terça-feira, novembro 29, 2005
COMPARAÇÕES MUNICIPAIS
Este post do colega À Beira Mar tem toda a pertinência, quanto ao cumprimento da legalidade, e toda a oportunidade, face à pretendida política de contenção de despesas, que foi anunciada pela Câmara Municipal da Figueira da Foz, mas de cuja aplicação concreta não se vê qualquer consistência.
Creio haver cabimento para dois comentários complementares.
1.
O limite de 4 funcionários integrando o “gabinete de apoio pessoal “ do Presidente da Câmara, previsto na Lei, diz respeito a pessoas que não pertençam ao quadro de pessoal permanente do Município, ou seja, sem vínculo à função pública
Eles podem ser da escolha pessoal do interessado, e cessarão automaticamente funções e vínculos ao Município, quando o Presidente da Câmara cessar funções, sem quaisquer indemnizações .
Faltará por isso apurar se algum ou alguns dos 5 funcionários que integram o Gabinete do Presidente da Câmara pertencem ou não ao quadro permanente do Município.
Se pelo menos um deles pertencer, a letra da Lei não estará realmente a ser violada .
Nos termos dessa Lei, o mesmo se aplicará relativamente aos Vereadores, desde que exerçam as suas funções a tempo inteiro .
E convirá notar que isso não acontece com um deles, o Vice-Presidente .
2.
Sobre esta matéria, seria curioso e esclarecedor fazer algumas comparações.
Uma delas, por exemplo, com o Município de Pombal.
Este é directamente vizinho da Figueira da Foz, havendo entre os dois municípios algumas semelhanças e diferenças que importará assinalar.
Vejamos então.
Nº de habitantes :
- Figueira da Foz : 62 837
- Pombal : 56 907
Nº de eleitores :
- Figueira da Foz : 55 963
- Pombal : 47 081
Nº de freguesias :
- Figueira da Foz : 18
- Pombal : 17
Transferências da Administração Central :
- Figueira da Foz : 11,6 milhões de Euros
- Pombal : 9,1 milhões de Euros
Todavia :
- enquanto no final de 2004 a Câmara Municipal da Figueira tinha para cima de 700 trabalhadores com vínculo laboral à autarquia ,
Este post do colega À Beira Mar tem toda a pertinência, quanto ao cumprimento da legalidade, e toda a oportunidade, face à pretendida política de contenção de despesas, que foi anunciada pela Câmara Municipal da Figueira da Foz, mas de cuja aplicação concreta não se vê qualquer consistência.
Creio haver cabimento para dois comentários complementares.
1.
O limite de 4 funcionários integrando o “gabinete de apoio pessoal “ do Presidente da Câmara, previsto na Lei, diz respeito a pessoas que não pertençam ao quadro de pessoal permanente do Município, ou seja, sem vínculo à função pública
Eles podem ser da escolha pessoal do interessado, e cessarão automaticamente funções e vínculos ao Município, quando o Presidente da Câmara cessar funções, sem quaisquer indemnizações .
Faltará por isso apurar se algum ou alguns dos 5 funcionários que integram o Gabinete do Presidente da Câmara pertencem ou não ao quadro permanente do Município.
Se pelo menos um deles pertencer, a letra da Lei não estará realmente a ser violada .
Nos termos dessa Lei, o mesmo se aplicará relativamente aos Vereadores, desde que exerçam as suas funções a tempo inteiro .
E convirá notar que isso não acontece com um deles, o Vice-Presidente .
2.
Sobre esta matéria, seria curioso e esclarecedor fazer algumas comparações.
Uma delas, por exemplo, com o Município de Pombal.
Este é directamente vizinho da Figueira da Foz, havendo entre os dois municípios algumas semelhanças e diferenças que importará assinalar.
Vejamos então.
Nº de habitantes :
- Figueira da Foz : 62 837
- Pombal : 56 907
Nº de eleitores :
- Figueira da Foz : 55 963
- Pombal : 47 081
Nº de freguesias :
- Figueira da Foz : 18
- Pombal : 17
Transferências da Administração Central :
- Figueira da Foz : 11,6 milhões de Euros
- Pombal : 9,1 milhões de Euros
Todavia :
- enquanto no final de 2004 a Câmara Municipal da Figueira tinha para cima de 700 trabalhadores com vínculo laboral à autarquia ,
a Câmara de Pombal tinha apenas 491 ;
- enquanto em 2004 o Gabinete de Apoio Pessoal ao Presidente da Câmara da Figueira tinha 5 funcionários ( se não estou em erro, tinha até mais...)
o Gabinete de Apoio ao Presidente da Câmara de Pombal tinha 2 funcionários
Dir-se-à, com razão, que está tudo rigorosamente de acordo com a Lei .
O Município da Figueira da Foz, tem um número de eleitores superior em 5 000 ao número mágico de 50 000 , e o gabinete do Presidente da Câmara pode ter 5 elementos.
No de Pombal, que tem um número de eleitores inferior em 3000 ao número mágico de 50 000 , o respectivo Presidente só pode ter 2 elementos no seu gabinete de apoio.
Mas aparentemente chegam.
Não é por isso que Pombal cresce e prospera menos do que a Figueira da Foz.
Numa grande parte dos serviços da sua Câmara Municipal (de Pombal, não da Figueira...) está até instalado um Sistema de Gestão da Qualidade, certificado segundo a Norma ISO 9001...
Uma nota final:
Os números da Câmara Municipal de Pombal foram retirados do Balanço Social do Município de Pombal, disponível on-line na respectiva página da internet.
Esta costuma disponibilizar também os respectivos Orçamentos, bem como os Relatórios e Contas anuais.
Claro que nada de semelhante está ou costuma estar disponível na indigente página da internet da Câmara Municipal da Figueira.
segunda-feira, novembro 28, 2005
LAICISMO BACOCO
Espero bem que ninguém se lembre de criar agora um novo foco de crispação e de conflitualidade na sociedade portuguesa, insistindo na ideia de mandar retirar os crucifixos das salas de aula do ensino público.
O Governo e o Primeiro-Ministro já têm que baste para gerir e ultrapassar, e há coisas muito mais importantes do que satisfazer as obsessões de um laicismo bacoco por parte de alguns fariseus e falsos progressistas.
A cruz não é só um símbolo religioso. A cruz tem sido também, para o bem e para o mal, um emblema identitário da Pátria portuguesa. E é ainda.
Não se apaga o seu percurso histórico, nem se pode ignorar o seu modelo cultural e civilizacional. Quer para um quer para outro, a cruz, símbolo do povo cristão, contribuiu de forma indelével .
Tal qual como contribuiram a cruz de Cristo que orna as velas do navio escola Sagres ( também terá de ser retirada...?), ou a esfera armilar, ou as quinas da lendária batalha de Ourique contra os muçulmanos.
E em nome desse mesmo laicismo bacoco, também se irá tentar acabar com os feriados oficiais coincidentes com as celebrações cristãs do Natal e da Páscoa?
Espero bem que ninguém se lembre de criar agora um novo foco de crispação e de conflitualidade na sociedade portuguesa, insistindo na ideia de mandar retirar os crucifixos das salas de aula do ensino público.
O Governo e o Primeiro-Ministro já têm que baste para gerir e ultrapassar, e há coisas muito mais importantes do que satisfazer as obsessões de um laicismo bacoco por parte de alguns fariseus e falsos progressistas.
A cruz não é só um símbolo religioso. A cruz tem sido também, para o bem e para o mal, um emblema identitário da Pátria portuguesa. E é ainda.
Não se apaga o seu percurso histórico, nem se pode ignorar o seu modelo cultural e civilizacional. Quer para um quer para outro, a cruz, símbolo do povo cristão, contribuiu de forma indelével .
Tal qual como contribuiram a cruz de Cristo que orna as velas do navio escola Sagres ( também terá de ser retirada...?), ou a esfera armilar, ou as quinas da lendária batalha de Ourique contra os muçulmanos.
E em nome desse mesmo laicismo bacoco, também se irá tentar acabar com os feriados oficiais coincidentes com as celebrações cristãs do Natal e da Páscoa?
domingo, novembro 27, 2005
ENSINO PÚBLICO VERSUS PRIVADO
A página do Ministério da Educação contem um grande número de dados estatísticos sobre a situação do ensino em Portugal, valendo a pena explorar aritmeticamente alguns deles, a fim de retirar as conclusões que se impuserem.
Vejamos então ( os dados referem-se já ao ano lectivo de 2004-2005) :
1
No ensino secundário, há os seguintes alunos e docentes:
- no ensino público, 283 392 alunos e 34 711 docentes;
- no ensino privado, 62 304 alunos e 3 818 docentes
A página do Ministério da Educação contem um grande número de dados estatísticos sobre a situação do ensino em Portugal, valendo a pena explorar aritmeticamente alguns deles, a fim de retirar as conclusões que se impuserem.
Vejamos então ( os dados referem-se já ao ano lectivo de 2004-2005) :
1
No ensino secundário, há os seguintes alunos e docentes:
- no ensino público, 283 392 alunos e 34 711 docentes;
- no ensino privado, 62 304 alunos e 3 818 docentes
Os racios do número de alunos por professor são portanto os seguintes:
- no ensino público : 8,2 alunos por docente
- no ensino privado : 16,3 alunos por docente
2
No ensino básico, há os seguintes alunos e docentes:
- no ensino público, 950 643 alunos e 105 530 docentes;
- no ensino privado, 112 115 alunos e 10 111 docentes
Os racios do número de alunos por professor são portanto os seguintes:
- no ensino público : 9,0 alunos por docente
- no ensino privado : 11,1 alunos por docente
Ora eu gostaria muito de saber se há qualquer explicação lógica e compreensível para estas acentuadas discrepâncias entre os racios dos ensino público e privado.
Haverá algum dirigente sindical de um qualquer Sindicato de Professores que possa esclarecer o Quinto Poder ?
Torno desde já claro um ponto.
Não desejo nem defendo, longe disso, a redução ou eliminação do ensino público e a privatização do ensino.
Defendo e desejo, isso sim, que o ensino público alcance os mesmos níveis de desempenho do ensino privado. Se não exactamente iguais, pelo menos mais próximos.
E não se venha com a explicação de que o ensino público é para as classes desfavorecidas e o ensino privado é para os filhos dos ricos.
Ou seja, que por ter de lidar com alunos de classes mais desfavorecidas, o ensino público não pode ter tantos alunos por docente como o ensino privado.
Isso poderá, quando muito, ser uma pequena parte da explicação.
Mas não explicará as substanciais diferenças verificadas nos referidos racios.
