticos aqui da nossa paróquia da Figueira.
Esperemos para ver o que acontece…
Esperemos para ver o que acontece…
quarta-feira, fevereiro 23, 2005
ENTRE O DIZER E O FAZER ...
Estará o santanismo acabado? Pelo menos para já, o perigo da deriva populista na vida política portuguesa, está reduzido.
Santana Lopes, meio empurrado, e vendo fugir-lhe os apoiantes, resolveu anunciar a sua renúncia à liderança do seu PPD/PSD ( como faz questão em o designar...) e não ser candidato à mesma.
Vai ser realmente assim? Sinceramente, não sei, não estou muito certo disso.
Não era a primeira, nem a segunda, nem a terceira, que Santana Lopes diz hoje uma coisa e depois faz outra .
Estará o santanismo acabado? Pelo menos para já, o perigo da deriva populista na vida política portuguesa, está reduzido.
Santana Lopes, meio empurrado, e vendo fugir-lhe os apoiantes, resolveu anunciar a sua renúncia à liderança do seu PPD/PSD ( como faz questão em o designar...) e não ser candidato à mesma.
Vai ser realmente assim? Sinceramente, não sei, não estou muito certo disso.
Não era a primeira, nem a segunda, nem a terceira, que Santana Lopes diz hoje uma coisa e depois faz outra .
BLOGOSFERA FIGUEIRENSE
Dois dias de ausência imprevista, mais ou menos no Portugal profundo, não me deixaram oportunidade para saudar cordialmente a chegada à blogosfera figueirense do blogue de Lidio Lopes, chamado Provas de Fogo .
Congratulo-me vivamente com mais este alargamento do blogosfera local , através da qual, assim muito o desejo, irá ampliar-se e enriquecer-se, com polémicas estimulantes, o ambiente de debate democrático em redor dos problemas da nossa terra, que o clássico quarto poder não tem promovido. E sei que Lidio Lopes gosta desse debate.
O que só é bom, não é?
Dois dias de ausência imprevista, mais ou menos no Portugal profundo, não me deixaram oportunidade para saudar cordialmente a chegada à blogosfera figueirense do blogue de Lidio Lopes, chamado Provas de Fogo .
Congratulo-me vivamente com mais este alargamento do blogosfera local , através da qual, assim muito o desejo, irá ampliar-se e enriquecer-se, com polémicas estimulantes, o ambiente de debate democrático em redor dos problemas da nossa terra, que o clássico quarto poder não tem promovido. E sei que Lidio Lopes gosta desse debate.
O que só é bom, não é?
segunda-feira, fevereiro 21, 2005
A PARTIR DE HOJE
Lembra hoje o Portugal dos Pequeninos:
"Cavaco Silva tem, a partir de hoje, e se quiser, um papel federador e nacional incontornável. Que não cabe, obviamente, num qualquer recinto de congresso partidário."
domingo, fevereiro 20, 2005
O ESTILO DO JARDINISMO
Ao melhor estilo do “jardinismo” , cujo perigo de extensão ao resto de Portugal, foi hoje reduzido, Alberto João Jardim apareceu na televisão a ler um texto ( coisa raríssima nele...), mal disposto, acabrunhado, de desafiante cachecol laranja ao pescoço, desbragado de camisa muito aberta e sem gravata...
Ao melhor estilo do “jardinismo” , cujo perigo de extensão ao resto de Portugal, foi hoje reduzido, Alberto João Jardim apareceu na televisão a ler um texto ( coisa raríssima nele...), mal disposto, acabrunhado, de desafiante cachecol laranja ao pescoço, desbragado de camisa muito aberta e sem gravata...
Escrevi que o perigo se havia reduzido . Mas não anulado.
Santana Lopes não assume as suas responsabilidades e deu a entender, sem grandes margens para dúvidas, que vai procurar agarrar-se ao poder como uma lapa se agarra a uma rocha.
O santanismo não foi ainda irradicado. Vai continuar a pairar como um perigo sempre latente.
NÃO HAVERÁ MAIS DESCULPAS...
O Partido Socialista e José Sócrates, com esta retumbante vitória eleitoral, assumem hoje sobre os seus ombros uma enorme responsabilidade nacional .
A partir de agora, não poderá haver mais desculpas.
Nem desculpas, nem hesitações, nem novos boys e novos nepotismos, nem adiamentos, nem medos de avançar com as reformas indispensáveis, nem cedências a interesses corporativos, nem novas arrogâncias, nem facilitismos, nem inconsciência perante as dificuldades, nem mais promessas de tempos fáceis, nem abandonos, nem permanente diálogo paralizante, nem obsessões pelos consensos, nem seguidismos e pavores pelas sondagens , nem infantis complexos de esquerda .
Agora, pouca festa e ao trabalho.
O Partido Socialista e José Sócrates, com esta retumbante vitória eleitoral, assumem hoje sobre os seus ombros uma enorme responsabilidade nacional .
A partir de agora, não poderá haver mais desculpas.
Nem desculpas, nem hesitações, nem novos boys e novos nepotismos, nem adiamentos, nem medos de avançar com as reformas indispensáveis, nem cedências a interesses corporativos, nem novas arrogâncias, nem facilitismos, nem inconsciência perante as dificuldades, nem mais promessas de tempos fáceis, nem abandonos, nem permanente diálogo paralizante, nem obsessões pelos consensos, nem seguidismos e pavores pelas sondagens , nem infantis complexos de esquerda .
Agora, pouca festa e ao trabalho.
O CEPTICISMO
Referindo-se ao clima social e político que por aí anda no ar, João Medina, historiador e professor da Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, escreve hoje no PUBLICO :
“ Este grande cepticismo político é o primeiro passo para a aceitação de um primeiro aventureiro que apareça”
Referindo-se ao clima social e político que por aí anda no ar, João Medina, historiador e professor da Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, escreve hoje no PUBLICO :
“ Este grande cepticismo político é o primeiro passo para a aceitação de um primeiro aventureiro que apareça”
REFLEXÕES EM DIA DE DECISÃO
Li há dias num editorial do PUBLICO que Portugal é dos países da União Europeia com mais casas de segunda habitação por habitante, e com maior taxa de utilização do transporte individual.
Acrescentava depois o mesmo editorial :
“ Somos socialmente egoístas à conta do Estado, o que ajuda a apertar o nó que nos sufoca, pois a mistura de corporativismo, estatismo e individualismo de vistas curtas determinam muitos comportamentos (...) “
A propósito deste mesmo tema, fui buscar parte de uma entrevista do Prof. Sobrinho Simões ( Prof. Catedrático da Universidade do Porto , e Prémio Pessoa 2002) que descobri publicada na revista “ Autêntica” da UNICER :
(...) Antes de mais porque somos um país de individualistas ferozes(...)
Não sei se é mesquinhez, diria antes que este pensamento é muito próprio das sociedades onde a sobrevivência ancestral era relativamente fácil. Nós, porque tínhamos um bpom clima, uma agricultura fértil, podíamos depender apenas de nós próprios e da meia dúzia de amigos próximos e termos sucesso.
Enquanto os países do norte da Europa, por exemplo, se não se associassem não sobreviviam.
(...) Somos individualistas porque nunca precisámos de ser colectivistas.
Li há dias num editorial do PUBLICO que Portugal é dos países da União Europeia com mais casas de segunda habitação por habitante, e com maior taxa de utilização do transporte individual.
Acrescentava depois o mesmo editorial :
“ Somos socialmente egoístas à conta do Estado, o que ajuda a apertar o nó que nos sufoca, pois a mistura de corporativismo, estatismo e individualismo de vistas curtas determinam muitos comportamentos (...) “
A propósito deste mesmo tema, fui buscar parte de uma entrevista do Prof. Sobrinho Simões ( Prof. Catedrático da Universidade do Porto , e Prémio Pessoa 2002) que descobri publicada na revista “ Autêntica” da UNICER :
(...) Antes de mais porque somos um país de individualistas ferozes(...)
Não sei se é mesquinhez, diria antes que este pensamento é muito próprio das sociedades onde a sobrevivência ancestral era relativamente fácil. Nós, porque tínhamos um bpom clima, uma agricultura fértil, podíamos depender apenas de nós próprios e da meia dúzia de amigos próximos e termos sucesso.
Enquanto os países do norte da Europa, por exemplo, se não se associassem não sobreviviam.
(...) Somos individualistas porque nunca precisámos de ser colectivistas.
sexta-feira, fevereiro 18, 2005
DECLARAÇÃO DE VOTO
Nas eleições do próximo Domingo vou votar no Partido Socialista.
Como já aqui escrevi uma vez, vota-se muitas vezes por exclusão de partes.
Na política, em geral, as escolhas podem fazer-se com frequência entre o mau e o muito mau.
Raramente entre o mau e o bom, e quase nunca entre o mau e o óptimo.
O meu voto decidiu-se por isso entre uma certeza, e uma relativa incerteza.
Tenho para mim a certeza de que Santana Lopes seria um péssimo 1º Ministro ; como já o foi e como já o demonstrou no seu desastroso e anedótico desempenho durante os últimos 6 meses, comprovadamente feito de incompetência e irresponsabilidade.
Em curta entrevista que dei ao Diário As Beiras do dia 7 de Junho de 2002, já tivera ocasião de declarar, referindo-me a ele :
“ Detesto a forma como faz política. Reveste-se de um populismo que até pode ser perigoso para o País “
Do que entretanto fui conhecendo sobre a verdadeira mistificação e mitificação feitas quanto ao balanço da sua “obra” na Figueira da Foz, sobre a qualidade e do estilo do seu desempenho na Câmara de Lisboa e, sobretudo, como 1º Ministro , e ainda sobre o seu comportamento durante esta campanha eleitoral, reforcei aquele meu juízo expresso há 2 anos e meio.
Nos dias de hoje, visto o que se viu, estou por conseguinte ainda mais convencido que a permanência de Santana Lopes como 1º Ministro e/ou na liderança do PSD, encerra um permanente perigo de uma deriva populista que poderá abrir caminho para a “sul-americanização” da via política portuguesa.
Não desejo ver Portugal governado ao estilo e ao jeito de gente politicamente tão detestável como por exemplo Santana Lopes, Alberto João Jardim, Filipe Menezes ou Miguel Almeida.
O PSD precisava por isso de um mau resultado eleitoral para poder livrar-se em definitivo de Santana Lopes, e continuar a desempenhar o seu histórico e importante papel de partido de alternativa e de alternância, no arco democrático daquela mesma vida política portuguesa.
O pior de tudo é que, para sua e nossa infelicidade, talvez não o venha a conseguir.
Quanto a José Sócrates.
Assaltam incertezas e angústias ao meu espírito, é bem verdade.
Mesmo ganhando com maioria absoluta, como desejo que ganhe, não estou seguro :
- se mostrará, como 1º Ministro, coragem e estatura de estadista, para resistir às influências desgastantes das sondagens, das corporações, dos lobbies, dos media, dos poderes fácticos, dos boys e dos aparelhos do Partido ;
- se não hesitará em tomar medidas difíceis, mesmo impopulares, que permitam sanear e equilibrar as finanças públicas, reforçar a autoridade do Estado de direito, e fazer funcionar eficazmente a Justiça, pré-condições indispensáveis para se melhorar o desempenho da economia e o bem estar dos portugueses ;
- se conseguirá imprimir à sua governação o ímpeto reformista que faltou por completo ao guterrismo politicamente gelatinoso, no seio do qual, apesar de tudo, José Sócrates se distinguiu, mostrando alguma fibra de governante corajoso.
- se resistirá aos cantos de sereia do facilitismo, do despesismo, do deixa andar que depois se vê.
No meio de todas estas incertezas e dúvidas, mantenho todavia uma réstia de esperança de que mostrará, não hesitará, conseguirá e resistirá.
Ou seja, uma réstia de esperança de que não se irá regressar ao guterrismo, por três ordens de razões:
- porque entretanto o PS fez aprendizagem
- porque é diferente o perfil psicológico de José Sócrates
- porque o contexto é hoje completamente diferente .
Irá depender, e muito, das equipas de que se rodear. Desejo e espero que não seja com gente politicamente reciclada da tralha guterrista.
Poderei enganar-me e vir a desiludir-me? Com certeza. Não hesitarei em o reconhecer, se tal for o caso.
Nas eleições do próximo Domingo vou votar no Partido Socialista.
Como já aqui escrevi uma vez, vota-se muitas vezes por exclusão de partes.
Na política, em geral, as escolhas podem fazer-se com frequência entre o mau e o muito mau.
Raramente entre o mau e o bom, e quase nunca entre o mau e o óptimo.
O meu voto decidiu-se por isso entre uma certeza, e uma relativa incerteza.
Tenho para mim a certeza de que Santana Lopes seria um péssimo 1º Ministro ; como já o foi e como já o demonstrou no seu desastroso e anedótico desempenho durante os últimos 6 meses, comprovadamente feito de incompetência e irresponsabilidade.
Em curta entrevista que dei ao Diário As Beiras do dia 7 de Junho de 2002, já tivera ocasião de declarar, referindo-me a ele :
“ Detesto a forma como faz política. Reveste-se de um populismo que até pode ser perigoso para o País “
Do que entretanto fui conhecendo sobre a verdadeira mistificação e mitificação feitas quanto ao balanço da sua “obra” na Figueira da Foz, sobre a qualidade e do estilo do seu desempenho na Câmara de Lisboa e, sobretudo, como 1º Ministro , e ainda sobre o seu comportamento durante esta campanha eleitoral, reforcei aquele meu juízo expresso há 2 anos e meio.
