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sábado, fevereiro 05, 2005

NOVO CAPÍTULO NA SAGA DA PONTE DO GALANTE

O Conselho de Ministros do governo em gestão discutiu, na sua última reunião, o plano de pormenor da Ponte do Galante aprovada pela Câmara Municipal da Figueira da Foz.
A meu ver, não o deveria ter discutido . Uma opção urbanística sobre um tema tão controverso e de contornos tão opacos, e tão condicionadora do futuro desenvolvimento de uma área sensível , como aquela é , não deveria sequer merecer a veleidade de um governo em gestão se propor apreciá-la . Não deveria nem poderia, à luz do consagrado na lei sobre as capacidades de um governo de gestão.
Mas enfim, o Conselho de Ministros acabou por decidir não aprovar o plano, porventura escrevendo direito por linhas tortas.
Importaria saber com que fundamentos e porque motivos. Espero que os figueirenses sejam muito em breve deles informados, com detalhe e com clareza.

Se forem de natureza urbanística ou legal, como terá dito o Ministro do Ambiente, o actual Presidente da Câmara , pelo obstinado empenho que colocou em fazer ir para a frente o plano, não deixa de ficar bastante mal na fotografia.
A decisão não deixa porém de ser surpreendente. Duarte Silva tem-se repetidamente assumido como um admirador de Santana Lopes , a que tem dedicado gestos de reverente adoração, como o ter atribuído o seu nome ao CAE e o de lhe ter oferecido as chaves da cidade.

Seria por isso de presumir que, pessoa próxima do 1º Ministro como parece ser, não teria sido impossível fazer-lhe chegar o seu interesse político, para ele e para o PPD-PSD, de que o plano da Ponte do Galante fosse ainda aprovado antes de Santana Lopes deixar de ser 1º Ministro e ir à sua vida.
Todavia, assim não aconteceu .
O que, não havendo razões legais ou urbanísticas para o plano de pormenor ter sido rejeitado, suscitará a necessidade de explorar outras pistas para explicar o que se passou então.

Uma dessas pistas poderá ser a seguinte.
Acaso haverá, entre os moradores nas áreas vizinhas da Ponde do Galante, alguma personalidade que, ameaçada pela visão de ter ali erguido um babilónico edifício de 16 andares, que lhe fará sombra e lhe tirará as vistas, esteja actualmente mais próxima de Santana Lopes e com mais capacidade de influência junto dele , do que o actual Presidente da Câmara da Figueira da Foz? Ou o actual Vice-Presidente, com mandato suspenso?

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