ESTRATÉGIA E OPORTUNISMO Claro.Era mais que evidente que isto teria de acontecer. Só alguém obcecado pela sua própria desmedida ambição não percebia. Agora talvez já seja tarde, para uma correcção de estratégia que não seja entendida como meramente oportunista. Porque a verdadeira natureza e o autêntico perfil psicológico do candidato já se encontram indelevelmente caracterizados. (...) A estratégia de ataques sistemáticos a Cavaco Silva já começava a incomodar muitos socialistas e foi corrigida nos últimos dias. (...) A estratégia seguida por Soares na pré-campanha, designadamente as críticas muito contundentes a Cavaco Silva a um ritmo quase diário, estiveram longe de merecer o aplauso unânime entre os apoiantes. Na sede da candidatura já soaram as primeira críticas, reforçadas pelas sondagens pouco animadoras. Segundo apurou o DN, na própria Comissão Política de Soares a estratégia anti-Cavaco foi contestada. Há quem considere que a radicalização de linguagem adoptada pelo candidato e a forma como transformou o antigo primeiro-ministro social-democrata no seu alvo quase exclusivo poderiam afugentar uma parte considerável dos eleitores moderados, vitais para a eleição de qualquer candidato ao Palácio de Belém (...) ( extraido do DN online de hoje) |
sábado, novembro 26, 2005
DESTAQUE E TOTAL CONCORDÂNCIA.... para este excerto de um post do blogue Portugal dos Pequeninos : Ramalho Eanes foi porventura a criatura que mais poder concentrou nas suas mãos, em Portugal, depois da "revolução". Eleito presidente, em 1976, uns escassos sete meses após a sua aparição na conturbada política nacional, era igualmente CEMGFA, comandante supremo e presidente do Conselho da Revolução. Nada disso impediu, antes pelo contrário, que voltasse a disciplina à tropa e que a democracia se institucionalizasse. Apesar das hesitações e das ambiguidades, sempre respeitei Ramalho Eanes. A ele, como no plano "civil" a Mário Soares, devemos o lance de termos passado a viver a liberdade em segurança. |
PEDAGOGIA E AULAS DE SUBSTITUIÇAO Ainda a propósito das aulas de substituição escreveu ontem Eduardo Prado Coelho mais uma crónica no PUBLICO. Dela transcrevo a parte final : Concluo, portanto, que é necessário restabelecer níveis justos de disciplina na escola. E(…) gostaria de dizer o que já repeti por várias vezes: que muitos dos males da escola vêm da propagação de ideias no ministério desses profissionais de uma ciência inexistente a que dão o nome de pedagogia. Cuidado, senhora ministra! Acho oportuno cruzar esta posição com este outro texto escrito pelo Professor Carlos Fiolhais , da Universidade de Coimbra, no seu livro Curiosidade apaixonada ( da Gradiva) recentemente editado. A expressão Filhos de Rousseau deu o título a um livro da socióloga Maria Filomena Mónica sobre a situação calamitosa da educação em Portugal (…). Filhos de Rousseau são os adeptos modernos ( ou melhor, pós-modernos) das ideias do filósofo Jean-Jacques Rousseau (…). Escreveu Mónica, com clareza: As crianças eram seres sem pecado original, que a sociedade corrompia através das suas normas. Rousseau rejeitava as ideias de Locke, para quem as crianças deviam ser gradualmente introduzidas no mundo da racionalidade. Levada à sua conclusão lógica, a doutrina de Rousseau acaba no totalitarismo. Os homens tinham de ser felizes, mesmo que tivessem de ser forçados. Já que não se podiam manter selvaticamente bons, entre as florestas primitivas, competia à escola conduzi-los até si mesmos. Ora, quem melhor do que os professores para os encaminhar até à Luz? Rousseau introduziu a ideia de que a criança era um botão de rosa. Ao professor competiria estrumar a alma infantil. Foi assim que a Pedagogia substituiu o Saber. (…) Rousseau teve, porém, opositores de monta, que também estiveram na origem da Revolução Francesa. Falamos, por exemplo, de Voltaire e Diderot, que acreditavam firmemente no poder da razão humana, na sua expressão através dos livros e na unidade do conhecimento. (…) E o que pensava Sanches [Ribeiro Sanches, um pensador português estrangeirado, defensor do Iluminismo] sobre Rousseau? Pois pura e simplesmente que era doido. Acusou-o de excesso de especulação e de falta de espírito prático. Sobre o livro Émile escreveu, em 1763, que é um livro impraticável, cheio de paradoxos contrários à construção do estado civil e que sapa todas as leis fundamentais. Mas, infelizmente, Sanches não estava cá nem fez escola entre nós. Se o tivesse feito não teríamos hoje nas nossas escolas tantos filhos de Rousseau. Teríamos antes filhos de Sanches , e não estaríamos tão mal. |
SOBRE EDUCAÇÃO Como se poderá depreender de um post do Quinto Poder de há dias, estou inteiramente de acordo com este post do colega Amicus Ficaria. E não deixam de ser curiosamente sintomáticas e reveladoras algumas das corporativistas reacções ao mesmo, que se podem ler no blog... |
sexta-feira, novembro 25, 2005
ARROGÂNCIA E CULTURA ESCOLÁSTICA Este post do blogue SuperMario revela bem que o seu autor, porventura um diletante militante da “esquerda de caviar”, tem um reaccionário preconceito de classe. O post é um belo exemplo de arrogância intelectual, e de um conceito escolástico de cultura. A este propósito, lembro o que aqui escrevi há tempos. Sexta-feira, Novembro 04, 2005 ARROGÂNCIA E CULTURA “HUMANISTA” A mais recente catilinária de Mário Soares contra Cavaco Silva, foi aquela presumida afirmação de que este candidato não tem cultura humanista, não sabe nada de história, de filosofia ou de jurisprudência, e por isso não tem perfil nem classe para poder ser Presidente da República. A afirmação tem contornos de preconceitos de classe e dois aspectos muito feios, que importará apreciar. Em primeiro lugar, denota uma grande e aristocrática arrogância, não só intelectual, muito pouco própria de alguém que se reclama ser democrata, progressista ou de “esquerda”. Cavaco Silva, “ele” no dizer de Mário Soares, por ter feito o curso secundário numa escola comercial e não no liceu, nunca estudou latim, nunca leu Virgílio ou Tito Lívio, nunca vibrou ao ler Antero de Quental, nem nunca aprendeu um pouco sobre a teoria do conhecimento de Kant. Pouco mais estudou e aprendeu que a trivial contabilidade. “Ele” nunca lê nem terá lido o “Nouvel Observateur”, nem costuma passar os olhos pelo Monde Diplomatique, só se interessando, quando muito, por ler aquele horroroso pasquim em papel cor de rosa, da terra do execrável Sr. Blair, e que dá pelo nome de Finantial Times... Em segundo lugar, o conteúdo daquele falar de Mário Soares releva de uma concepção escolástica e jacobino- afrancesada de “cultura”. Muito típica de grande parte da intelectualidade pequeno-burguesa indígena, diga-se de passagem. Isto é, portuga culto é, por exemplo, quem leu, em francês, a obra de André Gide ou a poesia de Aragon; quem sabe distinguir um Cézanne de um Degas; quem for capaz de pronunciar o nome de Wittgenstein sem se engasgar, e de não adormecer ao assistir a uma peça de teatro de Bertolt Brecht ou um filme de Manuel de Oliveira. Pode não saber quem foi David Ricardo ou John Keynes, não fazer a menor ideia do 2º princípio da termodinâmica, dos conceitos básicos do electromagnetismo, ou da composição do átomo, não ser capaz de resolver um sistema de duas equações a duas incógnitas. Se souber muito de artes, letras, filosofias, sociologias, antropologias e outras humanidades, então ele poderá ser considerado e chamado de “pessoa de cultura”... Seguindo a tortuosa linha de raciocínio de Mário Soares, caberia questionar se poderá reclamar-se de pessoa de cultura, e por isso aspirar a ser Presidente da República, alguém como ele, tão primária e gritantemente iletrado em matéria das novas tecnologias e dos conhecimentos de informática a nível do utilizador. Saberá que sinal é este : @ ? E para que serve? Ou o que é fazer um “download”?.... E mais. Poderá considerar-se pessoa culta e ser Presidente da República , alguém que não percebe patavina de inglês, e que não é capaz sequer de manter a mais elementar conversação naquela língua? Haverá no mundo inteiro meia dúzia de governantes ou de chefes de Estado que não falem inglês, e que para falar duas tretas triviais com um seu congénere da Índia, do Japão, da Indonésia ou da China, tenham de ter sempre intérpretes pelo meio ? PS : O que o inspirado autor do supracitado post do Super Mario poderá também aplicar-se ou não a José Sócrates? É por ele ter estudado e tirado o curso num Instituto Superior de Engenharia, e não no IST ou numa Faculdade de Engenharia de uma Universidade, que não serviria para Primeiro-Ministro, e que o seu currículo político e o seu desempenho como Primeiro Ministro podem ser avaliados? Não é. Nem é por tais critérios que eu o avalio. É pelo seu desempenho como Primeiro Ministro em si mesmo. Que em minha opinião tem sido bom, corajoso e determinado, independentemente de ter ou não ter a tal cultura escolástica, conceito de inspiração jacobina e pequeno burguesa. |
O ESTADO DO CANDIDATO Através de transcrição hoje feita no PUBLICO, tomo conhecimento que Mário Soares teria declarado ao Correio da Manhã de ontem : “ [Se Manuel Alegre passar com Cavaco Silva à segunda volta] não tenho a menor hesitação: apoio Manuel Alegre. Como apoiaria Jerónimo ou Louçã, se fossem eles”. A escolha de Mário Soares por Manuel Alegre no hipotético cenário colocado, é perfeitamente natural, racional, coerente e não surpreende. Mas que dizer das outras ? Teria Mário Soares dito mesmo aquilo que vem escrito? Não lendo nenhum desmentido, vou acreditar que sim. E mais concluo. Contra Cavaco Silva, sempre e sempre contra Cavaco Silva ( irra, que já chateia tanto ódio!...), Mário Soares não hesitaria em votar Louçã, Garcia Pereira, Cunhal, Estaline, Trotsky, Fidel Castro, Mao Tse Tung, Pol Pot…desde que fosse preciso e fosse contra Cavaco Silva… Será desejável que sejam amplamente divulgadas tão extraordinárias declarações e tão delirantes teses de Mário Soares, para o eleitorado fazer uma boa avaliação do estado do candidato. E para medir bem as consequências de uma criatura em tal estado ocupar a função de Presidente da República. |
quinta-feira, novembro 24, 2005
AEROPORTO DA OTA - DICAS SOLTAS (5) Uma das "perguntas frequentes" (FAQ's), disponível no argumentário da página da NAER , e a respectiva resposta : 16. O actual aeroporto representa um perigo efectivo para a cidade? As rigorosas normas de segurança que regem o transporte aéreo tornam pouco provável a ocorrência de acidentes, como comprova o facto de não se ter verificado qualquer acidente grave no actual aeroporto, durante os seus 63 anos de existência. No entanto, e apesar de diminuto, o risco existe, dado que 60% dos acidentes ocorrem durante as aterragens e descolagens, e a área urbanizada de Lisboa e Loures é sobrevoada durante a aproximação e a descolagem dos voos. Este risco tenderá a aumentar com o crescimento previsto do número de movimentos de aviões. |
AULAS DE SUBSTITUIÇÃO
...é o título da crónica de Eduardo Prado Coelho publicada no Público de ontem.