Nos dias de hoje, visto o que se viu, estou por conseguinte ainda mais convencido que a permanência de Santana Lopes como 1º Ministro e/ou na liderança do PSD, encerra um permanente perigo de uma deriva populista que poderá abrir caminho para a “sul-americanização” da via política portuguesa.
Não desejo ver Portugal governado ao estilo e ao jeito de gente politicamente tão detestável como por exemplo Santana Lopes, Alberto João Jardim, Filipe Menezes ou Miguel Almeida.
O PSD precisava por isso de um mau resultado eleitoral para poder livrar-se em definitivo de Santana Lopes, e continuar a desempenhar o seu histórico e importante papel de partido de alternativa e de alternância, no arco democrático daquela mesma vida política portuguesa.
O pior de tudo é que, para sua e nossa infelicidade, talvez não o venha a conseguir.
Quanto a José Sócrates.
Assaltam incertezas e angústias ao meu espírito, é bem verdade.
Mesmo ganhando com maioria absoluta, como desejo que ganhe, não estou seguro :
- se mostrará, como 1º Ministro, coragem e estatura de estadista, para resistir às influências desgastantes das sondagens, das corporações, dos lobbies, dos media, dos poderes fácticos, dos boys e dos aparelhos do Partido ;
- se não hesitará em tomar medidas difíceis, mesmo impopulares, que permitam sanear e equilibrar as finanças públicas, reforçar a autoridade do Estado de direito, e fazer funcionar eficazmente a Justiça, pré-condições indispensáveis para se melhorar o desempenho da economia e o bem estar dos portugueses ;
- se conseguirá imprimir à sua governação o ímpeto reformista que faltou por completo ao guterrismo politicamente gelatinoso, no seio do qual, apesar de tudo, José Sócrates se distinguiu, mostrando alguma fibra de governante corajoso.
- se resistirá aos cantos de sereia do facilitismo, do despesismo, do deixa andar que depois se vê.
No meio de todas estas incertezas e dúvidas, mantenho todavia uma réstia de esperança de que mostrará, não hesitará, conseguirá e resistirá.
Ou seja, uma réstia de esperança de que não se irá regressar ao guterrismo, por três ordens de razões:
- porque entretanto o PS fez aprendizagem
- porque é diferente o perfil psicológico de José Sócrates
- porque o contexto é hoje completamente diferente .
Irá depender, e muito, das equipas de que se rodear. Desejo e espero que não seja com gente politicamente reciclada da tralha guterrista.
Poderei enganar-me e vir a desiludir-me? Com certeza. Não hesitarei em o reconhecer, se tal for o caso.
Mas se não ficar com essa tal réstia de esperança, com que fico? Pela minha parte, recuso-me alinhar com uma atitude como a dos "vencidos da vida" do final do século XIX.
Se não houvesse já suficientes razões para ir votar no PS, acrescento mais uma.
Neste momento, tem-se por adquirido que o PS ganhará as eleições do próximo dia 20 de Fevereiro, faltando apenas saber se será com maioria absoluta, se sem maioria absoluta.
Tal como Cavaco Silva, penso que, se um partido ou uma coligação tiver mais ou menos como certa a vitória nestas eleições, então que o seja com maioria absoluta.
E esse partido só poderá ser óbviamente o PS.
Se não o conseguir, não será por falta do meu voto.
E isso não me ficará a pesar na consciência.
Se não houvesse já suficientes razões para ir votar no PS, acrescento mais uma.
Neste momento, tem-se por adquirido que o PS ganhará as eleições do próximo dia 20 de Fevereiro, faltando apenas saber se será com maioria absoluta, se sem maioria absoluta.
Tal como Cavaco Silva, penso que, se um partido ou uma coligação tiver mais ou menos como certa a vitória nestas eleições, então que o seja com maioria absoluta.
E esse partido só poderá ser óbviamente o PS.
Se não o conseguir, não será por falta do meu voto.
E isso não me ficará a pesar na consciência.
quarta-feira, fevereiro 16, 2005
ELE , PEDRO , CONTRA ELES, OS PODEROSOS...
Na carta mensagem enviada aos eleitores, Santana Lopes faz um exercício de transformismo político, travestindo-se de esquerdista, qual verdadeiro homem da esquerda e do povo, em luta titânica contra eles, os poderosos.
Na carta mensagem enviada aos eleitores, Santana Lopes faz um exercício de transformismo político, travestindo-se de esquerdista, qual verdadeiro homem da esquerda e do povo, em luta titânica contra eles, os poderosos.
Por isso, não há nenhum político que eles tratem tão mal como ele, Pedro . Eles, os poderosos que acham que ele, o redentor, com defeitos como qualquer ser humano, é de fora do sistema. Por isso diz precisar do meu voto para “fazer justiça”.
Todo este paleio demagógico encaixa à perfeição com o que ele escreveu na sua glorificante e exultante obra , “ Figueira - A Minha História” , a páginas 41 :
“ Juan Peron, criador da vaga populista na Argentina dissera um dia : “ o poder é como um violino: toma-se pela esquerda e toca-se com a direita” .
Confirma-se portanto : Santana Lopes admira e quiçá pretenderá emular Juan Peron e o peronismo, que também foi chamado de “justicialismo”...
Ainda haverá dúvidas?
Razão terá o Portugal dos Pequeninos, referindo-se àquela carta-mensagem :
“Qualquer militante ou simpatizante do PSD deve olhar com atenção para estas linhas.
Todo este paleio demagógico encaixa à perfeição com o que ele escreveu na sua glorificante e exultante obra , “ Figueira - A Minha História” , a páginas 41 :
“ Juan Peron, criador da vaga populista na Argentina dissera um dia : “ o poder é como um violino: toma-se pela esquerda e toca-se com a direita” .
Confirma-se portanto : Santana Lopes admira e quiçá pretenderá emular Juan Peron e o peronismo, que também foi chamado de “justicialismo”...
Ainda haverá dúvidas?
Razão terá o Portugal dos Pequeninos, referindo-se àquela carta-mensagem :
“Qualquer militante ou simpatizante do PSD deve olhar com atenção para estas linhas.
E perguntar-se se porventura em 30 anos, alguma vez, mesmo nos seus piores momentos, o partido passou por semelhante vexame”
terça-feira, fevereiro 15, 2005
COLOCAR AS TERRAS NO MAPA ...
Esta mania de se dizer que se quer colocar as terras no mapa, como se dele se tivessem evaporado, parece ser endemia contagiosa.
Santana Lopes já fizera do chavão “ colocar a Figueira no mapa “ um imaginoso slogan de propaganda.
A moda propaga-se. Segundo noticia o Diario As Beiras, agora é Zita Seabra , devota convertida ao culto de Nossa Senhora de Fátima, que diz ser necessário colocar Coimbra no mapa .
Uma afirmação muito pouco lisonjeira para Carlos Encarnação, Presidente da Câmara de Coimbra desde há quase 4 anos, cumpre sublinhar.
Zita Seabra imita e invoca o sagrado nome do querido líder, quando se refere a “voltar a pôr Coimbra no mapa , como Santana Lopes fez na Figueira da Foz” .
Terra sobre a qual acrescenta esta afirmação espantosa : “ outrora uma praia envelhecida e deprimida e, depois da sua passagem pela Câmara , uma estância de férias outra vez apetecida e procurada “.
Zita Seabra saberá do que está a falar?
Ignoro onde terá ido Zita Seabra buscar elementos para fundamentar tal conclusão. Provavelmente serão só palpites e tentações eleitoralistas.
A época balnear , de maior afluência de turistas ( ou de banhistas...) , continua reduzida, na Figueira da Foz, ao mês de Agosto . Talvez mesmo somente às suas 3 primeiras semanas.
Em Agosto, desde que me lembro, a Figueira sempre esteve cheia, com Santana ou sem Santana, com foguetes ou sem foguetes, com desfiles de bikinis ou sem desfiles de bikinis.
Nos fins de semana de Julho, a Figueira também sempre esteve cheia de turistas, por um ou dois dias, na sua maioria gente que por aqui tem um apartamentozito de segunda residência .
O mês de Setembro deixou , de todo, de ser um mês pertencente à época balnear, como resultado de uma alteração substancial dos hábitos e do contexto económico e cultural do tecido social português.
Na parte restante do ano, a actividade turística anima mais um pouco a cidade, um ou outro fim de semana .
Mas deixemo-nos de palpites e de propaganda eleitoral. Será melhor ir buscar a verdade dos números.
Segundo o INE , a taxa média anual de ocupação dos estabelecimentos hoteleiros da Figueira foi:
- em 1999 : 25,8 %
- em 2000 : 25,1 %
- em 2002 : 23,6 %
Onde estará a transformação da praia envelhecida e deprimida, na estância outra vez apetecida e procurada ?
E onde estará o determinante papel do turismo na economia figueirense?
Desde logo, refira-se o caso de Coimbra, onde, com um número total de camas 9% superior ao da Figueira , se verificaram os seguintes valores:
- número de dormidas: 317 mil ( 157 mil na Figueira)
- taxa média anual de ocupação : 39,3 % ( 23,6 % na Figueira )
Outros concelhos de cidades próximas, reconhecidas como não sendo de todo, “estâncias de férias” como a Figueira pretende ser, e de que Zita Seabra diz ser outra vez apetecida e procurada, apresentaram os seguintes indicadores no ano de 2002 :
Aveiro
Nº de camas : 1072 ( na Figueira : 2000 camas)
Dormidas : 127 mil (na Figueira : 157 mil )
Taxa de ocupação : 32,4 % ( na Figueira : 23,6 %)
Leiria
Nº de camas : 1622
Dormidas : 123 mil
Taxa de ocupação : 27,8 %
Viseu
Nº de camas : 1175
Dormidas : 155 mil
Taxa de ocupação : 36,2 %
Tenho pena de não ter podido obter valores referentes a 2003, mas o nosso sistema estatístico é aquilo que se sabe : em lentidão, atraso e desactualização, verdadeiramente terceiro mundista .
Esta mania de se dizer que se quer colocar as terras no mapa, como se dele se tivessem evaporado, parece ser endemia contagiosa.
Santana Lopes já fizera do chavão “ colocar a Figueira no mapa “ um imaginoso slogan de propaganda.
A moda propaga-se. Segundo noticia o Diario As Beiras, agora é Zita Seabra , devota convertida ao culto de Nossa Senhora de Fátima, que diz ser necessário colocar Coimbra no mapa .
Uma afirmação muito pouco lisonjeira para Carlos Encarnação, Presidente da Câmara de Coimbra desde há quase 4 anos, cumpre sublinhar.
Zita Seabra imita e invoca o sagrado nome do querido líder, quando se refere a “voltar a pôr Coimbra no mapa , como Santana Lopes fez na Figueira da Foz” .
Terra sobre a qual acrescenta esta afirmação espantosa : “ outrora uma praia envelhecida e deprimida e, depois da sua passagem pela Câmara , uma estância de férias outra vez apetecida e procurada “.
Zita Seabra saberá do que está a falar?
Ignoro onde terá ido Zita Seabra buscar elementos para fundamentar tal conclusão. Provavelmente serão só palpites e tentações eleitoralistas.
A época balnear , de maior afluência de turistas ( ou de banhistas...) , continua reduzida, na Figueira da Foz, ao mês de Agosto . Talvez mesmo somente às suas 3 primeiras semanas.
Em Agosto, desde que me lembro, a Figueira sempre esteve cheia, com Santana ou sem Santana, com foguetes ou sem foguetes, com desfiles de bikinis ou sem desfiles de bikinis.
Nos fins de semana de Julho, a Figueira também sempre esteve cheia de turistas, por um ou dois dias, na sua maioria gente que por aqui tem um apartamentozito de segunda residência .
O mês de Setembro deixou , de todo, de ser um mês pertencente à época balnear, como resultado de uma alteração substancial dos hábitos e do contexto económico e cultural do tecido social português.
Na parte restante do ano, a actividade turística anima mais um pouco a cidade, um ou outro fim de semana .
Mas deixemo-nos de palpites e de propaganda eleitoral. Será melhor ir buscar a verdade dos números.
Segundo o INE , a taxa média anual de ocupação dos estabelecimentos hoteleiros da Figueira foi:
- em 1999 : 25,8 %
- em 2000 : 25,1 %
- em 2002 : 23,6 %
Onde estará a transformação da praia envelhecida e deprimida, na estância outra vez apetecida e procurada ?
E onde estará o determinante papel do turismo na economia figueirense?
Desde logo, refira-se o caso de Coimbra, onde, com um número total de camas 9% superior ao da Figueira , se verificaram os seguintes valores:
- número de dormidas: 317 mil ( 157 mil na Figueira)
- taxa média anual de ocupação : 39,3 % ( 23,6 % na Figueira )
Outros concelhos de cidades próximas, reconhecidas como não sendo de todo, “estâncias de férias” como a Figueira pretende ser, e de que Zita Seabra diz ser outra vez apetecida e procurada, apresentaram os seguintes indicadores no ano de 2002 :
Aveiro
Nº de camas : 1072 ( na Figueira : 2000 camas)
Dormidas : 127 mil (na Figueira : 157 mil )
Taxa de ocupação : 32,4 % ( na Figueira : 23,6 %)
Leiria
Nº de camas : 1622
Dormidas : 123 mil
Taxa de ocupação : 27,8 %
Viseu
Nº de camas : 1175
Dormidas : 155 mil
Taxa de ocupação : 36,2 %
Tenho pena de não ter podido obter valores referentes a 2003, mas o nosso sistema estatístico é aquilo que se sabe : em lentidão, atraso e desactualização, verdadeiramente terceiro mundista .
