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sexta-feira, fevereiro 04, 2005

O CONFRONTO QUE ERA PARA SER DEBATE

Já que toda a blogosfera manda palpites sobre o debate de ontem, aqui vão também alguns dos meus.
1.
As questões importantes não foram esclarecidas, parece dizer a generalidade dos comentadores. Olha a novidade! Alguma vez já se viu um debate desta natureza esclarecer matérias verdadeiramente importantes da política real? Nem sequer é esta uma omissão verificada só em Portugal. Em geral, acontece mais ou menos por todo o lado onde há debates integrados em campanhas eleitorais.
2.
Numa análise global e simplista sobre quem foi o vencedor e quem foi o vencido, no tocante à eficácia da imagem transmitida, acho que José Sócrates levou vantagem. Pequena, mas levou.
Embora crispado no início (a posição das sobrancelhas indicava-o…), esteve depois quase sempre na ofensiva, remetendo Santana Lopes para a defensiva, por vezes quase parecendo encurralado. Como denunciaram algumas das suas expressões faciais e posições corporais.
3.
Na primeira parte, Santana Lopes fartou-se de vomitar números, percentagens, indicadores, a propósito e a despropósito. Alguém lhe terá dito que assim demonstraria conhecer bem os dossiês.
Deve por isso ter passado umas boas horas no marranço e no empinanço, ajudado pelos seus numerosos assessores.
No entanto, não me espantaria que alguns daqueles números não correspondessem à verdade, sendo só fumaça para tentar impressionar o pessoal. Nunca me esqueço dos índices e valores sobre a “excelente” situação financeira por ele deixada na Câmara Municipal da Figueira da Foz, que atirou para o ar quando “presidiu” à tomada de posse do actual elenco camarário.
Era tudo falso !
4.
Nas declarações finais, José Sócrates esteve de longe muito melhor. Dispôs de 5 minutos, obtidos por ter poupado tempo nas suas anteriores intervenções, enquanto Santana Lopes só teve 3 minutos.
Santana Lopes esteve nervoso, um pouco atabalhoado, num discurso algo desconexo e mal estruturado. Como decerto se poderá verificar da leitura da transcrição integral do debate que o EXPRESSO amanhã publicará. Gastou, por exemplo, uns bons 20 segundos a falar da situação no Iraque, tema nitidamente metido a martelo no meio do discurso, lateral ao debate e afastado do interesse dos portugueses que a ele assistiam .

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