Acho oportuno destacar dela o seguinte excerto :
(...)julguei que a grande questão era a das aulas de substituição.
Ouvi sobre isso dizerem-se coisas extraordinárias: que os professores não tinham que ficar a tomar conta de meninos, e que um professor de Geografia não poderia substituir uma aula de Educação Física.
Estávamos na demagogia mais despudorada. Substituir uma aula em que um professor falta não é necessariamente dar a matéria que ele estava a dar.
Mas qualquer professor que não seja um debilóide sabe estabelecer uma relação com turmas de alunos que não conhece e conversar descontraidamente sobre aspectos genéricos das disciplinas e as suas correlações ( nada é estanque), sobre os modos de tirar notas nas aulas, sobre a procura de um livro ou de um artigo na biblioteca, sobre o uso produtivo da Internet e outras questões metodológicas”
Colocarei a questão de uma forma mais singela.
Será que um professor de História ou de Matemática que dá habitualmente aulas ao 8º ou 9º ano do ensino básico, não sabe ou não pode dar uma aula de Português, de Geografia, ou mesmo de Inglês, a estudantes do 5º ou 6º ano do mesmo ensino básico?
Reconhecer que não pode ou não sabe será o mesmo que reconhecer a sua incompetência profissional e as suas limitações intelectuais.
O sistema de ensino necessita de professores competentes. Dispensa os incompetentes.
E, pela minha parte, continuo convencido que a grande maioria dos professores portugueses são competentes.
Em tempo :em minha opinião, a actual Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, é o melhor ministro dos governos dos últimos 10 anos.
...é o título da crónica de Eduardo Prado Coelho publicada no Público de ontem.
Acho oportuno destacar dela o seguinte excerto :
(...)julguei que a grande questão era a das aulas de substituição.
Ouvi sobre isso dizerem-se coisas extraordinárias: que os professores não tinham que ficar a tomar conta de meninos, e que um professor de Geografia não poderia substituir uma aula de Educação Física.
Estávamos na demagogia mais despudorada. Substituir uma aula em que um professor falta não é necessariamente dar a matéria que ele estava a dar.
Mas qualquer professor que não seja um debilóide sabe estabelecer uma relação com turmas de alunos que não conhece e conversar descontraidamente sobre aspectos genéricos das disciplinas e as suas correlações ( nada é estanque), sobre os modos de tirar notas nas aulas, sobre a procura de um livro ou de um artigo na biblioteca, sobre o uso produtivo da Internet e outras questões metodológicas”
Colocarei a questão de uma forma mais singela.
Será que um professor de História ou de Matemática que dá habitualmente aulas ao 8º ou 9º ano do ensino básico, não sabe ou não pode dar uma aula de Português, de Geografia, ou mesmo de Inglês, a estudantes do 5º ou 6º ano do mesmo ensino básico?
Reconhecer que não pode ou não sabe será o mesmo que reconhecer a sua incompetência profissional e as suas limitações intelectuais.
O sistema de ensino necessita de professores competentes. Dispensa os incompetentes.
E, pela minha parte, continuo convencido que a grande maioria dos professores portugueses são competentes.
Em tempo :em minha opinião, a actual Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, é o melhor ministro dos governos dos últimos 10 anos.
DISCREPÂNCIAS
No Diário As Beiras de anteontem, li uma notícia da Figueira da Foz com o seguinte título :
Duarte Silva não confirma contratação de Ricardo Silva.
Alto aí, pensei!...Parece que vai finalmente imperar o bom senso e a decência na celebração de contratos de avença, na Câmara Municipal, até agora orientada por critérios político partidários!. Parece que desta vez não haverá “ facturas políticas “ a pagar depois das eleições autárquicas!...
Alvoroçado, fui depois ler o corpo da notícia.
E neste, relata-se porém que :
“(...) Duarte Silva afirmou que a autarquia necessita de determinados apoios e, em princípio estamos a analisar a conveniência de contratar o ex-vereador para dar apoio em determinadas áreas”.
Ora abóbora.
Afinal não era nada daquilo que eu primeiro imaginei. O corpo da notícia não joga nada bem, como se vê, com o seu título, este em letras maiores e mais visíveis, ao alcance da leitura rápida e em diagonal.
Às vezes, este tipo de discrepâncias não são inocentes, e podem não ser desprovidas de significado político...
No Diário As Beiras de anteontem, li uma notícia da Figueira da Foz com o seguinte título :
Duarte Silva não confirma contratação de Ricardo Silva.
Alto aí, pensei!...Parece que vai finalmente imperar o bom senso e a decência na celebração de contratos de avença, na Câmara Municipal, até agora orientada por critérios político partidários!. Parece que desta vez não haverá “ facturas políticas “ a pagar depois das eleições autárquicas!...
Alvoroçado, fui depois ler o corpo da notícia.
E neste, relata-se porém que :
“(...) Duarte Silva afirmou que a autarquia necessita de determinados apoios e, em princípio estamos a analisar a conveniência de contratar o ex-vereador para dar apoio em determinadas áreas”.
Ora abóbora.
Afinal não era nada daquilo que eu primeiro imaginei. O corpo da notícia não joga nada bem, como se vê, com o seu título, este em letras maiores e mais visíveis, ao alcance da leitura rápida e em diagonal.
Às vezes, este tipo de discrepâncias não são inocentes, e podem não ser desprovidas de significado político...
SONDAGEM
Sondagem fresquinha, esta.
A meu ver, os números tenderão a ficar cada vez mais desfavoráveis a Mário Soares, à medida que ele vá continuar a desenvolver a sua campanha no estilo hostil, agressivo e até mal educado que a tem caracterizado.
Além disso, afigura-se-me que Manuel Alegre tem sido também largamente beneficiado dos excessos verbais e comportamentais de Mário Soares.
quarta-feira, novembro 23, 2005
RECEPÇÃO EM SALÃO NOBRE
Segundo notícia do Diário As Beiras , o Presidente da Câmara da Figueira da Foz teria recebido hoje a nova administração do grupo Portucel - Soporcel.
Até aqui, tudo bem.
É bom e desejável que os responsáveis das empresas que criam riqueza na Figueira conheçam e conversem com o seu Presidente da Câmara, e vice-versa. E que tenham proveitosas reuniões de trabalho, com dossiês, relatórios e folhas de cálculo sobre a mesa.
Já não consigo perceber porque é que a recepção tenha de ser, como aparentemente foi, com sessão de boas vindas no salão nobre dos Paços do Concelho.
Não estou a imaginar o Presidente da Câmara de Lisboa a receber no respectivo salão nobre, de cujas varandas foi solenemente proclamada a República, as novas administrações da CGD, do Metropolitano de Lisboa, da Vodafone ou da Portugal Telecom...
Mas bem vistas as coisas, afinal talvez perceba tal pompa e circunstância.
Deve tratar-se de mais um bom exemplo concreto de uma certa forma de fazer política, com uma propensão obsessiva para o “show-off” e para a política espectáculo...
Segundo notícia do Diário As Beiras , o Presidente da Câmara da Figueira da Foz teria recebido hoje a nova administração do grupo Portucel - Soporcel.
Até aqui, tudo bem.
É bom e desejável que os responsáveis das empresas que criam riqueza na Figueira conheçam e conversem com o seu Presidente da Câmara, e vice-versa. E que tenham proveitosas reuniões de trabalho, com dossiês, relatórios e folhas de cálculo sobre a mesa.
Já não consigo perceber porque é que a recepção tenha de ser, como aparentemente foi, com sessão de boas vindas no salão nobre dos Paços do Concelho.
Não estou a imaginar o Presidente da Câmara de Lisboa a receber no respectivo salão nobre, de cujas varandas foi solenemente proclamada a República, as novas administrações da CGD, do Metropolitano de Lisboa, da Vodafone ou da Portugal Telecom...
Mas bem vistas as coisas, afinal talvez perceba tal pompa e circunstância.
Deve tratar-se de mais um bom exemplo concreto de uma certa forma de fazer política, com uma propensão obsessiva para o “show-off” e para a política espectáculo...
INQUIETAÇÕES
Há razões para ficar inquieto e receoso de que a recente e mediática guerrilha de versões, declarações, contradições e confronto de palavras entre Manuel Alegre e o Primeiro Ministro, possa vir a ter consequências na indispensável estabilidade política e governativa de que Portugal necessita neste momento.
Seria desastroso para todos que, devido a guerrilhas internas que por esse efeito forem ou fossem alimentadas no seio do Partido Socialista e do seu grupo parlamentar, aquela estabilidade pudesse ser posta em causa.
Há razões para ficar inquieto e receoso de que a recente e mediática guerrilha de versões, declarações, contradições e confronto de palavras entre Manuel Alegre e o Primeiro Ministro, possa vir a ter consequências na indispensável estabilidade política e governativa de que Portugal necessita neste momento.
Seria desastroso para todos que, devido a guerrilhas internas que por esse efeito forem ou fossem alimentadas no seio do Partido Socialista e do seu grupo parlamentar, aquela estabilidade pudesse ser posta em causa.
Por isso eu acho que o Primeiro Ministro se deveria afastar o mais possível da luta política em curso para eleição do Presidente da República.
A bem do Governo, do Partido Socialista e de todos nós.
AEROPORTO DA OTA – DICAS SOLTAS (4)
Tenho ouvido e lido referências ao exemplo de Málaga como o de um aeroporto, com movimento de passageiros da mesma ordem do de Lisboa, e que vai ser ampliado, como um caso com o qual se deveria comparar a situação do actual aeroporto da Portela.
No entanto, é bem claro que enquanto o aeroporto da Portela se encontra rodeado e apertado por uma densa malha urbana da cidade de Lisboa, situação idêntica não acontece de modo nenhum no aeroporto de Málaga, apesar deste se encontrar a uns 4 a 5 km da cidade.
Bastará uma breve visita ao site Google Earth para se poder verificar que assim é .
Tenho ouvido e lido referências ao exemplo de Málaga como o de um aeroporto, com movimento de passageiros da mesma ordem do de Lisboa, e que vai ser ampliado, como um caso com o qual se deveria comparar a situação do actual aeroporto da Portela.
No entanto, é bem claro que enquanto o aeroporto da Portela se encontra rodeado e apertado por uma densa malha urbana da cidade de Lisboa, situação idêntica não acontece de modo nenhum no aeroporto de Málaga, apesar deste se encontrar a uns 4 a 5 km da cidade.
Bastará uma breve visita ao site Google Earth para se poder verificar que assim é .
AEROPORTO DA OTA – DICAS SOLTAS (3)
Claro que seria desejável que o novo aeroporto pudesse ficar um tanto mais próximo de Lisboa. A distância ideal seria de 20 a 30 km. Sucede porém que nem sempre aquilo que pareceria o melhor, pode na prática ser concretizado.