DIREITO A UM TORRÃO DE AÇUCAR
Com a devida vénia, transcrevo do Bloguitica :
HUMILHANTE
Foi com algum incómodo que vi, nas páginas do Expresso, Francisco Louçã a colocar uma gravata a pedido dos jornalistas que o entrevistaram.
Louçã, certamente de forma inconsciente, aceitou fazer o papel de um animal em cativeiro a fazer umas graçolas para nos divertir.
No fim teve direito ao seu torrão de açúcar.
Com a devida vénia, transcrevo do Bloguitica :
HUMILHANTE
Foi com algum incómodo que vi, nas páginas do Expresso, Francisco Louçã a colocar uma gravata a pedido dos jornalistas que o entrevistaram.
Louçã, certamente de forma inconsciente, aceitou fazer o papel de um animal em cativeiro a fazer umas graçolas para nos divertir.
No fim teve direito ao seu torrão de açúcar.
PALHAÇOS E PALHAÇADAS
Leio na edição on-line do Correio da Manhã :
MORTE DA IRMÃ LÚCIA MARCA ACTIVIDADE POLÍTICA
ZITA SEABRA
Zita Seabra, cabeça de lista do PSD Coimbra, juntou-se ontem de manhã, de luto e com um ramo de flores na mão, à multidão junto à Igreja do Carmelo.
PAULO PORTAS
O líder do CDS/PP, Paulo Portas, vai estar presente no velório, que se realiza hoje, a título pessoal e não em representação do partido ou do Estado.
Só me ocorre um comentário : tudo isto não passa de palhaçadas feitas por grandes palhaços….
Leio na edição on-line do Correio da Manhã :
MORTE DA IRMÃ LÚCIA MARCA ACTIVIDADE POLÍTICA
ZITA SEABRA
Zita Seabra, cabeça de lista do PSD Coimbra, juntou-se ontem de manhã, de luto e com um ramo de flores na mão, à multidão junto à Igreja do Carmelo.
PAULO PORTAS
O líder do CDS/PP, Paulo Portas, vai estar presente no velório, que se realiza hoje, a título pessoal e não em representação do partido ou do Estado.
Só me ocorre um comentário : tudo isto não passa de palhaçadas feitas por grandes palhaços….
segunda-feira, fevereiro 14, 2005
UM VENDAVAL DE PROGRESSO VARREU A FIGUEIRA DA FOZ!...
Volto à grandiosa obra de Santana Lopes chamada “ Figueira – A minha história” .
Como já referi, da sua leitura divertida se pode retirar um retrato muito fiel do carácter e do perfil psicológico do seu autor.
Sempre num estilo épico, Santana Lopes descreve a Figueira imediatamente antes da sua chegada, como se esta cidade e este concelho fosse uma terra atrasada e parada no tempo, qual pequena vilória adormecida no interior do Portugal profundo, ou do distante far-west .
Um dos primeiros capítulos tem mesmo o curioso nome de “ O Admirável Mundo Novo”, que de facto nos remete para a sugestão do far-west e dos índios que nele habitavam.
Nele Santana Lopes escreveu sobre a Figueira nacos de prosa como os seguintes:
“ Uma área considerável de campos de arroz, mata, pinhal e courelas à escala do consumo doméstico, sem qualquer viabilidade económica aparente”
“ Tirava o chapéu aos empresários que se tinham estabelecido naquele Oeste desprovido de vias de comunicação compatíveis com as exigências de um mundo nacional e global . A auto-estrada Lisboa-Porto ficava a quarenta e cinco quilómetros bem medidos por uma estrada que multiplicava perigos, entre as curvas, o movimento local e a falta de qualidade rodoviária. A linha de caminho-de-ferro, oitocentista, não chegava para as encomendas e o porto (....) também não dava resposta a navios de grande porte, por falta de acessibilidade “
(...) “ Em nenhum outro lugar do país, a célebre frase “ o passado é um país estrangeiro” parece revelar um realismo tão cru. “
“ Parecia que a Figueira repetia, no seu calendário e na sua geografia, esta mesma diferença : nos três ou quatro meses de Verão, a riqueza; no resto do Inverno, a sobrevivência ; na cidade, o desenvolvimento; e nas freguesias, a mais pura miséria, no tal litoral que o país considera privilegiado”
“ Mas nem toda essa escola de proximidade aos vários meios sociais de Lisboa ou da Beira dos meus avós, me dera a noção da subsistência mais básica que agora observava das freguesias rurais da Figueira da Foz”
É este o escuríssimo quadro que Santana Lopes pinta da Figueira da Foz do princípio de 1998 .
Foi para esta Figueira que ele veio ser o redentor, o salvador.
Depois da sua passagem pela Figueira da Foz, gerando um vendaval imenso de progresso como antes nunca se vira, a nossa terra está irreconhecível, completamente diferente, para muitíssimo melhor, como todos podemos testemunhar vivendo o nosso dia a dia figueirense... Não está? .
E tudo se deve a Ele, o redentor. ..
Volto à grandiosa obra de Santana Lopes chamada “ Figueira – A minha história” .
Como já referi, da sua leitura divertida se pode retirar um retrato muito fiel do carácter e do perfil psicológico do seu autor.
Sempre num estilo épico, Santana Lopes descreve a Figueira imediatamente antes da sua chegada, como se esta cidade e este concelho fosse uma terra atrasada e parada no tempo, qual pequena vilória adormecida no interior do Portugal profundo, ou do distante far-west .
Um dos primeiros capítulos tem mesmo o curioso nome de “ O Admirável Mundo Novo”, que de facto nos remete para a sugestão do far-west e dos índios que nele habitavam.
Nele Santana Lopes escreveu sobre a Figueira nacos de prosa como os seguintes:
“ Uma área considerável de campos de arroz, mata, pinhal e courelas à escala do consumo doméstico, sem qualquer viabilidade económica aparente”
“ Tirava o chapéu aos empresários que se tinham estabelecido naquele Oeste desprovido de vias de comunicação compatíveis com as exigências de um mundo nacional e global . A auto-estrada Lisboa-Porto ficava a quarenta e cinco quilómetros bem medidos por uma estrada que multiplicava perigos, entre as curvas, o movimento local e a falta de qualidade rodoviária. A linha de caminho-de-ferro, oitocentista, não chegava para as encomendas e o porto (....) também não dava resposta a navios de grande porte, por falta de acessibilidade “
(...) “ Em nenhum outro lugar do país, a célebre frase “ o passado é um país estrangeiro” parece revelar um realismo tão cru. “
“ Parecia que a Figueira repetia, no seu calendário e na sua geografia, esta mesma diferença : nos três ou quatro meses de Verão, a riqueza; no resto do Inverno, a sobrevivência ; na cidade, o desenvolvimento; e nas freguesias, a mais pura miséria, no tal litoral que o país considera privilegiado”
“ Mas nem toda essa escola de proximidade aos vários meios sociais de Lisboa ou da Beira dos meus avós, me dera a noção da subsistência mais básica que agora observava das freguesias rurais da Figueira da Foz”
É este o escuríssimo quadro que Santana Lopes pinta da Figueira da Foz do princípio de 1998 .
Foi para esta Figueira que ele veio ser o redentor, o salvador.
Depois da sua passagem pela Figueira da Foz, gerando um vendaval imenso de progresso como antes nunca se vira, a nossa terra está irreconhecível, completamente diferente, para muitíssimo melhor, como todos podemos testemunhar vivendo o nosso dia a dia figueirense... Não está? .
E tudo se deve a Ele, o redentor. ..
domingo, fevereiro 13, 2005
VALORES FALSOS NO LIVRO DE SANTANA LOPES
Já o referi em anterior post aqui publicado.
É muito divertido dar uma leitura em diagonal ao livro de Santana Lopes intitulado “ Figueira - A minha história”.
Lê-se com um permanente sorriso nos lábios. Aqui e além apetece mesmo soltar uma sadia gargalhada. Para quem ainda ande desprevenido, aprende-se muito sobre o carácter e o perfil psicológico do seu autor .
Assim, por exemplo, na página 12 do seu Preâmbulo, pode ler-se esta coisa espantosa :
“ Em Janeiro de 1998 encontrei um passivo de 3300 mil contos e, em 2001, deixei um valor de 2600 contos (...) “
É falso!. É totalmente falso !!!
No final de 1997, o passivo do Município da Figueira da Foz era de 1730 mil contos ( incluindo dívidas à banca e dívidas a fornecedores) , e não de 3300 mil contos .
No fim de 2001, quando Santana Lopes deixou a Câmara Municipal da Figueira da Foz, o passivo total ( dívidas à banca mais dívidas a fornecedores), era de 4740 mil contos e não 2660 mil contos. E muito menos 2660 contos, como o livro refere...mas enfim tomo-o por gralha...
Ou seja, quando terminou o mandato de Santana Lopes, o passivo do Município da Figueira da Foz era 2,7 vezes superior ao passivo que encontrou no princípio de 1998 .
Foi por isso que, logo nos primeiros 3 meses de 2002 , a Câmara Municipal da Figueira da Foz teve de , rapidamente, ir à banca buscar 4 milhões de contos para acudir a prementes necessidades de tesouraria.
Sei bem do que falo...
É por estas e por outras que , depois de saber o que sei, nunca compraria um carro em 2ª mão a Santana Lopes. Tal como acontece com a grande maioria dos portugueses, a julgar pelos resultados de um inquérito de opinião ontem publicado pelo EXPRESSO.
Apenas 19% dos entrevistados se mostravam dispostos a confiar em Santana Lopes para lhe comprar um carro em 2ª mão .
Sintomático, não ?....
Já o referi em anterior post aqui publicado.
É muito divertido dar uma leitura em diagonal ao livro de Santana Lopes intitulado “ Figueira - A minha história”.
Lê-se com um permanente sorriso nos lábios. Aqui e além apetece mesmo soltar uma sadia gargalhada. Para quem ainda ande desprevenido, aprende-se muito sobre o carácter e o perfil psicológico do seu autor .
Assim, por exemplo, na página 12 do seu Preâmbulo, pode ler-se esta coisa espantosa :
“ Em Janeiro de 1998 encontrei um passivo de 3300 mil contos e, em 2001, deixei um valor de 2600 contos (...) “
É falso!. É totalmente falso !!!
No final de 1997, o passivo do Município da Figueira da Foz era de 1730 mil contos ( incluindo dívidas à banca e dívidas a fornecedores) , e não de 3300 mil contos .
No fim de 2001, quando Santana Lopes deixou a Câmara Municipal da Figueira da Foz, o passivo total ( dívidas à banca mais dívidas a fornecedores), era de 4740 mil contos e não 2660 mil contos. E muito menos 2660 contos, como o livro refere...mas enfim tomo-o por gralha...
Ou seja, quando terminou o mandato de Santana Lopes, o passivo do Município da Figueira da Foz era 2,7 vezes superior ao passivo que encontrou no princípio de 1998 .
Foi por isso que, logo nos primeiros 3 meses de 2002 , a Câmara Municipal da Figueira da Foz teve de , rapidamente, ir à banca buscar 4 milhões de contos para acudir a prementes necessidades de tesouraria.
Sei bem do que falo...
É por estas e por outras que , depois de saber o que sei, nunca compraria um carro em 2ª mão a Santana Lopes. Tal como acontece com a grande maioria dos portugueses, a julgar pelos resultados de um inquérito de opinião ontem publicado pelo EXPRESSO.
Apenas 19% dos entrevistados se mostravam dispostos a confiar em Santana Lopes para lhe comprar um carro em 2ª mão .
Sintomático, não ?....
sábado, fevereiro 12, 2005
ESTILISTICA LITERÁRIA E AVISOS DA AUTARQUIA
“ O sistema de trânsito da cidade envolve, no dia a dia, todos os cidadãos, no exercício pleno do seu direito de se deslocar livremente para satisfação das suas necessidades, quer de trabalhar quer de bem estar . A mobilidade do cidadão no espaço público é, de forma assumida, uma prioridade e uma preocupação da Autarquia, possibilitando deslocamentos ágeis, seguros, confortáveis e económicos. “
Este requintado texto bem poderia ser o início do preâmbulo de uma tese de licenciatura, vamos lá, talvez de mestrado, em ciência urbanística, ou em engenharia de transportes, cujo título poderia porventura ser qualquer coisa assim do género :
“ A problemática da mobilidade urbana, sub-urbana e inter-urbana , numa perspectiva estratégica estruturante, e os direitos dos cidadãos , à luz da Constituição da República “
Mas não. Trata-se tão só do início de um singelo aviso à população ( publicidade paga ) ocupando uma página inteira do Diario As Beiras, informando os figueirenses de alterações do trânsito por causa de obras nas ruas da República e Fernandes Tomás .
E que , básica e singelamente se poderiam indicar em três frases :
- a rua da República fica vedada ao transito ;
- a entrada na cidade faz-se pela rua Fernandes Tomás, cujo sentido de circulação passa a ser de nascente para poente ;
- a saída da cidade faz-se pela Avenida Saraiva de Carvalho, podendo voltar-se à esquerda imediatamente antes do chamado “ terminal de camionagem”.
Um quarto de página chegava para conter esta informação.
O aviso é assinado pelo Delegado Municipal de Segurança e Transito .
Talvez porque o Presidente da Câmara continue de férias e não haja um Vereador para o substituir...
“ O sistema de trânsito da cidade envolve, no dia a dia, todos os cidadãos, no exercício pleno do seu direito de se deslocar livremente para satisfação das suas necessidades, quer de trabalhar quer de bem estar . A mobilidade do cidadão no espaço público é, de forma assumida, uma prioridade e uma preocupação da Autarquia, possibilitando deslocamentos ágeis, seguros, confortáveis e económicos. “
Este requintado texto bem poderia ser o início do preâmbulo de uma tese de licenciatura, vamos lá, talvez de mestrado, em ciência urbanística, ou em engenharia de transportes, cujo título poderia porventura ser qualquer coisa assim do género :
“ A problemática da mobilidade urbana, sub-urbana e inter-urbana , numa perspectiva estratégica estruturante, e os direitos dos cidadãos , à luz da Constituição da República “
Mas não. Trata-se tão só do início de um singelo aviso à população ( publicidade paga ) ocupando uma página inteira do Diario As Beiras, informando os figueirenses de alterações do trânsito por causa de obras nas ruas da República e Fernandes Tomás .
E que , básica e singelamente se poderiam indicar em três frases :
- a rua da República fica vedada ao transito ;
- a entrada na cidade faz-se pela rua Fernandes Tomás, cujo sentido de circulação passa a ser de nascente para poente ;
- a saída da cidade faz-se pela Avenida Saraiva de Carvalho, podendo voltar-se à esquerda imediatamente antes do chamado “ terminal de camionagem”.
Um quarto de página chegava para conter esta informação.
O aviso é assinado pelo Delegado Municipal de Segurança e Transito .
Talvez porque o Presidente da Câmara continue de férias e não haja um Vereador para o substituir...
NARCISISMO DOENTIO
O livro de Santana Lopes, intitulado “ Figueira - A minha história “ está disponível , na íntegra, na página do PSD na Internet. Sinal de que não valerá mais a pena tentar vendê-lo nas livrarias.
Chamar-lhe-ia melhor, um verdadeiro panfleto de propaganda. De auto propaganda . E eleitoral, pois em período eleitoral o panfleto foi distribuido.
O livro de Santana Lopes, intitulado “ Figueira - A minha história “ está disponível , na íntegra, na página do PSD na Internet. Sinal de que não valerá mais a pena tentar vendê-lo nas livrarias.
Chamar-lhe-ia melhor, um verdadeiro panfleto de propaganda. De auto propaganda . E eleitoral, pois em período eleitoral o panfleto foi distribuido.
É divertido dar-lhe uma leitura. Aconselhável para os especialistas e estudantes de psicologia.
Trata-se de um exercício do mais doentio e obsessivo narcisismo . Que seria tão somente ridículo, não fora também patético, revelador do carácter do seu autor, e ameaçador para a vida política portuguesa.
Todo ele está escrito, do princípio ao fim, permanentemente, na primeira pessoa do singular.
Só no prefácio de 5 páginas pode ler-se, frase a frase, parágrafo a parágrafo, coisas assim :
- Realizei , igualmente, planos de (...)
- Concretizei ainda planos de (...)
- Tornei imperativo a realização de planos de (...)
- (...) cuidei da imensa praia (...)
- (...) dei vida à marginal (...)
- (...) não poupei esforços para (...)
- (...) troquei a figura do cheque(...) por candidaturas a verbas(...)
- Criei condições para (...)
- Tratei com dignidade os centros (...)
- (...) construi abrigos para as paragens(...)
- Lancei programas para jovens (...)
- Criei um departamento de cultura
Enfim....construi, cuidei, criei , lancei, realizei..e por aí fora .
Tudo foi feito por ele . Para os outros , nem mesmo para os seus companheiros de vereação, não sobra nada.
E vai assim, por aí adiante...ao longo de todas as cento e tal páginas do panfleto eleitoral...
Enfim....construi, cuidei, criei , lancei, realizei..e por aí fora .
Tudo foi feito por ele . Para os outros , nem mesmo para os seus companheiros de vereação, não sobra nada.
E vai assim, por aí adiante...ao longo de todas as cento e tal páginas do panfleto eleitoral...
AS BOAS SONDAGENS
Segundo o resultado de uma sondagem que consta da página do PSD, na Internet, foi Santana Lopes quem venceu o frente a frente com José Sócrates, há dias realizado na televisão . Por larga margem.
À pergunta “ Quem venceu o frente a frente ?” , 91% dos votantes declararam ter sido Santana Lopes. Apenas 9% dizem ter sido José Sócrates.
Destas sondagens é que gosta Santana Lopes, sim senhor. Deve sentir-se reconfortado com elas.
Segundo o resultado de uma sondagem que consta da página do PSD, na Internet, foi Santana Lopes quem venceu o frente a frente com José Sócrates, há dias realizado na televisão . Por larga margem.
À pergunta “ Quem venceu o frente a frente ?” , 91% dos votantes declararam ter sido Santana Lopes. Apenas 9% dizem ter sido José Sócrates.
Destas sondagens é que gosta Santana Lopes, sim senhor. Deve sentir-se reconfortado com elas.
sexta-feira, fevereiro 11, 2005
POR ORA....ATÉ AO MOMENTO
Segundo o comunicado publicado esta tarde pela Polícia Judiciária , relativamente ao Freeport de Alcochete, “ por ora, não existem indícios que apontem como arguido qualquer líder partidário “.
Deduzo e concluo portanto que, relativamente àquele caso :
- por ora, não existem indícios que apontem como arguido Santana Lopes ;
- por ora, não existem indícios que apontem como arguido Paulo Portas .
- por ora, não existem indícios que apontem como arguido José Sócrates.
Cumpre todavia esclarecer que o facto de não me referir a Jerónimo de Sousa, nem a Francisco Louçã, não significa de modo nenhum que relativamente a estes líders, haja indícios que os apontem como arguidos.
Do mesmo modo poderei afirmar que :
- relativamente à venda das OGMA, não existem, por ora, indícios que apontem como arguido Paulo Portas .
- relativamente à construção do túnel do Marquês, em Lisboa, não existem, por ora, indícios que apontem como arguido Santana Lopes .
- relativamente à encomenda de um projecto para o Centro de Congressos da Figueira da Foz, ao famoso arquitecto Boffil, não existem , por ora, indícios que apontem como arguido Santana Lopes.
E mais. Poderei igualmente afirmar que , por ora, não existem indícios que apontem para que o facto de Santana Lopes ter levado para o Governo dois antigos directores das Polícias, sendo um da Policia Judiciária, tenha alguma coisa a ver com as investigações feitas neste momento pela PJ .
Por outro lado, a PGR publicou também um comunicado no qual se informa que “ até ao momento, não existe nenhuma suspeita de ilícito criminal por parte do engenheiro José Sócrates em relação ao caso Freeport ”.
Sendo assim, creio poder afirmar-se que :
- até ao momento, não existe nenhuma suspeita de ilícito criminal por parte do Procurador Geral da República, em relação ao caso Freeport .
- até ao momento, não existe nenhuma suspeita de ilícito criminal por parte do Procurador Geral da República, em relação ao caso Casa Pia .
- até ao momento, não existe nenhuma suspeita de ilícito criminal por parte de Inês Lopes, directora do Independente, em relação ao caso Casa Pia .
Todavia, até ao momento, são legítimas as suspeitas de que Inês Lopes, directora do Independente, ao fazer publicar aquilo que publicou, tenha feito um belo frete à campanha negra de Santana Lopes.
Segundo o comunicado publicado esta tarde pela Polícia Judiciária , relativamente ao Freeport de Alcochete, “ por ora, não existem indícios que apontem como arguido qualquer líder partidário “.
Deduzo e concluo portanto que, relativamente àquele caso :
- por ora, não existem indícios que apontem como arguido Santana Lopes ;
- por ora, não existem indícios que apontem como arguido Paulo Portas .
- por ora, não existem indícios que apontem como arguido José Sócrates.
Cumpre todavia esclarecer que o facto de não me referir a Jerónimo de Sousa, nem a Francisco Louçã, não significa de modo nenhum que relativamente a estes líders, haja indícios que os apontem como arguidos.
Do mesmo modo poderei afirmar que :
- relativamente à venda das OGMA, não existem, por ora, indícios que apontem como arguido Paulo Portas .
- relativamente à construção do túnel do Marquês, em Lisboa, não existem, por ora, indícios que apontem como arguido Santana Lopes .
- relativamente à encomenda de um projecto para o Centro de Congressos da Figueira da Foz, ao famoso arquitecto Boffil, não existem , por ora, indícios que apontem como arguido Santana Lopes.
E mais. Poderei igualmente afirmar que , por ora, não existem indícios que apontem para que o facto de Santana Lopes ter levado para o Governo dois antigos directores das Polícias, sendo um da Policia Judiciária, tenha alguma coisa a ver com as investigações feitas neste momento pela PJ .
Por outro lado, a PGR publicou também um comunicado no qual se informa que “ até ao momento, não existe nenhuma suspeita de ilícito criminal por parte do engenheiro José Sócrates em relação ao caso Freeport ”.
Sendo assim, creio poder afirmar-se que :
- até ao momento, não existe nenhuma suspeita de ilícito criminal por parte do Procurador Geral da República, em relação ao caso Freeport .
- até ao momento, não existe nenhuma suspeita de ilícito criminal por parte do Procurador Geral da República, em relação ao caso Casa Pia .
- até ao momento, não existe nenhuma suspeita de ilícito criminal por parte de Inês Lopes, directora do Independente, em relação ao caso Casa Pia .
Todavia, até ao momento, são legítimas as suspeitas de que Inês Lopes, directora do Independente, ao fazer publicar aquilo que publicou, tenha feito um belo frete à campanha negra de Santana Lopes.
PASSADOS
Com a devida vénia, transcrevo do Portugal dos Pequeninos :
Salvo o devido respeito por Guterres e por Santana, eles representam respectivamente um passado esquecível e um passivo inesquecível.
O que de resto subscrevo…
Com a devida vénia, transcrevo do Portugal dos Pequeninos :
Salvo o devido respeito por Guterres e por Santana, eles representam respectivamente um passado esquecível e um passivo inesquecível.
O que de resto subscrevo…
UM NOVO PARTIDO, NOS IDOS DE 2000…
O blogue Pula Pulga , citado pelo ABRUPTO , recorda uma entrevista dada por Santana Lopes ao EXPRESSO , em 29 de Abril de 2000 :
(...)Pedro Santana Lopes considera chegado o momento da «clarificação definitiva» no PSD e lança um ultimato: ou o partido muda ou muda ele de partido.
O blogue Pula Pulga , citado pelo ABRUPTO , recorda uma entrevista dada por Santana Lopes ao EXPRESSO , em 29 de Abril de 2000 :
(...)Pedro Santana Lopes considera chegado o momento da «clarificação definitiva» no PSD e lança um ultimato: ou o partido muda ou muda ele de partido.
Numa extensa entrevista ao EXPRESSO, que será publicada na Revista da próxima semana, o presidente da Câmara da Figueira da Foz volta a agitar as pantanosas águas do maior partido da oposição, não escondendo a impaciência com a situação que resultou do Congresso de Viseu (…)
Um novo partido «é inevitável»
Um novo partido «é inevitável»
O autarca da Figueira considera inadiável a reorganização do centro-direita e está convencido de que esse processo conduzirá inevitavelmente a um novo partido. Se será ele ou não a liderar essa nova formação política, é uma questão cuja resposta deixa nas mãos dos seus companheiros sociais-democratas.
O eterno candidato à liderança do PSD explica em detalhe as razões que o levam a rejeitar liminarmente tal estatuto e afirma-se «saturado»:
«O PPD/PSD tem de mudar de vida», exige, num tom definitivo que manteve ao longo das mais de três horas de conversa e que só abrandou por uma ou duas vezes ao admitir que a sua indisponibilidade para voltar a candidatar-se à liderança cederia a um sério apelo dos militantes do seu partido em que, todavia, diz não acreditar.
quinta-feira, fevereiro 10, 2005
O QUE PENSA CAVACO
Durante estes dias de campanha eleitoral, vale a pena dar frequentemente uma leitura pelo blogue Diário da Campanha.
Transcrevo deste, com a devida vénia, um escrito de Ricardo Costa, um jornalista muito lúcido, competente e geralmente muito bem informado :
O que pensa Cavaco
O Público lançou ontem uma enorme confusão na campanha eleitoral. Não me vou alongar sobre a natureza do artigo, que me parece ter sido feito muito "no ar".
Durante estes dias de campanha eleitoral, vale a pena dar frequentemente uma leitura pelo blogue Diário da Campanha.
Transcrevo deste, com a devida vénia, um escrito de Ricardo Costa, um jornalista muito lúcido, competente e geralmente muito bem informado :
O que pensa Cavaco
O Público lançou ontem uma enorme confusão na campanha eleitoral. Não me vou alongar sobre a natureza do artigo, que me parece ter sido feito muito "no ar".