Vista e sobrevoada a área do território a norte da capital, não se encontrarão muitos espaços disponíveis habilitados a conterem o largo espaço de um aeroporto.
Mas uma distância de 50 a 60 km não é nada que coloque inconvenientes intransponíveis. O aeroporto de Estocolmo, por exemplo, está mais ou menos a essa distância do centro da capital sueca. Num comboio rápido directo, um viajante demora 12 a 14 minutos a fazer essa viagem.
Situação semelhante ocorre também em Milão. Gattwick, em Londres, está também a grande distância da cidade, à qual está ligada por um comboio rápido que faz a ligação em viagem de cerca de meia hora.
Claro que seria desejável que o novo aeroporto pudesse ficar um tanto mais próximo de Lisboa. A distância ideal seria de 20 a 30 km. Sucede porém que nem sempre aquilo que pareceria o melhor, pode na prática ser concretizado.
Vista e sobrevoada a área do território a norte da capital, não se encontrarão muitos espaços disponíveis habilitados a conterem o largo espaço de um aeroporto.
Mas uma distância de 50 a 60 km não é nada que coloque inconvenientes intransponíveis. O aeroporto de Estocolmo, por exemplo, está mais ou menos a essa distância do centro da capital sueca. Num comboio rápido directo, um viajante demora 12 a 14 minutos a fazer essa viagem.
Situação semelhante ocorre também em Milão. Gattwick, em Londres, está também a grande distância da cidade, à qual está ligada por um comboio rápido que faz a ligação em viagem de cerca de meia hora.
AEROPORTO DA OTA – DICAS SOLTAS (2)
Apesar da conferência que ontem decorreu durante o dia inteiro sobre o aeroporto da OTA tenha de ser considerada sobretudo uma bem sucedida operação mediática (de resto feita com muito profissionalismo), tenho de reconhecer que o Primeiro-Ministro esteve bem na sua intervenção.
Sistemático, determinado, e esgrimindo alguns argumentos que em muitos aspectos me pareceram convincentes.
Apesar da conferência que ontem decorreu durante o dia inteiro sobre o aeroporto da OTA tenha de ser considerada sobretudo uma bem sucedida operação mediática (de resto feita com muito profissionalismo), tenho de reconhecer que o Primeiro-Ministro esteve bem na sua intervenção.
Sistemático, determinado, e esgrimindo alguns argumentos que em muitos aspectos me pareceram convincentes.
terça-feira, novembro 22, 2005
AEROPORTO DA OTA – DICAS SOLTAS (1)
Não tenho opinião formada, categórica e definitiva, sobre o resultado do balanço benefício-custo do novo aeroporto da OTA.
Há porém muitos aspectos, contextos, condicionantes, que gostaria de ver analisados e discutidos.
Darei conta deles, de forma mais ou menos avulsa, através de algumas dicas soltas que irei mandando.
Para já, espero que ninguém tenha a tola ideia de colocar a questão de ser a favor ou contra o novo aeroporto em termos de confronto entre esquerda e direita. Isto é : quem é a favor, é de “esquerda”; quem for contra é de “direita”.
Daí não sei. Costuma haver por aí, nalguns meios de políticos “intelectuais”, algumas mentes mais retorcidas e mentecaptas...
Não tenho opinião formada, categórica e definitiva, sobre o resultado do balanço benefício-custo do novo aeroporto da OTA.
Há porém muitos aspectos, contextos, condicionantes, que gostaria de ver analisados e discutidos.
Darei conta deles, de forma mais ou menos avulsa, através de algumas dicas soltas que irei mandando.
Para já, espero que ninguém tenha a tola ideia de colocar a questão de ser a favor ou contra o novo aeroporto em termos de confronto entre esquerda e direita. Isto é : quem é a favor, é de “esquerda”; quem for contra é de “direita”.
Daí não sei. Costuma haver por aí, nalguns meios de políticos “intelectuais”, algumas mentes mais retorcidas e mentecaptas...
NÍVEIS SALARIAIS NA ALEMANHA
Creio ter ouvido bem, aqui há uns dias.
Na República Federal da Alemanha, vigoram actualmente as seguintes remunerações :
- Ministro do Governo Federal : 10 000 Euros por mês
- Chanceler do Governo Federal : 12 000 Euros por mês .
Também gostaria de saber qual será o salário mínimo na Alemanha, bem como a remuneração média dos trabalhadores da função pública. Era para fazer algumas comparações....
Creio ter ouvido bem, aqui há uns dias.
Na República Federal da Alemanha, vigoram actualmente as seguintes remunerações :
- Ministro do Governo Federal : 10 000 Euros por mês
- Chanceler do Governo Federal : 12 000 Euros por mês .
Também gostaria de saber qual será o salário mínimo na Alemanha, bem como a remuneração média dos trabalhadores da função pública. Era para fazer algumas comparações....
OS JURAMENTOS E A NATUREZA DO CANDIDATO
Em recentes declarações públicas, feitas durante a desesperada campanha que anda a desenvolver pelo País fora, o candidato Mário Soares declarou que só iria cumprir um mandato presidencial, de 2006 a 2011, altura em que já terá 86 anos.
Se não jurou a pés juntos, assim pareceu.
Mas para mim, tal juramento não tem qualquer valor.
Não seria a primeira vez,nem a segunda, nem a terceira, que Mário Soares prometeria uma coisa para depois fazer outra .
Recordo-me ainda daquele categórico juramento de “Basta!...Basta!...” pronunciado em ocasião solene, visto e ouvido por todos.
Virá depois, com a maior das calmas e de descaramento, explicar-se, afirmando que mudaram as circunstâncias, as situações, os contextos, a situação política, os perigos, o clima, a moda, o que lhe vier à veneta. Ou repetindo, uma vez mais, que " só os burros é que não mudam"...
Estou por isso plenamente convencido que, se atingir os 86 anos com saúde física razoável, Mário Soares pretenderá candidatar-se a um segundo-segundo mandato.
Em recentes declarações públicas, feitas durante a desesperada campanha que anda a desenvolver pelo País fora, o candidato Mário Soares declarou que só iria cumprir um mandato presidencial, de 2006 a 2011, altura em que já terá 86 anos.
Se não jurou a pés juntos, assim pareceu.
Mas para mim, tal juramento não tem qualquer valor.
Não seria a primeira vez,nem a segunda, nem a terceira, que Mário Soares prometeria uma coisa para depois fazer outra .
Recordo-me ainda daquele categórico juramento de “Basta!...Basta!...” pronunciado em ocasião solene, visto e ouvido por todos.
Virá depois, com a maior das calmas e de descaramento, explicar-se, afirmando que mudaram as circunstâncias, as situações, os contextos, a situação política, os perigos, o clima, a moda, o que lhe vier à veneta. Ou repetindo, uma vez mais, que " só os burros é que não mudam"...
Estou por isso plenamente convencido que, se atingir os 86 anos com saúde física razoável, Mário Soares pretenderá candidatar-se a um segundo-segundo mandato.
E não haverá então quem vá conseguir tirar-lhe isso da cabeça.
É da própria natureza e características psicológicas da personagem.
É da própria natureza e características psicológicas da personagem.
sábado, novembro 19, 2005
A VENDA DA CELBI
O Semanário Económico de ontem noticiava que o grupo espanhol ENCE ( Empresa Nacional de Celulosas ), eventualmente em parceria com o grupo Amorim, poderá estar interessado na aquisição da Celbi.
A notícia adiantava mesmo um valor de avaliação da Celbi em 300 milhões de Euros. Trata-se obviamente de uma mera estimativa, decerto baseada no próprio valor do activo líquido da empresa no final de 2004 : 211 milhões de Euros.
Com um capital próprio de 192 milhões de Euros, apresenta assim o excelente, invejável e excepcional rácio de autonomia financeira de 91% , ou seja, um rácio de endividamento de 9% !...
Não será por isso de estranhar que o valor de mercado, sendo obviamente superior ao valor do activo, seja mesmo bem superior aos estimados 300 milhões de Euros.
Como é evidente, uma empresa e um activo como a Celbi nunca poderia encerrar, como algo ingenuamente chegou a ser comentado e lamentado na blogosfera figueirense.
Só se os detentores do seu capital houvessem ensandecido.
De qualquer modo, o que actualmente está em curso é uma avaliação mais rigorosa do seu verdadeiro valor de mercado, por um banco de investimento especializado nesse tipo de trabalho.
Depois se verá quem tem posses e liquidez para cobrir o valor a que se chegar. É bem possível que a StoraEnso vá abrir a boca. Logo veremos.
Mas é inegável que o cenário ENCE-Amorim faria todo o sentido, havendo lugar a uma boa parceria complementar entre os activos (industriais e florestais) da ENCE e da Celbi, ambas produtoras de pasta de eucalipto de mercado . A ENCE já actualmente tem uma quota de 21% no mercado europeu de pasta de eucalipto não integrada.
Por outro lado, é conhecida a apetência dos capitais espanhois para crescentemente penetrarem no tecido empresarial português (quem sabe se mesmo com os olhos postos no Brasil...), em diversos domínios, desde a banca até à energia eléctrica .
Sobre isto, pouco ou nada haverá a fazer. Seria mera estultícia começar por aí a chorar, com pruridos ou complexos nacionalistas.
O Semanário Económico de ontem noticiava que o grupo espanhol ENCE ( Empresa Nacional de Celulosas ), eventualmente em parceria com o grupo Amorim, poderá estar interessado na aquisição da Celbi.
A notícia adiantava mesmo um valor de avaliação da Celbi em 300 milhões de Euros. Trata-se obviamente de uma mera estimativa, decerto baseada no próprio valor do activo líquido da empresa no final de 2004 : 211 milhões de Euros.
Com um capital próprio de 192 milhões de Euros, apresenta assim o excelente, invejável e excepcional rácio de autonomia financeira de 91% , ou seja, um rácio de endividamento de 9% !...
Não será por isso de estranhar que o valor de mercado, sendo obviamente superior ao valor do activo, seja mesmo bem superior aos estimados 300 milhões de Euros.
Como é evidente, uma empresa e um activo como a Celbi nunca poderia encerrar, como algo ingenuamente chegou a ser comentado e lamentado na blogosfera figueirense.
Só se os detentores do seu capital houvessem ensandecido.
De qualquer modo, o que actualmente está em curso é uma avaliação mais rigorosa do seu verdadeiro valor de mercado, por um banco de investimento especializado nesse tipo de trabalho.
Depois se verá quem tem posses e liquidez para cobrir o valor a que se chegar. É bem possível que a StoraEnso vá abrir a boca. Logo veremos.
Mas é inegável que o cenário ENCE-Amorim faria todo o sentido, havendo lugar a uma boa parceria complementar entre os activos (industriais e florestais) da ENCE e da Celbi, ambas produtoras de pasta de eucalipto de mercado . A ENCE já actualmente tem uma quota de 21% no mercado europeu de pasta de eucalipto não integrada.