Acho, no entanto, que ele tem um erro lógico. Aquilo que Cavaco deve pensar na altura (digo-o da minha própria cabeça e sem recorrer a nenhuma fonte) é o seguinte:
1. O PSD tem que ter uma derrota que leve à saída de Santana da liderança.
2. O PS vai ganhar mas, e apesar de sempre ter defendido os governos de maioria absoluta, é importante que não tenha poder a mais.
3. Neste cenário a eleição de um presidente de centro-direita é inevitável.
Isto é o que eu penso que pensa Cavaco.
Só há um problema no raciocínio dos que apoiam o ex-primeiro-ministro: é que mesmo que perca, e por muito, as eleições, Santana Lopes não vai querer sair da liderança sem a disputar num Congresso.
Ricardo Costa
UMA DÚVIDA …
Tenho uma dúvida sobre a vida política local.
Quando o Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz está de férias ou ausente em local distante, por razões de serviço, por exemplo, quem o substitui na autarquia ?
Está designado alguns dos outros vereadores como Vice-Presidente ? Ninguém o substitui e funciona o telemóvel? Ou o Presidente da Câmara é substituído pelo seu Chefe de Gabinete?
Alguém me ajuda a desfazer esta angústia existencial, a satisfazer esta curiosidade mórbida?...
Tenho uma dúvida sobre a vida política local.
Quando o Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz está de férias ou ausente em local distante, por razões de serviço, por exemplo, quem o substitui na autarquia ?
Está designado alguns dos outros vereadores como Vice-Presidente ? Ninguém o substitui e funciona o telemóvel? Ou o Presidente da Câmara é substituído pelo seu Chefe de Gabinete?
Alguém me ajuda a desfazer esta angústia existencial, a satisfazer esta curiosidade mórbida?...
quarta-feira, fevereiro 09, 2005
CARNAVAIS EM BALANÇO
Em declarações à imprensa regional, o Administrador Delegado da Figueira Grande Turismo
(FGT) considerou o Carnaval de 2005 na Figueira da Foz como “ um orgulho para a Figueira e para Buarcos “.
Em declarações à imprensa regional, o Administrador Delegado da Figueira Grande Turismo
(FGT) considerou o Carnaval de 2005 na Figueira da Foz como “ um orgulho para a Figueira e para Buarcos “.
Segundo o mesmo responsável da FGT, que se terá baseado em informações recolhidas nas unidades hoteleiras, “ muita gente veio passar estes dias à Figueira”.
São só palpites, ou há números e indicadores concretos? E havendo, poderão ser divulgados?
E havendo, como comparam eles com os apurados num qualquer fim de semana em que haja uma ponte?
Na mesma onda, um sentimento idêntico de grande satisfação, deleite e alegria, transparece de muitas poesias publicadas pelo Diário As Beiras sobre o Carnaval da Figueira.
Destaco algumas delas, das mais inspiradas, e que encerram reflexões filosóficas de grande profundidade .
O Carnaval de nudeza
Que em Buarcos, hoje temos,
Mostra bem toda a pobreza
Neste mundo em que vivemos
Buarcos ou Figueira
É terra bestial
Se a quer visitar
Vá na época do Carnaval
Em Buarcos há Carnaval
Há bom vinho e caldeiradas
No verão como é normal
Há na Figueira touradas
No Carnaval de Buarcos
Aconteça o que acontecer
Há por lá muitos buracos
Mas não percas neles a cabeça
São só palpites, ou há números e indicadores concretos? E havendo, poderão ser divulgados?
E havendo, como comparam eles com os apurados num qualquer fim de semana em que haja uma ponte?
Na mesma onda, um sentimento idêntico de grande satisfação, deleite e alegria, transparece de muitas poesias publicadas pelo Diário As Beiras sobre o Carnaval da Figueira.
Destaco algumas delas, das mais inspiradas, e que encerram reflexões filosóficas de grande profundidade .
O Carnaval de nudeza
Que em Buarcos, hoje temos,
Mostra bem toda a pobreza
Neste mundo em que vivemos
Buarcos ou Figueira
É terra bestial
Se a quer visitar
Vá na época do Carnaval
Em Buarcos há Carnaval
Há bom vinho e caldeiradas
No verão como é normal
Há na Figueira touradas
No Carnaval de Buarcos
Aconteça o que acontecer
Há por lá muitos buracos
Mas não percas neles a cabeça
TRANSCREVO E TAMBÉM PERGUNTO...
Com a devida vénia, transcrevo do Jaquinzinhos :
Clube do Estado
Há 6 milhões de portugueses que vivem á custa do Estado.
Há 6 milhões de benfiquistas.
A dúvida está instalada. Serão os mesmos ?
Convem esclarecer que o autor do blogue transcrito se reclama de fervoroso sportinguista...
TRANSCREVO E SUBSCREVO
Subscrevo o que transcrevo do Bloguitica, com a devida vénia :
O ENGENHEIRO
Subscrevo o que transcrevo do Bloguitica, com a devida vénia :
O ENGENHEIRO
«Aqui na Suécia não tenho o 'privilégio' de acompanhar em directo todas as voltas e reviravoltas da campanha eleitoral, e só pelo seu blog me chegou o "Programa da Campanha do Eng° José Sócrates".
Realmente já perdi o hábito dos doutores e engenheiros, que me soa agora, com a distância, tão completamente ridículo. A insistência nos títulos, como se fizessem parte dos nomes, é uma coisa de pequena burguesia de fim de século XIX.Passam-se uns anos numa faculdade (muitas vezes sem grande proveito) e fica-se logo 'titular'!
(...)De facto, a mania dos doutores é um fenómeno tipicamente português. É frequente ingleses ou franceses, por exemplo, espantarem-se com o número de 'médicos' presentes nos mais variados sectores da sociedade portuguesa, até perceberem que nem todos os 'Dr.' são licenciados em medicina!
Mas há uma vantagem neste tipo de tratamento.
É que se tiver que utilizar alguma fórmula de cortesia, há muita gente a quem não me importo de chamar doutor e doutora, mas que não merecem de modo algum que lhes chame 'Senhor' ou 'Senhora'».M.A.
DIFERENÇAS
DIFERENÇAS
Recentemente, José Sócrates era suposto ter estado numa exposição com os filhos.
Informado de que haveria câmaras de televisão no local, Sócrates optou por cancelar a sua presença.
Hoje, Pedro Santana Lopes passeou com alguns dos filhos em S. Bento e fez questão de o mostrar para as câmaras de televisão.
Santana Lopes e Sócrates são iguais, não é...?
terça-feira, fevereiro 08, 2005
PIU...PIU.. PIU...JORNALISTAS, VENHAM CÁ!...
Santana Lopes chama os jornalistas a S. Bento numa tarde de 3ª feira de Carnaval.
E os jornalistas vão! Vão colaborar numa palhaçada e numa descarada acção de campanha eleitoral .
Santana Lopes chama os jornalistas a S. Bento numa tarde de 3ª feira de Carnaval.
E os jornalistas vão! Vão colaborar numa palhaçada e numa descarada acção de campanha eleitoral .
Os jornalistas filmam Santana Lopes e os filhos passeando-se pelos jardins de S. Bento, num autêntico tempo de antena do PPD-PSD, que os seus assessores de imagem não fariam melhor.
E as televisões passam as imagens.
A Comissão Nacional de Eleições não intervem? Já não há nenhuma vergonha?
E as televisões passam as imagens.
A Comissão Nacional de Eleições não intervem? Já não há nenhuma vergonha?
AS BOJARDAS DO SR. ALBERTO
O Sr. Alberto referiu-se a Cavaco Silva como o Sr. Silva. Diz que ele é um homem do sistema e que pertence a uma brigada do reumático.
O Sr. Alberto é obscenamente bronco e grosseiro . O Sr. Alberto é um grande apoiante de Santana Lopes. O Sr. Alberto é o Presidente do governo regional da Madeira .
O Sr Alberto é um motivo de vergonha para a Madeira. Se Santana Lopes, apoiado pelo Sr. Alberto continuasse como 1º Ministro, seria uma vergonha para Portugal.
O Sr. Alberto referiu-se a Cavaco Silva como o Sr. Silva. Diz que ele é um homem do sistema e que pertence a uma brigada do reumático.
O Sr. Alberto é obscenamente bronco e grosseiro . O Sr. Alberto é um grande apoiante de Santana Lopes. O Sr. Alberto é o Presidente do governo regional da Madeira .
O Sr Alberto é um motivo de vergonha para a Madeira. Se Santana Lopes, apoiado pelo Sr. Alberto continuasse como 1º Ministro, seria uma vergonha para Portugal.
UM TANDEM NO TOPO DO ESTADO ?...
A notícia de hoje do PUBLICO não deverá ser mais que mera especulação jornalística.
Porventura com outros obscuros objectivos que não sejam propriamente ajudar o PS, ou uma candidatura de Cavaco Silva.
Mas não custa a crer que , de facto, como a notícia refere, Cavaco Silva defenda estabilidade
para o País, e no seu íntimo acredite na vitória do PS com maioria absoluta .
A notícia de hoje do PUBLICO não deverá ser mais que mera especulação jornalística.
Porventura com outros obscuros objectivos que não sejam propriamente ajudar o PS, ou uma candidatura de Cavaco Silva.
Mas não custa a crer que , de facto, como a notícia refere, Cavaco Silva defenda estabilidade
para o País, e no seu íntimo acredite na vitória do PS com maioria absoluta .
Segundo uma sondagem de há dias, se neste momento houvesse eleições para Presidente da República, e Cavaco Silva fosse candidato, esmagaria qualquer outro concorrente. Seria seguramente eleito à primeira volta, com larga margem.
Um possível cenário de José Sócrates como 1º Ministro e Cavaco Silva como Presidente da República será, em minha opinião, uma luz de esperança no ambiente sombrio, toldado de pessimismos e de medos, que actualmente parece ter-se instalado nos espíritos de muitos portugueses.
Digo-o com sinceridade e sem complexos de esquerda : Cavaco Silva e José Sócrates fariam juntos um bom tandem no topo do Estado.
O qual tornaria menos difícil a gestão política dos difíceis tempos que se avizinham, e viabilizaria a realização das reformas que é imperioso levar a cabo.
Não se trata de "bloco central". O PSD permaneceria e deveria permanecer na oposição.
Manter-se-ia aquele princípio de que o povo português não gosta de "colocar os ovos todos no mesmo cesto".
No plano ideológico, não há praticamente diferença substantiva entre um e outro.
Cavaco Silva é reconhecidamente um “neo-keynesiano” ( Mário Soares dixit...) e José Sócrates não esconde pretender emular Tony Blair .
São ambos políticos racionais, algo frios, determinados e obstinados ( quiçá às vezes até com alguma dose de exagero...), resistentes a ceder a emoções. Não são instáveis, irreflectidos, emocionais, erráticos e imprevisíveis como Santana Lopes.
São ambos políticos racionais, algo frios, determinados e obstinados ( quiçá às vezes até com alguma dose de exagero...), resistentes a ceder a emoções. Não são instáveis, irreflectidos, emocionais, erráticos e imprevisíveis como Santana Lopes.
Cavaco Silva tem uma preciosa experiência política, um indesmentível sentido de Estado.
Já demonstrou independência e desinteresse relativamente à eventual retoma da vida partidária propriamente dita.
A sua presença junto de José Sócrates como 1º Ministro, a colaboração e a co-responsabilização entre os dois , seriam factores de estabilidade e ao mesmo de incitamento para que as reformas necessárias sejam levadas à prática pelo governo do PS.
Cavaco Silva poderia, com sucesso, desempenhar o papel daquilo que em inglês se designa por “coacher” . Alguma coisa entre o treinador e o conselheiro.
Uma simples maioria relativa do PS, não proporcionará todavia condições para um cenário como o descrito.
Em tal caso, Santana Lopes cantaria vitória, iria agarrar-se ao poder dentro do PSD, e este não seria saneado da deriva populista que o descaracteriza e o descaracterizaria ainda mais . Cavaco Silva recearia então que não houvesse um mínimo de estabilidade, para poder intervir eficazmente.
E talvez não avançasse com a sua candidatura.
Dois esclarecimentos adicionais:
Um tandem é uma bicicleta para duas pessoas. Só se mantém em pé se ambas se equilibrarem bem em cima dela. E só anda depressa se ambas derem ao pedal com igual força e determinação.
“Keynesiano” é uma palavra derivada de Keynes.
John Maynard Keynes foi um eminente economista inglês dos anos 30 e 40 do século XX, inspirador do “new deal” de Roosevelt, nos Estados Unidos, e do trabalhismo britânico do após guerra.
Keynes advogava uma política de intervencionismo do Estado visando mitigar os efeitos das ondas de recessão e expansão económicas, através de medidas fiscais e monetárias .
Foi isso o que Cavaco Silva quis dizer quando, na fase terminal do guterrismo, escreveu que era precisamente em tempo de recessão que o Estado devia gastar mais. Só que para gastar mais, precisava de ter antes amealhado. E foi isso o que o guterrismo não fez nos tempos de “vacas gordas”
O prefixo “neo” serve para indicar a introdução de algumas correcções ao modelo inicial do “keynesianismo” , decorrentes de lições da história e da experiência entretanto adquirida, e de alterações impostas por novos paradigmas sociais, culturais e tecnológicos.
PROTOCOLOS E ESQUIZOFRENIA POLÍTICA
Uma das marcas do santanismo, é bem de ver, é a mania de assinar protocolos por tudo e por nada.
Santana Lopes deve ter acordado hoje com a ideia na cabeça de que dava jeito acenar com a utilização do aeroporto militar de Monte Real para aviação civil . Talvez desse, pensou, mais uns votinhos aqui por estas bandas da Figueira da Foz, pois sente que bem precisadinho vai estar deles.
Vá então de improvisar a assinatura de um protocolo, não sei bem entre quem e quem, entre que organização do Estado e que outra organização do Estado.
Uma das marcas do santanismo, é bem de ver, é a mania de assinar protocolos por tudo e por nada.
Santana Lopes deve ter acordado hoje com a ideia na cabeça de que dava jeito acenar com a utilização do aeroporto militar de Monte Real para aviação civil . Talvez desse, pensou, mais uns votinhos aqui por estas bandas da Figueira da Foz, pois sente que bem precisadinho vai estar deles.
Vá então de improvisar a assinatura de um protocolo, não sei bem entre quem e quem, entre que organização do Estado e que outra organização do Estado.
Imponente, viaja de avião, e ganha uns minutinhos nos telejornais, a fingir de grande estadista.
O que vale, para que serve um tal protocolo? Objectivamente, para nada.
Se e quando um governo acabar por concluir que é realmente indispensável e viável usar um aeroporto militar para fins civis, o que tem de passar necessáriamente pela intervenção e pelo acordo do Ministro da Defesa, aprova uma Resolução do Conselho de Ministros, elabora e publica um decreto-lei, ou talvez mesmo uma simples portaria . E manda cumprir .
É supinamente ridículo que tal decisão tenha de passar pela assinatura de um protocolo, a menos que esta passe a ser uma nova figura no acervo legislativo de um Estado de direito.
Trata-se portanto, tão só, de propaganda e show-off eleitoralista . Se Santana Lopes pensa que com isso tira importantes dividendos eleitorais, estará enganado.
É um sintoma indicativo de verdadeira esquizofrenia política.
segunda-feira, fevereiro 07, 2005
LIDO NO FIM DE SEMANA
O “menino guerreiro”, com as suas costas cheia de “cicatrizes”, que gosta do “colo” das mulheres, e se perde em insinuações torpes sobre os seus adversários, arrisca-se a oferecer ao PSD um dos piores resultados de sempre “ .
(Constança Cunha e Sá , in "Sábado" de 5.Fev.2005)
Infelizmente para Santana Lopes, as alternativas de vida que se abrem ao ainda primeiro ministro, depois de uma derrota do PSD, são muito sombrias caso ele se veja obrigado a deixar a liderança do PSD
( Henrique Monteiro, in EXPRESSO de 5.Fev.2005)
Sim, os indecisos existem. Mas, se me permitem, quando o assunto mete Santana, os indecisos não têm qualquer indecisão.
Os portugueses têm dúvidas sobre Sócrates; sobre Portas; sobre Jerónimo e Louçã. Com muita sorte, é possível encontrar uma criatura que, com toda a inocência, ainda vacile perante Manuel Monteiro.
O “menino guerreiro”, com as suas costas cheia de “cicatrizes”, que gosta do “colo” das mulheres, e se perde em insinuações torpes sobre os seus adversários, arrisca-se a oferecer ao PSD um dos piores resultados de sempre “ .
(Constança Cunha e Sá , in "Sábado" de 5.Fev.2005)
Infelizmente para Santana Lopes, as alternativas de vida que se abrem ao ainda primeiro ministro, depois de uma derrota do PSD, são muito sombrias caso ele se veja obrigado a deixar a liderança do PSD
( Henrique Monteiro, in EXPRESSO de 5.Fev.2005)
Sim, os indecisos existem. Mas, se me permitem, quando o assunto mete Santana, os indecisos não têm qualquer indecisão.
Os portugueses têm dúvidas sobre Sócrates; sobre Portas; sobre Jerónimo e Louçã. Com muita sorte, é possível encontrar uma criatura que, com toda a inocência, ainda vacile perante Manuel Monteiro.
Mas Santana resolve qualquer dúvida e, pior, afasta qualquer indeciso.
(João Pereira Coutinho, in EXPRESSO de 5.Fev.2005)
(João Pereira Coutinho, in EXPRESSO de 5.Fev.2005)
domingo, fevereiro 06, 2005
CARNAVAIS
Para a economia do Brasil, o Carnaval é reconhecidamente uma enorme fonte de receitas de turismo, obtidas a partir das muitas centenas de milhares de visitantes que , de todo o mundo, a ele acorrem , deixando lá preciosos dólares e euros.
Há trinta ou quarenta anos, aqui por Portugal, as festas do Carnaval eram fontes de receitas significativas para algumas vilas ou cidades, onde havia corsos carnavalescos que atraiam grande número de visitantes. Era esse tradicionalmente o caso de Ovar, Mealhada, Torres Vedras, Sines, Loulé ou Funchal.
Para a economia do Brasil, o Carnaval é reconhecidamente uma enorme fonte de receitas de turismo, obtidas a partir das muitas centenas de milhares de visitantes que , de todo o mundo, a ele acorrem , deixando lá preciosos dólares e euros.
Há trinta ou quarenta anos, aqui por Portugal, as festas do Carnaval eram fontes de receitas significativas para algumas vilas ou cidades, onde havia corsos carnavalescos que atraiam grande número de visitantes. Era esse tradicionalmente o caso de Ovar, Mealhada, Torres Vedras, Sines, Loulé ou Funchal.
Mas depois houve muitas terras que começaram a copiar a moda, e esta foi-se espalhando.
Uma delas é a Figueira da Foz, de entre muitas e muitas outras. Multiplicaram-se por aí fora os desfiles de Carnaval, mais ou menos provincianos, quase sempre suportados por subsídios dados pelas respectivas autarquias, ou seja, a partir do bolso dos contribuintes.
O Carnaval foi assim deixando de ser negócio e fonte de receitas, até mesmo para aquelas referidas terras nacionais onde antes ele havia ganho alguma tradição.
Na Figueira da Foz, os cofres municipais contribuem com 225 mil Euros ( 45 mil contos) para as festas carnavalescas de 2005. Em declarações recentes à imprensa, o Presidente da Comissão das Festas ( destas e de outras) em que se transformou a Figueira Grande Turismo (FGT) afirmou que “ basta olhar para a taxa de ocupação do parque hoteleiro e da restauração figueirenses para constatarmos que o investimento vale a pena ser feito” .
Ora aí está um facto que importaria ver confirmado por estatísticas, credíveis inquéritos e cuidadosos apuramentos, e não por meros palpites. Seria possível a FGT facultá-los à opinião pública?
A cidade fica, nas tardes de Domingo e de 3ª feira de Carnaval , cheia de carros estacionados, é verdade. Afluem à avenida marginal alguns milhares de mirones mais ou menos foliões. O grande parque de estacionamento junto ao forte de Santa Catarina fica repleto. Autarcas, assessores e administradores, ficam fascinados a olhar para tanta gente!....
Além naturalmente das pessoas de Coimbra que aqui têm a sua segunda residência e até aqui se deslocam quase todos os fins de semana, haja ou não folguedos, os fluxos de visitantes que vêm nestes dias à cidade da Figueira devem todavia ser provenientes, na sua esmagadora maioria, ou do próprio concelho, ou de concelhos mais ou menos próximos .
Alguns haverá que ainda cá virão almoçar, mas em geral vêm depois do almoço .
Assistem ao corso, onde umas meninas despidas tiritam com um frio capaz de enregelar os ossos, compram umas pipocas, comem uns churros, bebem uns pirolitos ou umas cervejolas, e regressam satisfeitos a casa a tempo de ver as telenovelas, já que a Quinta das Celebridades já terminou.
Haverá ainda alguma presença nos telejornais dando notícias avulsas dos vários carnavais , nos quais o nome e as imagens eventualmente recolhidas da Figueira da Foz se perdem e se confundem misturados com tantas outras terras onde houve festas de carnaval.
Haverá ainda alguma presença nos telejornais dando notícias avulsas dos vários carnavais , nos quais o nome e as imagens eventualmente recolhidas da Figueira da Foz se perdem e se confundem misturados com tantas outras terras onde houve festas de carnaval.
Tudo pesado, bem gostaria de ver demonstrado , por um balanço benefício-custo credível, se de facto o “investimento” ( como disparatadamente lhe chama o Administrador da FGT ) tem algum retorno.
Resta um outro fundamento e um outro propósito para gastar aqueles 225 mil Euros .
Dar circo ao pessoal indígena, que é o que pessoal gosta .
Até ao dia em que falte também o pão.
E em que seja necessário explicar ao pessoal que falta o pão por se ter gasto demasiado em circo .
sábado, fevereiro 05, 2005
MAIS UMA IDEIA REPENTINA ...
Santana Lopes declarou, em entrevista à RTP1 , que gostaria de ver e contar com Miguel Cadilhe como Vice 1º Ministro não sei bem de quê, num novo Ministério a criar, depois de ganhar as eleições.
É muito possível que a ideia de usar o nome de Miguel Cadilhe lhe tenha ocorrido ali mesmo, em plena entrevista, no entusiasmo das palavras, no seu estilo repentista e errático . E vai de lançá-lo para o ar, qual brilhante prestidigitador que de súbito tira um coelho da cartola.
Já não era a primeira vez que Santana Lopes usava o nome ou a imagem de uma pessoa sem ter o consentimento desta.
E , por outro lado, não estou de forma nenhuma a ver Miguel Cadilhe a aceitar sentar-se lado a lado de Paulo Portas num Conselho de Ministros.
Santana Lopes declarou, em entrevista à RTP1 , que gostaria de ver e contar com Miguel Cadilhe como Vice 1º Ministro não sei bem de quê, num novo Ministério a criar, depois de ganhar as eleições.
É muito possível que a ideia de usar o nome de Miguel Cadilhe lhe tenha ocorrido ali mesmo, em plena entrevista, no entusiasmo das palavras, no seu estilo repentista e errático . E vai de lançá-lo para o ar, qual brilhante prestidigitador que de súbito tira um coelho da cartola.
Já não era a primeira vez que Santana Lopes usava o nome ou a imagem de uma pessoa sem ter o consentimento desta.
E , por outro lado, não estou de forma nenhuma a ver Miguel Cadilhe a aceitar sentar-se lado a lado de Paulo Portas num Conselho de Ministros.
NOVO CAPÍTULO NA SAGA DA PONTE DO GALANTE
O Conselho de Ministros do governo em gestão discutiu, na sua última reunião, o plano de pormenor da Ponte do Galante aprovada pela Câmara Municipal da Figueira da Foz.
A meu ver, não o deveria ter discutido . Uma opção urbanística sobre um tema tão controverso e de contornos tão opacos, e tão condicionadora do futuro desenvolvimento de uma área sensível , como aquela é , não deveria sequer merecer a veleidade de um governo em gestão se propor apreciá-la . Não deveria nem poderia, à luz do consagrado na lei sobre as capacidades de um governo de gestão.
Mas enfim, o Conselho de Ministros acabou por decidir não aprovar o plano, porventura escrevendo direito por linhas tortas.
Importaria saber com que fundamentos e porque motivos. Espero que os figueirenses sejam muito em breve deles informados, com detalhe e com clareza.
O Conselho de Ministros do governo em gestão discutiu, na sua última reunião, o plano de pormenor da Ponte do Galante aprovada pela Câmara Municipal da Figueira da Foz.
A meu ver, não o deveria ter discutido . Uma opção urbanística sobre um tema tão controverso e de contornos tão opacos, e tão condicionadora do futuro desenvolvimento de uma área sensível , como aquela é , não deveria sequer merecer a veleidade de um governo em gestão se propor apreciá-la . Não deveria nem poderia, à luz do consagrado na lei sobre as capacidades de um governo de gestão.
Mas enfim, o Conselho de Ministros acabou por decidir não aprovar o plano, porventura escrevendo direito por linhas tortas.
Importaria saber com que fundamentos e porque motivos. Espero que os figueirenses sejam muito em breve deles informados, com detalhe e com clareza.
Se forem de natureza urbanística ou legal, como terá dito o Ministro do Ambiente, o actual Presidente da Câmara , pelo obstinado empenho que colocou em fazer ir para a frente o plano, não deixa de ficar bastante mal na fotografia.
A decisão não deixa porém de ser surpreendente. Duarte Silva tem-se repetidamente assumido como um admirador de Santana Lopes , a que tem dedicado gestos de reverente adoração, como o ter atribuído o seu nome ao CAE e o de lhe ter oferecido as chaves da cidade.
Seria por isso de presumir que, pessoa próxima do 1º Ministro como parece ser, não teria sido impossível fazer-lhe chegar o seu interesse político, para ele e para o PPD-PSD, de que o plano da Ponte do Galante fosse ainda aprovado antes de Santana Lopes deixar de ser 1º Ministro e ir à sua vida.
Todavia, assim não aconteceu .
O que, não havendo razões legais ou urbanísticas para o plano de pormenor ter sido rejeitado, suscitará a necessidade de explorar outras pistas para explicar o que se passou então.
Uma dessas pistas poderá ser a seguinte.
Acaso haverá, entre os moradores nas áreas vizinhas da Ponde do Galante, alguma personalidade que, ameaçada pela visão de ter ali erguido um babilónico edifício de 16 andares, que lhe fará sombra e lhe tirará as vistas, esteja actualmente mais próxima de Santana Lopes e com mais capacidade de influência junto dele , do que o actual Presidente da Câmara da Figueira da Foz? Ou o actual Vice-Presidente, com mandato suspenso?