Por outro lado, é conhecida a apetência dos capitais espanhois para crescentemente penetrarem no tecido empresarial português (quem sabe se mesmo com os olhos postos no Brasil...), em diversos domínios, desde a banca até à energia eléctrica .
Sobre isto, pouco ou nada haverá a fazer. Seria mera estultícia começar por aí a chorar, com pruridos ou complexos nacionalistas.
A globalização, para Portugal, começa afinal com a iberização económica.
E esta pode sem dúvida ser compaginável com a permanência da identidade cultural portuguesa, e com alguns restos de soberania nacional, já hoje em dia largamente compartilhada com os restantes estados da União Europeia .
Sendo estes os valores que interessa realmente preservar.
MEMÓRIAS SOLTAS
Expresso – Se não ganhar as eleições, o que vai fazer?
Jorge Sampaio – Logo se verá. Tenho sempre uma profissão e a minha profissão não é político profissional, embora eu ache que neste momento o sou e com muita honra.
(in entrevista de Jorge Sampaio ao Expresso, publicada em 25 de Novembro de 1995)
Expresso – Se não ganhar as eleições, o que vai fazer?
Jorge Sampaio – Logo se verá. Tenho sempre uma profissão e a minha profissão não é político profissional, embora eu ache que neste momento o sou e com muita honra.
(in entrevista de Jorge Sampaio ao Expresso, publicada em 25 de Novembro de 1995)
DESTAQUE E CONCORDÂNCIA
Para um artigo de opinião de Francisco José Viegas, ontem publicado no Jornal de Notícias, e do qual transcrevo esta parte:
(...) Eu não sou cavaquista.
Limito-me a achar que Cavaco Silva será melhor presidente do que qualquer um dos seus opositores. Que o seu tipo de presidência permitirá que os governos governem e que os cidadãos sejam cidadãos de pleno direito - e que actuará com tranquilidade.
E que Portugal precisa dessa margem de tranquilidade para se repensar e reorganizar sem lugares-comuns nem apêndices burlescos, pequenas lutas protocolares pelos holofotes da glória.
E que, portanto, precisa de alguém compreensivo na Presidência - não de quem tenha todas as respostas. De alguém que esteja atento aos outros e que pergunte e saiba fazer as perguntas; e mais que permita que as perguntas se façam.
Esse é o principal currículo que eu exijo a um presidente.(...)
Para um artigo de opinião de Francisco José Viegas, ontem publicado no Jornal de Notícias, e do qual transcrevo esta parte:
(...) Eu não sou cavaquista.
Limito-me a achar que Cavaco Silva será melhor presidente do que qualquer um dos seus opositores. Que o seu tipo de presidência permitirá que os governos governem e que os cidadãos sejam cidadãos de pleno direito - e que actuará com tranquilidade.
E que Portugal precisa dessa margem de tranquilidade para se repensar e reorganizar sem lugares-comuns nem apêndices burlescos, pequenas lutas protocolares pelos holofotes da glória.
E que, portanto, precisa de alguém compreensivo na Presidência - não de quem tenha todas as respostas. De alguém que esteja atento aos outros e que pergunte e saiba fazer as perguntas; e mais que permita que as perguntas se façam.
Esse é o principal currículo que eu exijo a um presidente.(...)
sexta-feira, novembro 18, 2005
A GREVE
Faz muito jeito fazer um dia de greve numa sexta-feira, né?
O tempo até nem está mau de todo para passar um fim de semana no Algarve.
Faz muito jeito fazer um dia de greve numa sexta-feira, né?
O tempo até nem está mau de todo para passar um fim de semana no Algarve.
MORTE EM COMBATE
A morte em combate de um militar português, hoje, no Afeganistão, é um acontecimento triste e doloroso, para qualquer português e em especial para os seus familiares.
Mas as declarações de Francisco Louçã ( de sobrolho franzido, em ar de grande sofrimento...) e de Mário Soares, que acabei de ouvir na SIC Notícias, sobre aquela morte em combate, fazendo dela um descarado aproveitamento político, são simplesmente miseráveis.
A tal propósito, Mário Soares não teve qualquer rebuço em vir declarar que “nunca gostei que lá fossem” ( as tropas portuguesas) e que “ escrevi há uns anos um artigo no qual dizia tratar-se de um precedente perigoso”.
A isto chama-se não ter sentido de Estado. E quem não tem sentido de Estado, não pode ser Chefe de Estado. Com o meu voto, não será.
Também interpelado sobre o mesmo assunto, já Manuel Alegre respondeu serenamente com inteiro sentido de responsabilidade, limitando-se a lamentar a morte em combate do militar português.
As próprias reacções e declarações do Presidente da República e do Primeiro-Ministro assumiram, a meu ver, dimensão exagerada e inadequada.
Se o Presidente Roosevelt, dos Estados Unidos, fosse fazer uma declaração de cada vez que um soldado americano tombava nas praias da Normandia, nos dias 6 e 7 de Junho de 1944, não teria nesses dias mais tempo para além de estar permanentemente diante do microfone da rádio.
Nem tempo teria para ir dormir.
A morte em combate de um militar português, hoje, no Afeganistão, é um acontecimento triste e doloroso, para qualquer português e em especial para os seus familiares.
Mas as declarações de Francisco Louçã ( de sobrolho franzido, em ar de grande sofrimento...) e de Mário Soares, que acabei de ouvir na SIC Notícias, sobre aquela morte em combate, fazendo dela um descarado aproveitamento político, são simplesmente miseráveis.
A tal propósito, Mário Soares não teve qualquer rebuço em vir declarar que “nunca gostei que lá fossem” ( as tropas portuguesas) e que “ escrevi há uns anos um artigo no qual dizia tratar-se de um precedente perigoso”.
A isto chama-se não ter sentido de Estado. E quem não tem sentido de Estado, não pode ser Chefe de Estado. Com o meu voto, não será.
Também interpelado sobre o mesmo assunto, já Manuel Alegre respondeu serenamente com inteiro sentido de responsabilidade, limitando-se a lamentar a morte em combate do militar português.
As próprias reacções e declarações do Presidente da República e do Primeiro-Ministro assumiram, a meu ver, dimensão exagerada e inadequada.
Se o Presidente Roosevelt, dos Estados Unidos, fosse fazer uma declaração de cada vez que um soldado americano tombava nas praias da Normandia, nos dias 6 e 7 de Junho de 1944, não teria nesses dias mais tempo para além de estar permanentemente diante do microfone da rádio.
Nem tempo teria para ir dormir.
O APOIO DAS AGÊNCIAS DE VIAGENS
O Quinto Poder recebeu esta mensagem, de que aqui se faz oportuna divulgação :
Comunicado
A Associação das Agências de Viagem Portuguesas (AAVP) quer aqui anunciar, que apoia o candidato Mário Soares à Presidência da República pelas razões de seguida mencionadas:
1986
> 11 a 13 de Maio - Grã-Bretanha
> 06 a 09 de Julho - França
> 12 a 14 de Setembro - Espanha
> 17 a 25 de Outubro - Grã-Bretanha e França
> 28 de Outubro - Moçambique
> 05 a 08 de Dezembro - São Tomé e Príncipe
> 08 a 11 de Dezembro - Cabo Verde
1987
> 15 a 18 de Janeiro - Espanha
> 24 de Março a 05 de Abril - Brasil
> 16 a 26 de Maio - Estados Unidos
> 13 a 16 de Junho - França e Suíça
> 16 a 20 de Outubro - França
> 22 a 29 de Novembro - Rússia
> 14 a 19 de Dezembro - Espanha 1988
> 18 a 23 de Abril - Alemanha
> 16 a 18 de Maio - Luxemburgo
> 18 a 21 de Maio - Suíça
> 31 de Maio a 05 de Junho - Filipinas
> 05 a 08 de Junho - Estados Unidos
> 08 a 13 de Agosto - Equador
> 13 a 15 de Outubro - Alemanha
> 15 a 18 de Outubro - Itália
> 05 a 10 de Novembro - França
> 12 a 17 de Dezembro - Grécia
1989
> 19 a 21 de Janeiro - Alemanha
> 31 de Janeiro a 05 de Fevereiro - Venezuela
> 21 a 27 de Fevereiro - Japão
> 27 de fevereiro a 05 de Março - Hong-Kong e Macau
> 05 a 12 de Março - Itália
> 24 de Junho a 02 de Julho - Estados Unidos
> 12 a 16 de Julho - Estados Unidos
> 17 a 19 de Julho - Espanha
> 27 de Setembro a 02 de Outubro - Hungria
> 02 a 04 de Outubro - Holanda
> 16 a 24 de Outubro - França
> 20 a 24 de Novembro - Guiné-Bissau
> 24 a 26 de Novembro - Costa do Marfim
> 26 a 30 de Novembro - Zaire
> 27 a 30 de Dezembro - República Checa
1990
> 15 a 20 de Fevereiro - Itália> 10 a 21 de Março - Chile e Brasil> 26 a 29 de Abril - Itália> 05 a 06 de Maio - Espanha> 15 a 20 de Maio - Marrocos> 09 a 11 de Outubro - Suécia> 27 a 28 de Outubro - Espanha> 11 a 12 de Novembro - Japão
1991
> 29 a 31 de Janeiro - Noruega> 21 a 23 de Março - Cabo Verde> 02 a 04 de Abril - São Tomé e Príncipe> 05 a 09 de Abril - Itália> 17 a 23 de Maio - Rússia> 08 a 11 de Julho - Espanha> 16 a 23 de Julho - México> 27 de Agosto a 01 de Setembro - Espanha> 14 a 19 de Setembro - França e Bélgica> 08 a 10 de Outubro - Bélgica> 22 a 24 de Novembro - França> 08 a 12 de Dezembro - Bélgica e França
1992
> 10 a 14 de Janeiro - Estados Unidos> 23 de Janeiro a 04 de Fevereiro - India> 09 a 11 de Março - França> 13 a 14 de Março - Espanha> 25 a 29 de Abril - Espanha> 04 a 06 de Maio - Suíça> 06 a 09 de Maio - Dinamarca> 26 a 28de Maio - Alemanha> 30 a 31 de Maio - Espanha> 01 a 07 de Junho - Brasil> 11 a 13 de Junho - Espanha> 13 a 15 de Junho - Alemanha> 19 a 21 de Junho - Itália> 14 a 16 de Outubro - França> 16 a 19 de Outubro - Alemanha> 19 a 21 de Outubro - Áustria> 21 a 27 de Outubro - Turquia> 01 a 03 de Novembro - Espanha> 17 a 19 de Novembro - França> 26 a 28 de Novembro - Espanha> 13 a 16 de Dezembro - França
1993
> 17 a 21 de Fevereiro - França> 14 a 16 de Março - Bélgica> 06 a 07 de Abril - Espanha> 18 a 20 de Abril - Alemanha> 21 a 23 de Abril - Estados Unidos> 27 de Abril a 02 de Maio - Grã-Bretanha e Escócia> 14 a 16 de Maio - Espanha> 17 a 19 de Maio - França> 22 a 23 de Maio - Espanha> 01 a 04 de Junho - Irlanda> 04 a 06 de Junho - Islândia> 05 a 06 de Julho - Espanha> 09 a 14 de Julho - Chile> 14 a 21 de Julho - Brasil> 24 a 26 de Julho - Espanha> 06 a 07 de Agosto - Bélgica> 07 a 08 de Setembro - Espanha> 14 a 17 de de Outubro - Coreia do Norte> 18 a 27 de Outubro - Japão> 28 a 31 de Outubro - Hong-Kong e Macau
1994
> 02 a 05 de Fevereiro - França> 27 de Fevereiro a 03 de Março - Espanha (incluindo Canárias)> 18 a 26 de Março - Brasil> 08 a 12 de Maio - África do Sul (Tomada de posse de Mandela)> 22 a 27 de Maio - Itália> 27 a 31 de Maio - África do Sul> 06 a 07 de Junho - Espanha> 12 a 20 de Junho - Colômbia> 05 a 06 de Julho - França> 10 a 13 de Setembro - Itália> 13 a 16 de Setembro - Bulgária> 16 a 18 de Setembro - - França> 28 a 30 de Setembro - Guiné-Bissau> 09 a 11 de Outubro - Malta> 11 a 16 de Outubro - Egipto> 17 a 18 de Outubro - Letónia> 18 a 20 de Outubro - Polónia> 09 a 10 de Novembro - Grã-Bretanha> 15 a 17 de Novembro - República Checa> 17 a 19 de Novembro - Suíça> 27 a 28 de Novembro - Marrocos> 07 a 12 de Dezembro - Moçambique> 30 de Dezembro a 09 de Janeiro 1995 - Brasil
1995
> 31 de Janeiro a 02 de Fevereiro - França> 12 a 13 de Fevereiro - Espanha> 07 a 08 de Março - Tunísia> 06 a 10 de Abril - Macau> 10 a 17 de Abril - China> 17 a 19 de Abril - Paquistão> 07 a 09 de Maio - França> 21 de Setembro - Espanha> 23 a 28 de Setembro - Turquia> 14 a 19 de Outubro - Argentina e Uruguai > 20 a 23 de Outubro -Estados Unidos> 27 de Outubro - Espanha> 31 de Outubro a 04 de Novembro - Israel> 04 e 05 de Novembro - Faixa de Gaza e Cisjordânia> 05 e 06 de Novembro - Cidade de Jerusalém> 15 a 16 de Novembro - França> 17 a 24 de Novembro - África do Sul> 24 a 28 de Novembro - Ilhas Seychelles> 04 a 05 de Dezembro - Costa do Marfim> 06 a 10 de Dezembro - Macau> 11 a 16 de Dezembro - Japão
1996
> 08 a 11 de Janeiro - Angola
Nota do Quinto Poder:
Convirá notar que em muitas destas viagens, sobretudo para os destinos mais distantes, Mário Soares era em geral acompanhado por grandes comitivas, na qual estavam incluídos quase sempre muitos e muitos jornalistas...