QUARTA REPUBLICA
Descobri hoje que, desde o passado mês de Novembro, o antigo Ministro da Educação, David Justino, tem também um blogue : Quarta Republica .
Mais um espaço de opinião onde o destacado político do PSD se entretem a dar “facadas” , bem dadas , nas já martirizadas costas de Santana Lopes , de quem escreve às vezes aquilo que nem Maomé diria sobre o toucinho...
Descobri hoje que, desde o passado mês de Novembro, o antigo Ministro da Educação, David Justino, tem também um blogue : Quarta Republica .
Mais um espaço de opinião onde o destacado político do PSD se entretem a dar “facadas” , bem dadas , nas já martirizadas costas de Santana Lopes , de quem escreve às vezes aquilo que nem Maomé diria sobre o toucinho...
sexta-feira, fevereiro 04, 2005
CIRCULAÇÃO DO HUMOR PELA BLOGOSFERA
Para destressar um pouco das emoções políticas dos últimos dias, aqui vão dois pingos de sarcasmo e bom humor recebidos pelo Quintopoder , de dois dos seus dedicados leitores:
1.
Um grupo de académicos concluiu, de forma irrefutável, que Cristovão Colombo era Santanista:
-partiu sem saber para onde ia,
-chegou sem saber onde estava,
-regressou sem saber de onde vinha.
Tudo isto à custa do dinheiro dos outros.
2.
Não enviar ao Bagão Felix
NOBEL DA ECONOMIA ALENTEJANO
Um velho agricultor alentejano, com sérios problemas financeiros, comprou uma mula de outro agricultor por 100 Euros.
Concordaram que a entrega da mula seria no dia seguinte.
Entretanto, no dia seguinte, o agricultor chegou e disse:
"Desculpe-me, mas tenho más notícias. A mula morreu."
“Bom, então devolva-me o dinheiro."
"Não posso. Já o gastei."
"Tudo bem. Mas, traga-ma na mesma."
“E o que é que vai fazer com uma mula morta?"
"Vou rifá-la!"
"Você não pode rifar uma mula morta!"
"Claro que posso! Só que não vou e dizer a ninguém que ela está morta...
Um mês depois, os dois homens encontram-se e o agricultor que vendeu a mula perguntou:
"Então, que e que aconteceu a mula morta?
"Rifei-a como lhe tinha dito. Vendi 500 números a 2 € cada e tive um lucro de 998 Euros."
"E ninguém reclamou?"
"Só o fulano que a ganhou na rifa ..... Devolvi -lhe os 2 € ".
Não ofendem nenhum deles . Nem os alentejanos, nem Bagão Feliz, nem os santanistas...
Para destressar um pouco das emoções políticas dos últimos dias, aqui vão dois pingos de sarcasmo e bom humor recebidos pelo Quintopoder , de dois dos seus dedicados leitores:
1.
Um grupo de académicos concluiu, de forma irrefutável, que Cristovão Colombo era Santanista:
-partiu sem saber para onde ia,
-chegou sem saber onde estava,
-regressou sem saber de onde vinha.
Tudo isto à custa do dinheiro dos outros.
2.
Não enviar ao Bagão Felix
NOBEL DA ECONOMIA ALENTEJANO
Um velho agricultor alentejano, com sérios problemas financeiros, comprou uma mula de outro agricultor por 100 Euros.
Concordaram que a entrega da mula seria no dia seguinte.
Entretanto, no dia seguinte, o agricultor chegou e disse:
"Desculpe-me, mas tenho más notícias. A mula morreu."
“Bom, então devolva-me o dinheiro."
"Não posso. Já o gastei."
"Tudo bem. Mas, traga-ma na mesma."
“E o que é que vai fazer com uma mula morta?"
"Vou rifá-la!"
"Você não pode rifar uma mula morta!"
"Claro que posso! Só que não vou e dizer a ninguém que ela está morta...
Um mês depois, os dois homens encontram-se e o agricultor que vendeu a mula perguntou:
"Então, que e que aconteceu a mula morta?
"Rifei-a como lhe tinha dito. Vendi 500 números a 2 € cada e tive um lucro de 998 Euros."
"E ninguém reclamou?"
"Só o fulano que a ganhou na rifa ..... Devolvi -lhe os 2 € ".
Não ofendem nenhum deles . Nem os alentejanos, nem Bagão Feliz, nem os santanistas...
O CONFRONTO QUE ERA PARA SER DEBATE
Já que toda a blogosfera manda palpites sobre o debate de ontem, aqui vão também alguns dos meus.
1.
As questões importantes não foram esclarecidas, parece dizer a generalidade dos comentadores. Olha a novidade! Alguma vez já se viu um debate desta natureza esclarecer matérias verdadeiramente importantes da política real? Nem sequer é esta uma omissão verificada só em Portugal. Em geral, acontece mais ou menos por todo o lado onde há debates integrados em campanhas eleitorais.
2.
Numa análise global e simplista sobre quem foi o vencedor e quem foi o vencido, no tocante à eficácia da imagem transmitida, acho que José Sócrates levou vantagem. Pequena, mas levou.
Embora crispado no início (a posição das sobrancelhas indicava-o…), esteve depois quase sempre na ofensiva, remetendo Santana Lopes para a defensiva, por vezes quase parecendo encurralado. Como denunciaram algumas das suas expressões faciais e posições corporais.
3.
Na primeira parte, Santana Lopes fartou-se de vomitar números, percentagens, indicadores, a propósito e a despropósito. Alguém lhe terá dito que assim demonstraria conhecer bem os dossiês.
Deve por isso ter passado umas boas horas no marranço e no empinanço, ajudado pelos seus numerosos assessores.
No entanto, não me espantaria que alguns daqueles números não correspondessem à verdade, sendo só fumaça para tentar impressionar o pessoal. Nunca me esqueço dos índices e valores sobre a “excelente” situação financeira por ele deixada na Câmara Municipal da Figueira da Foz, que atirou para o ar quando “presidiu” à tomada de posse do actual elenco camarário.
Já que toda a blogosfera manda palpites sobre o debate de ontem, aqui vão também alguns dos meus.
1.
As questões importantes não foram esclarecidas, parece dizer a generalidade dos comentadores. Olha a novidade! Alguma vez já se viu um debate desta natureza esclarecer matérias verdadeiramente importantes da política real? Nem sequer é esta uma omissão verificada só em Portugal. Em geral, acontece mais ou menos por todo o lado onde há debates integrados em campanhas eleitorais.
2.
Numa análise global e simplista sobre quem foi o vencedor e quem foi o vencido, no tocante à eficácia da imagem transmitida, acho que José Sócrates levou vantagem. Pequena, mas levou.
Embora crispado no início (a posição das sobrancelhas indicava-o…), esteve depois quase sempre na ofensiva, remetendo Santana Lopes para a defensiva, por vezes quase parecendo encurralado. Como denunciaram algumas das suas expressões faciais e posições corporais.
3.
Na primeira parte, Santana Lopes fartou-se de vomitar números, percentagens, indicadores, a propósito e a despropósito. Alguém lhe terá dito que assim demonstraria conhecer bem os dossiês.
Deve por isso ter passado umas boas horas no marranço e no empinanço, ajudado pelos seus numerosos assessores.
No entanto, não me espantaria que alguns daqueles números não correspondessem à verdade, sendo só fumaça para tentar impressionar o pessoal. Nunca me esqueço dos índices e valores sobre a “excelente” situação financeira por ele deixada na Câmara Municipal da Figueira da Foz, que atirou para o ar quando “presidiu” à tomada de posse do actual elenco camarário.
Era tudo falso !
4.
Nas declarações finais, José Sócrates esteve de longe muito melhor. Dispôs de 5 minutos, obtidos por ter poupado tempo nas suas anteriores intervenções, enquanto Santana Lopes só teve 3 minutos.
Santana Lopes esteve nervoso, um pouco atabalhoado, num discurso algo desconexo e mal estruturado. Como decerto se poderá verificar da leitura da transcrição integral do debate que o EXPRESSO amanhã publicará. Gastou, por exemplo, uns bons 20 segundos a falar da situação no Iraque, tema nitidamente metido a martelo no meio do discurso, lateral ao debate e afastado do interesse dos portugueses que a ele assistiam .
4.
Nas declarações finais, José Sócrates esteve de longe muito melhor. Dispôs de 5 minutos, obtidos por ter poupado tempo nas suas anteriores intervenções, enquanto Santana Lopes só teve 3 minutos.
Santana Lopes esteve nervoso, um pouco atabalhoado, num discurso algo desconexo e mal estruturado. Como decerto se poderá verificar da leitura da transcrição integral do debate que o EXPRESSO amanhã publicará. Gastou, por exemplo, uns bons 20 segundos a falar da situação no Iraque, tema nitidamente metido a martelo no meio do discurso, lateral ao debate e afastado do interesse dos portugueses que a ele assistiam .
quinta-feira, fevereiro 03, 2005
A DERIVA TRAULITEIRA E A PATULEIA
Desde há uns meses a esta parte, Portugal tem corrido, com Santana Lopes, o perigo de ser vítima da chamada deriva populista. Correria agora também o risco de ser vítima da deriva trauliteira, caso a coligação PPD-PP tivesse maioria absoluta nas próximas eleições legislativas.
É o que importa lembrar e denunciar, face às inqualificáveis e reles arengadas de Sua Exª o Senhor Ministro Nobre Guedes, incitando as “populações “ de Coimbra a impedirem a entrada de José Sócrates . A que arrepiante despautério chegamos!
O painel de propaganda do PPD-PSD colocado à entrada da Figueira da Foz, com muitas chaminés a lançarem para o ar densos fumos negros, pretendendo daquela maneira criar fantasmas e diabolizar a solução de co-incinerar resíduos industriais perigosos nos fornos de cimento, é de muito mau gosto. E revela, por parte dos seus autores e mentores, um arrepiante primarismo , uma assombrosa ignorância ( ou será má fé?...) e uma triste indigência intelectual .
Tal atitude, vem na linha da descrição feita por Júlio Diniz no seu romance “ A Morgadinha dos Canaviais “ ( sou do tempo em que o livro era de leitura obrigatória no 3º ano do Liceu!...) .
Perante a acertada decisão do governo de então, proibindo o enterramento dos cadáveres dentro das igrejas, o país profundo, oitocentista, manipulado pelo obscurantismo do clero e por caciques trauliteiros sem escrúpulos, manifestou-se nos levantamentos “populares” que dariam origem às revoltas da Maria da Fonte e da Patuleia .
Se estou bem lembrado, o trauliteiro que, na aldeia da Morgadinha , incitava ao levantamento popular, era o Joãozinho das Perdizes, criatura anafada, sanguínea, amigo dos copos, caçador e bronco até dizer chega. Passaram quase 150 anos, mas continuamos a ver muitos Joãozinhos das Perdizes por este pobre país fora.
Com reacções destas , e com os dirigentes políticos locais e nacionais que temos tido nos últimos tempos, quer-me parecer que, se fosse hoje, não viriam para a Figueira da Foz nem a Celbi nem a Soporcel .
Desde há uns meses a esta parte, Portugal tem corrido, com Santana Lopes, o perigo de ser vítima da chamada deriva populista. Correria agora também o risco de ser vítima da deriva trauliteira, caso a coligação PPD-PP tivesse maioria absoluta nas próximas eleições legislativas.
É o que importa lembrar e denunciar, face às inqualificáveis e reles arengadas de Sua Exª o Senhor Ministro Nobre Guedes, incitando as “populações “ de Coimbra a impedirem a entrada de José Sócrates . A que arrepiante despautério chegamos!
O painel de propaganda do PPD-PSD colocado à entrada da Figueira da Foz, com muitas chaminés a lançarem para o ar densos fumos negros, pretendendo daquela maneira criar fantasmas e diabolizar a solução de co-incinerar resíduos industriais perigosos nos fornos de cimento, é de muito mau gosto. E revela, por parte dos seus autores e mentores, um arrepiante primarismo , uma assombrosa ignorância ( ou será má fé?...) e uma triste indigência intelectual .
Tal atitude, vem na linha da descrição feita por Júlio Diniz no seu romance “ A Morgadinha dos Canaviais “ ( sou do tempo em que o livro era de leitura obrigatória no 3º ano do Liceu!...) .
Perante a acertada decisão do governo de então, proibindo o enterramento dos cadáveres dentro das igrejas, o país profundo, oitocentista, manipulado pelo obscurantismo do clero e por caciques trauliteiros sem escrúpulos, manifestou-se nos levantamentos “populares” que dariam origem às revoltas da Maria da Fonte e da Patuleia .
Se estou bem lembrado, o trauliteiro que, na aldeia da Morgadinha , incitava ao levantamento popular, era o Joãozinho das Perdizes, criatura anafada, sanguínea, amigo dos copos, caçador e bronco até dizer chega. Passaram quase 150 anos, mas continuamos a ver muitos Joãozinhos das Perdizes por este pobre país fora.
Com reacções destas , e com os dirigentes políticos locais e nacionais que temos tido nos últimos tempos, quer-me parecer que, se fosse hoje, não viriam para a Figueira da Foz nem a Celbi nem a Soporcel .