O Quinto Poder recebeu esta mensagem, de que aqui se faz oportuna divulgação :
Comunicado
A Associação das Agências de Viagem Portuguesas (AAVP) quer aqui anunciar, que apoia o candidato Mário Soares à Presidência da República pelas razões de seguida mencionadas:
1986
> 11 a 13 de Maio - Grã-Bretanha
> 06 a 09 de Julho - França
> 12 a 14 de Setembro - Espanha
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> 22 a 29 de Novembro - Rússia
> 14 a 19 de Dezembro - Espanha 1988
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1989
> 19 a 21 de Janeiro - Alemanha
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> 05 a 12 de Março - Itália
> 24 de Junho a 02 de Julho - Estados Unidos
> 12 a 16 de Julho - Estados Unidos
> 17 a 19 de Julho - Espanha
> 27 de Setembro a 02 de Outubro - Hungria
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> 20 a 24 de Novembro - Guiné-Bissau
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> 26 a 30 de Novembro - Zaire
> 27 a 30 de Dezembro - República Checa
1990
> 15 a 20 de Fevereiro - Itália> 10 a 21 de Março - Chile e Brasil> 26 a 29 de Abril - Itália> 05 a 06 de Maio - Espanha> 15 a 20 de Maio - Marrocos> 09 a 11 de Outubro - Suécia> 27 a 28 de Outubro - Espanha> 11 a 12 de Novembro - Japão
1991
> 29 a 31 de Janeiro - Noruega> 21 a 23 de Março - Cabo Verde> 02 a 04 de Abril - São Tomé e Príncipe> 05 a 09 de Abril - Itália> 17 a 23 de Maio - Rússia> 08 a 11 de Julho - Espanha> 16 a 23 de Julho - México> 27 de Agosto a 01 de Setembro - Espanha> 14 a 19 de Setembro - França e Bélgica> 08 a 10 de Outubro - Bélgica> 22 a 24 de Novembro - França> 08 a 12 de Dezembro - Bélgica e França
1992
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1993
> 17 a 21 de Fevereiro - França> 14 a 16 de Março - Bélgica> 06 a 07 de Abril - Espanha> 18 a 20 de Abril - Alemanha> 21 a 23 de Abril - Estados Unidos> 27 de Abril a 02 de Maio - Grã-Bretanha e Escócia> 14 a 16 de Maio - Espanha> 17 a 19 de Maio - França> 22 a 23 de Maio - Espanha> 01 a 04 de Junho - Irlanda> 04 a 06 de Junho - Islândia> 05 a 06 de Julho - Espanha> 09 a 14 de Julho - Chile> 14 a 21 de Julho - Brasil> 24 a 26 de Julho - Espanha> 06 a 07 de Agosto - Bélgica> 07 a 08 de Setembro - Espanha> 14 a 17 de de Outubro - Coreia do Norte> 18 a 27 de Outubro - Japão> 28 a 31 de Outubro - Hong-Kong e Macau
1994
> 02 a 05 de Fevereiro - França> 27 de Fevereiro a 03 de Março - Espanha (incluindo Canárias)> 18 a 26 de Março - Brasil> 08 a 12 de Maio - África do Sul (Tomada de posse de Mandela)> 22 a 27 de Maio - Itália> 27 a 31 de Maio - África do Sul> 06 a 07 de Junho - Espanha> 12 a 20 de Junho - Colômbia> 05 a 06 de Julho - França> 10 a 13 de Setembro - Itália> 13 a 16 de Setembro - Bulgária> 16 a 18 de Setembro - - França> 28 a 30 de Setembro - Guiné-Bissau> 09 a 11 de Outubro - Malta> 11 a 16 de Outubro - Egipto> 17 a 18 de Outubro - Letónia> 18 a 20 de Outubro - Polónia> 09 a 10 de Novembro - Grã-Bretanha> 15 a 17 de Novembro - República Checa> 17 a 19 de Novembro - Suíça> 27 a 28 de Novembro - Marrocos> 07 a 12 de Dezembro - Moçambique> 30 de Dezembro a 09 de Janeiro 1995 - Brasil
1995
> 31 de Janeiro a 02 de Fevereiro - França> 12 a 13 de Fevereiro - Espanha> 07 a 08 de Março - Tunísia> 06 a 10 de Abril - Macau> 10 a 17 de Abril - China> 17 a 19 de Abril - Paquistão> 07 a 09 de Maio - França> 21 de Setembro - Espanha> 23 a 28 de Setembro - Turquia> 14 a 19 de Outubro - Argentina e Uruguai > 20 a 23 de Outubro -Estados Unidos> 27 de Outubro - Espanha> 31 de Outubro a 04 de Novembro - Israel> 04 e 05 de Novembro - Faixa de Gaza e Cisjordânia> 05 e 06 de Novembro - Cidade de Jerusalém> 15 a 16 de Novembro - França> 17 a 24 de Novembro - África do Sul> 24 a 28 de Novembro - Ilhas Seychelles> 04 a 05 de Dezembro - Costa do Marfim> 06 a 10 de Dezembro - Macau> 11 a 16 de Dezembro - Japão
1996
> 08 a 11 de Janeiro - Angola
Nota do Quinto Poder:
Convirá notar que em muitas destas viagens, sobretudo para os destinos mais distantes, Mário Soares era em geral acompanhado por grandes comitivas, na qual estavam incluídos quase sempre muitos e muitos jornalistas...
FRANCESICES...
Segundo o Le Monde de hoje, reproduzindo declarações de responsáveis políticos franceses, haverá duas causas consideradas como tendo contribuido para a chegada maciça a França de novos imigrantes : o reagrupamento familiar e a poligamia.
De acordo com os mesmos responsáveis, entre os menores implicados nos selvagens motins recentemente registados na região de Paris e um pouco por toda a França, há uma elevada proporção de crianças e jovens de famílias poligâmicas.
Depois de legislação publicada em 1945, é proibido fazer chegar a França mais do que uma mulher, a título de reagrupamento familiar.
O número de famílias poligâmicas em França é naturalmente dificilmente de quantificar, mas há quem o estime em cerca de 30 mil .
Na grande França, como por cá, de resto, não faltarão decerto “intelectuais” que defendam o respeito pelas tradições e práticas de outras culturas...
Segundo o Le Monde de hoje, reproduzindo declarações de responsáveis políticos franceses, haverá duas causas consideradas como tendo contribuido para a chegada maciça a França de novos imigrantes : o reagrupamento familiar e a poligamia.
De acordo com os mesmos responsáveis, entre os menores implicados nos selvagens motins recentemente registados na região de Paris e um pouco por toda a França, há uma elevada proporção de crianças e jovens de famílias poligâmicas.
Depois de legislação publicada em 1945, é proibido fazer chegar a França mais do que uma mulher, a título de reagrupamento familiar.
O número de famílias poligâmicas em França é naturalmente dificilmente de quantificar, mas há quem o estime em cerca de 30 mil .
Na grande França, como por cá, de resto, não faltarão decerto “intelectuais” que defendam o respeito pelas tradições e práticas de outras culturas...
EVOLUÇÃO DA TRANSPARÊNCIA
Em 1984, nas reuniões da Câmara Municipal da Figueira da Foz, a informação sobre a situação da Tesouraria era dada assim desta forma :
“Foi presente o balancete da Tesouraria Municipal, do dia catorze de Fevereiro corrente, acompanhado de uma informação da Secção de Finanças Locais -Contabilidade, que constitui o anexo número 1 à presente acta, e pela qual se verifica que o saldo em dinheiro era de 15.563.320$00 e a receita cativa de 6 454 158$00.
Os encargos processados a aguardar oportunidade de pagamento totalizam a importância de 8 163 229$00, pelo que se verifica um saldo de 945 932$00 . “
Em 2005, a informação sobre a situação de Tesouraria, na mesma Câmara Municipal, era dada assim nestes termos:
“Foi presente o Resumo Diário da Tesouraria do dia dezassete do corrente mês, verificando-se um saldo disponível de 2 269 895 Euros. “
O montante dos “encargos processados a aguardar oportunidade de pagamento”, ou seja, a dívida a fornecedores, não é agora objecto de sistemática informação.