A nossa paróquia continuaria a ser, sobretudo, uma estância balnear, terra de casino, de jogo, de férias , de folguedos e de constante animação. Mas só praticamente no verão...Num verão de apenas dois meses.
Seria assim uma espécie de Pedrogão, ou Vieira de Leiria, ou São Martinho do Porto, em versão melhorada .
VOTAR DE FICAR DE CONSCIÊNCIA TRANQUILA E SEM HESITAR…
Com a devida vénia, transcrevo o que li e aplaudo no BLOGUITICA :
EM QUEM VOTAR?
Com a devida vénia, transcrevo o que li e aplaudo no BLOGUITICA :
EM QUEM VOTAR?
Tenho 36 anos. Nos 18 anos em que tive a possibilidade de votar, houve diversas vezes em que optei por não o fazer.Desta vez, porém, as coisas são diferentes.
Diria, sem exagero, que nunca na minha vida me senti tão motivado para votar como agora.
Por duas razões.Em primeiro lugar, porque eu quero correr com Pedro Santana Lopes do mapa político. Nesse sentido, quero ter a minha consciência tranquila para poder dizer que fiz aquilo que pessoalmente tinha de fazer, i.e. cumpri o meu dever cívico e votei.
Em segundo lugar, porque eu não quero que José Sócrates tenha uma única -- repito, uma única -- desculpa.
Uma maioria absoluta é um cheque em branco?
Estou-me nas tintas se é em branco, visado, ou careca.
O que eu não quero é desculpas.
Se tiver maioria absoluta e não conseguir governar de forma competente e eficaz, então daqui a quatro anos cá estarei para cobrar a factura.
MAIS EMPRÉSTIMOS?
Leio na imprensa regional que o executivo camarário da Figueira da Foz pediu ou vai pedir autorização para celebrar mais um contrato de empréstimo de curto prazo, de quase um milhão de Euros (200 mil contos) .
Empréstimos de curto prazo costumam ser para acudir a problemas de tesouraria. Será este o caso?
Não deixa de ser preocupante, depois dos 20 milhões de Euros ( 4 milhões de contos) que foi necessário ir buscar à banca em 2002 , para injectar nas finanças municipais e tapar o buraco financeiro deixado por Santana Lopes . Querem ver que voltamos ao mesmo?
Seria interessante saber a que prazos estão neste momento a ser feitos os pagamentos das facturas em débito, por parte da Câmara Municipal da Figueira da Foz .
Uma sobre-estimativa de um volume de receitas da ordem dos 85 milhões de Euros,com correspondente inscrição de igual verba do lado das despesas, delirantemente feita no Orçamento para 2005 , também não augura nada de muito bom para o equilíbrio das finanças municipais.
Leio na imprensa regional que o executivo camarário da Figueira da Foz pediu ou vai pedir autorização para celebrar mais um contrato de empréstimo de curto prazo, de quase um milhão de Euros (200 mil contos) .
Empréstimos de curto prazo costumam ser para acudir a problemas de tesouraria. Será este o caso?
Não deixa de ser preocupante, depois dos 20 milhões de Euros ( 4 milhões de contos) que foi necessário ir buscar à banca em 2002 , para injectar nas finanças municipais e tapar o buraco financeiro deixado por Santana Lopes . Querem ver que voltamos ao mesmo?
Seria interessante saber a que prazos estão neste momento a ser feitos os pagamentos das facturas em débito, por parte da Câmara Municipal da Figueira da Foz .
Uma sobre-estimativa de um volume de receitas da ordem dos 85 milhões de Euros,com correspondente inscrição de igual verba do lado das despesas, delirantemente feita no Orçamento para 2005 , também não augura nada de muito bom para o equilíbrio das finanças municipais.
quarta-feira, fevereiro 02, 2005
QUADRATURA DO CÍRCULO
O debate desta noite Quadratura do Circulo, na SIC Notícias, foi arrasador para Santana Lopes.
Nunca tal vi antes : os três comentadores estavam , todos os três, inteiramente de acordo quanto ao carácter ignóbil do comportamento de Santana Lopes nos últimos dias.
Fico à espera da próxima sondagem, para ver o que efectivamente resulta de tudo isto.
TEMAS FRACTURANTES
Muito ao jeito de Francisco Louçã e do chamado Bloco de Esquerda, Santana Lopes afirmou fazer muita questão que nesta campanha eleitoral se discutam temas “fracturantes” , tais como a clonagem de seres humanos, a fecundação in vitro ou a eutanásia .
Como toda a gente sabe, são magnas questões que preocupam imenso os portugueses, sobretudo os desempregados.
Eu cá por mim, acho bem. Acho mesmo que se poderia juntar a essa colecção de dilacerantes temas, uns tantos outros, não menos dilacerantes, tais como o da possibilidade de existir vida em Marte, o da instabilidade política na Suazilândia, o da presença de dialdrina no tabaco ou, porque não, o do perigo de haver uma crise de liderança no Futebol Club do Porto...
Muito ao jeito de Francisco Louçã e do chamado Bloco de Esquerda, Santana Lopes afirmou fazer muita questão que nesta campanha eleitoral se discutam temas “fracturantes” , tais como a clonagem de seres humanos, a fecundação in vitro ou a eutanásia .
Como toda a gente sabe, são magnas questões que preocupam imenso os portugueses, sobretudo os desempregados.
Eu cá por mim, acho bem. Acho mesmo que se poderia juntar a essa colecção de dilacerantes temas, uns tantos outros, não menos dilacerantes, tais como o da possibilidade de existir vida em Marte, o da instabilidade política na Suazilândia, o da presença de dialdrina no tabaco ou, porque não, o do perigo de haver uma crise de liderança no Futebol Club do Porto...
Santana Lopes perdeu toda a vergonha e está verdadeiramente de cabeça perdida.
Se a ampla e aberta discussão sobre todos estes temas não tiver lugar agora, por causa de José Sócrates não estar disposto a isso, sugiro que ela se faça aqui na nossa paróquia da Figueira da Foz, quando das eleições autárquicas, no próximo mês de Outubro .
Se a ampla e aberta discussão sobre todos estes temas não tiver lugar agora, por causa de José Sócrates não estar disposto a isso, sugiro que ela se faça aqui na nossa paróquia da Figueira da Foz, quando das eleições autárquicas, no próximo mês de Outubro .
SE FOSSE HOJE?
Eu acredito sinceramente que muitos responsáveis políticos da Figueira da Foz, que são ( ou foram?...) incondicionais prosélitos do santanismo, se estejam a sentir muito incomodados , para não dizer envergonhados, observando o nível rasca a que, nos últimos dias, Santana Lopes fez baixar o seu discurso eleitoralista.
Se fosse hoje, ainda estariam de acordo em dar o nome de Santana Lopes ao Centro de Artes e Espectáculos, ainda lhe gabariam a sua alta estatura de estadista, ainda lhe concederiam a chave de ouro da Figueira da Foz ?
Eu acredito sinceramente que muitos responsáveis políticos da Figueira da Foz, que são ( ou foram?...) incondicionais prosélitos do santanismo, se estejam a sentir muito incomodados , para não dizer envergonhados, observando o nível rasca a que, nos últimos dias, Santana Lopes fez baixar o seu discurso eleitoralista.
Se fosse hoje, ainda estariam de acordo em dar o nome de Santana Lopes ao Centro de Artes e Espectáculos, ainda lhe gabariam a sua alta estatura de estadista, ainda lhe concederiam a chave de ouro da Figueira da Foz ?
FRAGILIDADES NA COLIGAÇÃO
“ Quem sabe convencer não necessita de ofender”
“ Quem sabe convencer não necessita de ofender”
Quem disse isto foi Paulo Portas, ontem, sereno e com pose de estadista.
A quem e a quê se referiria Paulo Portas ? Não custa a adivinhar.
Distanciando-se tão claramente do feio e desastroso comportamento de Santana Lopes e de outros dedicados próceres do PPD-PSD , dá mais umas caneladas no parceiro da coligação, que já manifesta claros sinais de fragilidade .
Mas a situação de Santana Lopes não lhe permite correr o risco de ruptura com o seu parceiro.
E por isso vai aguentar esta e algumas mais caneladas, e assobiar para o lado fingindo que não é nada com ele.
Mas a situação de Santana Lopes não lhe permite correr o risco de ruptura com o seu parceiro.
E por isso vai aguentar esta e algumas mais caneladas, e assobiar para o lado fingindo que não é nada com ele.
terça-feira, fevereiro 01, 2005
TROTSKISMO ESOTÉRICO
Li hoje num blogue que Francisco Anacleto Louçã foi o autor de um trabalho ( seria tese de doutoramento?...) com o seguinte título:
A transição de paradigma tecno-económico como factor das ondas longas do desenvolvimento capitalista . O caso da revolução micro – electrónica .
O autor do blogue não deve estar a reinar. Parece que Francisco Anacleto Loução escreveu mesmo aquilo. Não custa a crer.
UMA LÓGICA CARTESIANA E LÚCIDA
Posso censurar, como censuro, gestos ou atitudes de Freitas do Amara ; ou criticar, como critico, o facto do seu expresso apoio ao Partido Socialista e a José Sócrates não ser desprovido de muito interesse pessoal, designadamente no respeitante à sua ambição de ser candidato a Presidente da República.
Mas independentemente disso, terei de reconhecer que a sua entrevista à revista VISÃO, onde explica as razões desse apoio, que só agora li na íntegra e com cujo teor estou de acordo, é de uma exemplar clareza, num português directo, linear e bem ordenado, em frases simples e fáceis de entender, de onde escorre um raciocínio com uma lógica implacavelmente cartesiana e lúcida.
Posso censurar, como censuro, gestos ou atitudes de Freitas do Amara ; ou criticar, como critico, o facto do seu expresso apoio ao Partido Socialista e a José Sócrates não ser desprovido de muito interesse pessoal, designadamente no respeitante à sua ambição de ser candidato a Presidente da República.
Mas independentemente disso, terei de reconhecer que a sua entrevista à revista VISÃO, onde explica as razões desse apoio, que só agora li na íntegra e com cujo teor estou de acordo, é de uma exemplar clareza, num português directo, linear e bem ordenado, em frases simples e fáceis de entender, de onde escorre um raciocínio com uma lógica implacavelmente cartesiana e lúcida.
O DESTINO E O RUMO À VITÓRIA!...
Seria curioso verificar se no IST, escola de engenharia com muito prestígio e qualidade, existirá efectivamente algum finalista com o nome de Pedro Geada, dotado de um estilo poético tão marcado pelo Destino, e no qual se notam influências de Camões, de Fernando Pessoa , de Teixeira de Pascoais, e de…Álvaro Cunhal.
E dai talvez não exista, e seja tão somente um pseudónimo literário, ou quem sabe mesmo, um heterónimo ao jeito de Pessoa, sei lá de Miguel Almeida ou do próprio Santana Lopes.
No blogue de Santana Lopes pude ler um delicioso e divertido naco de prosa, que transcrevo com a devida vénia. Ao autor da prosa e ao dono do blogue, obviamente…
Rumo a Vitoria!!
Dr. Santana Lopes
Sou aluno finalista do Instituto Superior Técnico e queria por este meio expressar o meu total apoio a si e ao PPD/PSD. O PPD/PSD foi, é e continuará a ser o único partido com ímpeto reformista que Portugal tanto precisa.
Nem tudo é fácil, nada nos cai do céu, mas como dizia o poeta "manda a vontade que nos ata ao leme" que mesmo contra ventos e mares levemos a nau a bom porto. Da minha parte, estou a desenvolver todos os esforços para mobilizar todos os jovens que conheço, tendo consciência porém que muita juventude aparecerá apenas na ultima semana (pelo menos do IST) visto que a universidade esta em exames ate dia 12 de Fevereiro.
"Deus quer, o Homem sonha, a obra nasce"
Portugal tem de enfrentar o seu Destino e o seu Destino é com o Dr. Pedro Santana Lopes
Estou consigo!!
Pedro Geada
Rumo a Vitoria!!
Dr. Santana Lopes
Sou aluno finalista do Instituto Superior Técnico e queria por este meio expressar o meu total apoio a si e ao PPD/PSD. O PPD/PSD foi, é e continuará a ser o único partido com ímpeto reformista que Portugal tanto precisa.
Nem tudo é fácil, nada nos cai do céu, mas como dizia o poeta "manda a vontade que nos ata ao leme" que mesmo contra ventos e mares levemos a nau a bom porto. Da minha parte, estou a desenvolver todos os esforços para mobilizar todos os jovens que conheço, tendo consciência porém que muita juventude aparecerá apenas na ultima semana (pelo menos do IST) visto que a universidade esta em exames ate dia 12 de Fevereiro.
"Deus quer, o Homem sonha, a obra nasce"
Portugal tem de enfrentar o seu Destino e o seu Destino é com o Dr. Pedro Santana Lopes
Estou consigo!!
Pedro Geada
Seria curioso verificar se no IST, escola de engenharia com muito prestígio e qualidade, existirá efectivamente algum finalista com o nome de Pedro Geada, dotado de um estilo poético tão marcado pelo Destino, e no qual se notam influências de Camões, de Fernando Pessoa , de Teixeira de Pascoais, e de…Álvaro Cunhal.
E dai talvez não exista, e seja tão somente um pseudónimo literário, ou quem sabe mesmo, um heterónimo ao jeito de Pessoa, sei lá de Miguel Almeida ou do próprio Santana Lopes.