Mas deveria sê-lo também.
Em 1984, nas reuniões da Câmara Municipal da Figueira da Foz, a informação sobre a situação da Tesouraria era dada assim desta forma :
“Foi presente o balancete da Tesouraria Municipal, do dia catorze de Fevereiro corrente, acompanhado de uma informação da Secção de Finanças Locais -Contabilidade, que constitui o anexo número 1 à presente acta, e pela qual se verifica que o saldo em dinheiro era de 15.563.320$00 e a receita cativa de 6 454 158$00.
Os encargos processados a aguardar oportunidade de pagamento totalizam a importância de 8 163 229$00, pelo que se verifica um saldo de 945 932$00 . “
Em 2005, a informação sobre a situação de Tesouraria, na mesma Câmara Municipal, era dada assim nestes termos:
“Foi presente o Resumo Diário da Tesouraria do dia dezassete do corrente mês, verificando-se um saldo disponível de 2 269 895 Euros. “
O montante dos “encargos processados a aguardar oportunidade de pagamento”, ou seja, a dívida a fornecedores, não é agora objecto de sistemática informação.
Mas deveria sê-lo também.
quinta-feira, novembro 17, 2005
SEMPRE A MUDAR DE OPINIÃO
Conforme hoje a SIC recordou ( umas imagens registadas valem por um milhão de palavras...), Mário Soares, em Abril de 2003 , num jantar em Cortes (Leiria), cordialmente ao lado de Cavaco Silva, declarou que sim senhor, este daria um bom candidato a Presidente da República.
Agora, dois anos e meio volvidos elegeu-o como objecto da sua doentia obsessão e causa das suas insónias, e mimoseia-o repetidamente, com manifesta hostilidade, dia após dia, com agressivos adjectivos, como crispado, autoritário, ignorante etc. etc.Chega a ser doentio!....
Há apenas alguns meses, Mário Soares jurava a pés juntos que não mais se envolveria na política activa. Foi o tempo do peremptório Basta!...Também disso há boas imagens registadas.
Conforme hoje a SIC recordou ( umas imagens registadas valem por um milhão de palavras...), Mário Soares, em Abril de 2003 , num jantar em Cortes (Leiria), cordialmente ao lado de Cavaco Silva, declarou que sim senhor, este daria um bom candidato a Presidente da República.
Agora, dois anos e meio volvidos elegeu-o como objecto da sua doentia obsessão e causa das suas insónias, e mimoseia-o repetidamente, com manifesta hostilidade, dia após dia, com agressivos adjectivos, como crispado, autoritário, ignorante etc. etc.Chega a ser doentio!....
Há apenas alguns meses, Mário Soares jurava a pés juntos que não mais se envolveria na política activa. Foi o tempo do peremptório Basta!...Também disso há boas imagens registadas.
É isso. Mário Soares muda de opinião com muita frequência.
Antigamente chamava-se a isso um nome feio.
AINDA O PROCESSO DA PONTE DO GALANTE
Tiro o chapéu ao requerimento apresentado na Assembleia da República pelo deputado João Portugal, dirigido aos ministérios do Ambiente, das Finanças e da Economia, sobre o chamado processo de urbanização da Ponte do Galante, na Figueira da Foz.
Conheci a sua versão integral através do colega local Pedro Ledo, que assim presta um bom serviço à blogosfera e à opinião pública.
Trata-se de um documento bem escrito, bem estruturado e pertinentemente fundamentado.
É por isso merecedor de uma leitura atenta e cuidadosa. Espero que a imprensa local o venha a publicar na íntegra.
Há nele informações e/ou afirmações que seguramente tornam imperiosos e urgentes esclarecimentos ( eventualmente desmentidos...) por parte da Câmara Municipal da Figueira da Foz.
Duas delas, tratando de aspectos relacionados com o “pecado original” que começou por inquinar todo este intrincado processo, são as seguintes, indo ao essencial :
“ A Imofoz Lda foi a única concorrente à hasta pública e adquiriu o terreno. A escritura, contudo, só foi celebrada a 26 de Junho de 2003(...)nela se omitindo por completo as condições previstas na hasta pública, mais se consignando que o prédio era vendido livre de quaisquer ónus ou encargos e que se destinava a revenda (...)
Por outro lado, a gravidade da ausência à menção das condições de venda do terreno em hasta pública também ficou flagrantemente patente na omissão, por exemplo, da condição nº 24 que determinava “ a reversão do terreno para o Município” se houvesse “ alteração do uso a que se destina o terreno” .
Se bem percebo, então, o que se afirma, em resumo, é que :
- as condições fixadas para a venda do terreno em hasta pública ( em 11 de Dezembro de 2001) foram omitidas da escritura ( celebrada em Junho de 2003) ;
- na escritura ficou consignado, isso sim, que o terreno era vendido livre de ónus ou encargos, e que se destinava a revenda, deste modo se alterando as condições que haviam sido fixadas para a hasta pública ;
- na escritura tão pouco ficou transcrita e fixada a condição da hasta pública que determinava a “reversão do terreno para o Município “ se houvesse (como a Imofoz e a Câmara Municipal querem que haja...) “ alteração do uso a que se destina o terreno”
Confesso que desconhecia estas omissões. Estava convencido que o Município não havia exercido o chamado direito de reversão, simplesmente porque não tinha condições financeiras para o fazer.
A serem confirmadas, são a meu ver de enorme gravidade.
Tiro o chapéu ao requerimento apresentado na Assembleia da República pelo deputado João Portugal, dirigido aos ministérios do Ambiente, das Finanças e da Economia, sobre o chamado processo de urbanização da Ponte do Galante, na Figueira da Foz.
Conheci a sua versão integral através do colega local Pedro Ledo, que assim presta um bom serviço à blogosfera e à opinião pública.
Trata-se de um documento bem escrito, bem estruturado e pertinentemente fundamentado.
É por isso merecedor de uma leitura atenta e cuidadosa. Espero que a imprensa local o venha a publicar na íntegra.
Há nele informações e/ou afirmações que seguramente tornam imperiosos e urgentes esclarecimentos ( eventualmente desmentidos...) por parte da Câmara Municipal da Figueira da Foz.
Duas delas, tratando de aspectos relacionados com o “pecado original” que começou por inquinar todo este intrincado processo, são as seguintes, indo ao essencial :
“ A Imofoz Lda foi a única concorrente à hasta pública e adquiriu o terreno. A escritura, contudo, só foi celebrada a 26 de Junho de 2003(...)nela se omitindo por completo as condições previstas na hasta pública, mais se consignando que o prédio era vendido livre de quaisquer ónus ou encargos e que se destinava a revenda (...)
Por outro lado, a gravidade da ausência à menção das condições de venda do terreno em hasta pública também ficou flagrantemente patente na omissão, por exemplo, da condição nº 24 que determinava “ a reversão do terreno para o Município” se houvesse “ alteração do uso a que se destina o terreno” .
Se bem percebo, então, o que se afirma, em resumo, é que :
- as condições fixadas para a venda do terreno em hasta pública ( em 11 de Dezembro de 2001) foram omitidas da escritura ( celebrada em Junho de 2003) ;
- na escritura ficou consignado, isso sim, que o terreno era vendido livre de ónus ou encargos, e que se destinava a revenda, deste modo se alterando as condições que haviam sido fixadas para a hasta pública ;
- na escritura tão pouco ficou transcrita e fixada a condição da hasta pública que determinava a “reversão do terreno para o Município “ se houvesse (como a Imofoz e a Câmara Municipal querem que haja...) “ alteração do uso a que se destina o terreno”
Confesso que desconhecia estas omissões. Estava convencido que o Município não havia exercido o chamado direito de reversão, simplesmente porque não tinha condições financeiras para o fazer.
A serem confirmadas, são a meu ver de enorme gravidade.
quarta-feira, novembro 16, 2005
de uma cidade portuguesa com um centro histórico de qualidade e bem recuperado.
Vale a pena visitar.
Vale a pena visitar.
DIREITO À INDIGNAÇÃO E BANDEIRA A MEIA HASTE
A Assembleia Geral extraordinária da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP) deliberou hoje, por unanimidade, realizar várias acções de protesto contra os cortes previstos no Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2006, nas transferências para os municípios.
Exercício do “direito à indignação” lhes chama a ANMP na sua página da internet, utilizando a tonta expressão que Mário Soares irresponsavelmente usou nos idos de 1995, e que tem servido de cobertura desculpabilizante para intoleráveis, selvagens e broncas demonstrações, desde cortes de estrada, até à destruição de votos e urnas eleitorais.
Que queria a ANMP e que esperavam os diversos e indignados autarcas?
Pretendiam que os inevitáveis e imperiosos esforços de contenção de despesas passassem literalmente ao lado dos seus despreocupados e despesistas desempenhos orçamentais?
Ouvi um autarca afirmar, sem que o mais leve rubor lhe colorisse a face, que “os autarcas estão a pagar pelo despesismo da Administração Central” !...
E pelo seu, não estarão a pagar?
Foi anunciado que os autarcas vão estar nas galerias da Assembleia da República, no dia da aprovação final do OGE. Espera-se que se levantem e exibam T-shirts brancas com palavras de ordem. O Presidente da Assembleia mandará então evacuar as galerias.
E talvez depois os autarcas vão decretar uma greve nacional, à semelhança do que fizeram os meretíssimos juizes.
Assim vai a nossa latino-americana democracia...
Outro dos gestos de protesto previstos parece que vai ser colocarem a meia haste a bandeira de cada Município.
Fico a aguardar, com curiosa expectativa, o que irá ser feito nas varandas dos Paços do Município da Figueira da Foz.
A Assembleia Geral extraordinária da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP) deliberou hoje, por unanimidade, realizar várias acções de protesto contra os cortes previstos no Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2006, nas transferências para os municípios.
Exercício do “direito à indignação” lhes chama a ANMP na sua página da internet, utilizando a tonta expressão que Mário Soares irresponsavelmente usou nos idos de 1995, e que tem servido de cobertura desculpabilizante para intoleráveis, selvagens e broncas demonstrações, desde cortes de estrada, até à destruição de votos e urnas eleitorais.
Que queria a ANMP e que esperavam os diversos e indignados autarcas?
Pretendiam que os inevitáveis e imperiosos esforços de contenção de despesas passassem literalmente ao lado dos seus despreocupados e despesistas desempenhos orçamentais?
Ouvi um autarca afirmar, sem que o mais leve rubor lhe colorisse a face, que “os autarcas estão a pagar pelo despesismo da Administração Central” !...
E pelo seu, não estarão a pagar?
Foi anunciado que os autarcas vão estar nas galerias da Assembleia da República, no dia da aprovação final do OGE. Espera-se que se levantem e exibam T-shirts brancas com palavras de ordem. O Presidente da Assembleia mandará então evacuar as galerias.
E talvez depois os autarcas vão decretar uma greve nacional, à semelhança do que fizeram os meretíssimos juizes.
Assim vai a nossa latino-americana democracia...
Outro dos gestos de protesto previstos parece que vai ser colocarem a meia haste a bandeira de cada Município.
Fico a aguardar, com curiosa expectativa, o que irá ser feito nas varandas dos Paços do Município da Figueira da Foz.
UMA SÚBITA CONVERSÃO AO RIGOR FINANCEIRO
A colocar em dia a leitura da imprensa local e regional da última semana, dou de caras com uma notícia do Diário As Beiras de há cerca de oito dias, sobre política municipal na Figueira da Foz, sob o surpreendente título “ Cortes na despesa corrente já começaram” .
Estimulado pelo título, li avidamente todo o corpo da notícia.
Abri então a boca de espanto ao ler declarações do Vice-Presidente da Câmara, Pereira Coelho, directamente citadas na notícia, tais como :
“ é de cima que deve vir o exemplo”
e
“ enquanto eu estiver na Câmara, os cortes são a valer, doa a quem doer”.
Verdadeiramente estupefacto e comovido fico com a súbita conversão de Pereira Coelho a tais simplórias “preocupações economicistas”, e a tais princípios de contenção, e de gestão financeira de dinheiros públicos.
Cuja escassez, no caso da Câmara Municipal da Figueira, desde há muito se sabia ( ou deveria saber) que cedo ou tarde iria atingir proporções dramáticas e alarmantes, como agora parece estar a acontecer.
Ora a necessidade de conter e reduzir a despesa corrente desde há muito que era manifesta e deveria ter sido assumida. Desde há muitos anos.
Mas foram anos seguidos a fazer despesas correntes à solta, de forma alegre e despreocupada, sem curar de saber que um dia aqueles recursos iriam fazer falta para aplicações e utilizações prioritárias e verdadeiramente essenciais.
As conversões e os actos de arrependimento são sempre de saudar com cristã paciência e caridosa compreensão.
Manda todavia a prudência duvidar um pouco da fé dos cristãos-novos e dos recem convertidos.
Para melhor se afirmarem, e para mais facilmente ser branqueado o seu passado, com muita frequência resvalam desse novo estado de alma para o de zelotas fundamentalistas e obstinados
A colocar em dia a leitura da imprensa local e regional da última semana, dou de caras com uma notícia do Diário As Beiras de há cerca de oito dias, sobre política municipal na Figueira da Foz, sob o surpreendente título “ Cortes na despesa corrente já começaram” .
Estimulado pelo título, li avidamente todo o corpo da notícia.
Abri então a boca de espanto ao ler declarações do Vice-Presidente da Câmara, Pereira Coelho, directamente citadas na notícia, tais como :
“ é de cima que deve vir o exemplo”
e
“ enquanto eu estiver na Câmara, os cortes são a valer, doa a quem doer”.
Verdadeiramente estupefacto e comovido fico com a súbita conversão de Pereira Coelho a tais simplórias “preocupações economicistas”, e a tais princípios de contenção, e de gestão financeira de dinheiros públicos.
Cuja escassez, no caso da Câmara Municipal da Figueira, desde há muito se sabia ( ou deveria saber) que cedo ou tarde iria atingir proporções dramáticas e alarmantes, como agora parece estar a acontecer.
Ora a necessidade de conter e reduzir a despesa corrente desde há muito que era manifesta e deveria ter sido assumida. Desde há muitos anos.
Mas foram anos seguidos a fazer despesas correntes à solta, de forma alegre e despreocupada, sem curar de saber que um dia aqueles recursos iriam fazer falta para aplicações e utilizações prioritárias e verdadeiramente essenciais.
As conversões e os actos de arrependimento são sempre de saudar com cristã paciência e caridosa compreensão.
Manda todavia a prudência duvidar um pouco da fé dos cristãos-novos e dos recem convertidos.
Para melhor se afirmarem, e para mais facilmente ser branqueado o seu passado, com muita frequência resvalam desse novo estado de alma para o de zelotas fundamentalistas e obstinados
domingo, novembro 13, 2005
ALERTA VERMELHO NA PARÓQUIA E CICLONE NOS AÇORES
Está próximo mais um regresso ao rectângulo e à animada paróquia onde agora se diz faltar dinheiro à Câmara Municipal, segundo vou lendo e sabendo.
Só agora é que o Presidente e o Vice Presidente da Câmara é que se aperceberam disso?
Andaram até agora a fingir que não sabiam, a assobiar para o lado, e a prometer mundos e fundos?
Pos é: chegou o tempo da cigarra no inverno...
Entretanto, e aproveitando um curto momento de acesso à net, dou destaque para esta notícia.
Todos os alunos, professores e funcionários da Escola Básica e Integrada da ilha do Corvo (apenas com 400 habitantes...), têm desde esta semana computador portátil com acesso à internet.
Os novos equipamentos distribuidos por 34 alunos, 13 docentes e 3 funcionários integram-se num projecto denominado " Corvo Digital".
A iniciativa, que representa um investimento de 250 mil Euros pretende disponibilizar a toda a população escolar condições para ligação à internet em banda larga.
Não deverá haver em Portugal localidade alguma com tão elevada taxa de cobertura de acesso à internet. E mesmo no mundo inteiro não haverá muitas.
As gentes da ilha dos corsários ( os corvi marini..)merecem-no.
Está próximo mais um regresso ao rectângulo e à animada paróquia onde agora se diz faltar dinheiro à Câmara Municipal, segundo vou lendo e sabendo.
Só agora é que o Presidente e o Vice Presidente da Câmara é que se aperceberam disso?
Andaram até agora a fingir que não sabiam, a assobiar para o lado, e a prometer mundos e fundos?
Pos é: chegou o tempo da cigarra no inverno...
Entretanto, e aproveitando um curto momento de acesso à net, dou destaque para esta notícia.
Todos os alunos, professores e funcionários da Escola Básica e Integrada da ilha do Corvo (apenas com 400 habitantes...), têm desde esta semana computador portátil com acesso à internet.
Os novos equipamentos distribuidos por 34 alunos, 13 docentes e 3 funcionários integram-se num projecto denominado " Corvo Digital".
A iniciativa, que representa um investimento de 250 mil Euros pretende disponibilizar a toda a população escolar condições para ligação à internet em banda larga.
Não deverá haver em Portugal localidade alguma com tão elevada taxa de cobertura de acesso à internet. E mesmo no mundo inteiro não haverá muitas.
As gentes da ilha dos corsários ( os corvi marini..)merecem-no.
quinta-feira, novembro 10, 2005
UMA CRIATURA POSSIDÓNIA E INSUPORTÁVEL
Criatura verdadeiramente possidónia e insuportável é José Saramago.
Pelas razões explicadas neste post e por muitas outras razões...
Devo fazer figura de iletrado ou de culturalmente bronco, mas pouco me importa. Tenho de confessar que o máximo que consegui ler dele, foi até à página 15 de uma das suas abundantíssimas obras, produzidas à empreitada, assim à compita com o inspirado Paulo Coelho, também ele vendedor de dezenas de "best sellers" .
Mas não me consigo recordar de qual.
UM PLANALTO NA CIDADE
Aqui, de muito longe, e com muito "bom tempo no canal" , soube através do colega AmicusFicaria da notícia do encerramento da Escola Prática do Serviço de Transportes (EPST).
Há muito tempo que estava escrito nos astros, por desde há muito se questionar se de facto havia justificação para a sua existência, num contexto de Forças Armadas modernizadas e com custos compagináveis com os constrangimentos orçamentais existentes.
Já disso se falava nos idos do início dos anos oitenta, quando o Arquitecto Alberto Pessoa aludia ao riquíssimo potencial que aquele "plateau", como ele lhe chamava, representava para o desenvolvimento da cidade.
Vamos a ver como irá ser aproveitado. Se bem, se mal.
Espero e faço votos que os dirigentes autárquicos saibam resistir aos aguçados apetites dos "promotores imobiliários" que certamente irão ser despertados pela valia do espaço, e pela necessidade das Forças Armadas ( em particular o Ministério da Defesa) em realizar receitas e liquidez a curto prazo, bem como resistir às tentações de, por essa via ( sisa, IMI, taxas e licenças de loteamentos e de construção) , o Município poder realizar receitas fáceis para equilibrar as depauperadas finanças municipais.
sábado, novembro 05, 2005
ARROGÂNCIA E CULTURA “HUMANISTA”
A mais recente catilinária de Mário Soares contra Cavaco Silva, foi aquela presumida afirmação de que este candidato não tem cultura humanista, não sabe nada de história, de filosofia ou de jurisprudência, e por isso não tem perfil nem classe para poder ser Presidente da República.
A afirmação tem contornos de preconceitos de classe e dois aspectos muito feios, que importará apreciar.
Em primeiro lugar, denota uma grande e aristocrática arrogância, não só intelectual, muito pouco própria de alguém que se reclama ser democrata, progressista ou de “esquerda”.
Cavaco Silva, “ele” no dizer de Mário Soares, por ter feito o curso secundário numa escola comercial e não no liceu, nunca estudou latim, nunca leu Virgílio ou Tito Lívio, nunca vibrou ao ler Antero de Quental, nem nunca aprendeu um pouco sobre a teoria do conhecimento de Kant. Pouco mais estudou e aprendeu que a trivial contabilidade.
“Ele” nunca lê nem terá lido o “Nouvel Observateur”, nem costuma passar os olhos pelo Monde Diplomatique, só se interessando, quando muito, por ler aquele horroroso pasquim em papel cor de rosa, da terra do execrável Sr. Blair, e que dá pelo nome de Finantial Times...
Em segundo lugar, o conteúdo daquele falar de Mário Soares releva de uma concepção escolástica e jacobino- afrancesada de “cultura”. Muito típica de grande parte da intelectualidade pequeno-burguesa indígena, diga-se de passagem.
Isto é, portuga culto é, por exemplo, quem leu, em francês, a obra de André Gide ou a poesia de Aragon; quem sabe distinguir um Cézanne de um Degas; quem for capaz de pronunciar o nome de Wittgenstein sem se engasgar, e de não adormecer ao assistir a uma peça de teatro de Bertolt Brecht ou um filme de Manuel de Oliveira.
Pode não saber quem foi David Ricardo ou John Keynes, não fazer a menor ideia do 2º princípio da termodinâmica, dos conceitos básicos do electromagnetismo, ou da composição do átomo, não ser capaz de resolver um sistema de duas equações a duas incógnitas.
Se souber muito de artes, letras, filosofias, sociologias, antropologias e outras humanidades, então ele poderá ser considerado e chamado de “pessoa de cultura”...
Seguindo a tortuosa linha de raciocínio de Mário Soares, caberia questionar se poderá reclamar-se de pessoa de cultura, e por isso aspirar a ser Presidente da República, alguém como ele, tão primária e gritantemente iletrado em matéria das novas tecnologias e dos conhecimentos de informática a nível do utilizador. Saberá que sinal é este : @ ? E para que serve? Ou o que é fazer um “download”?....
E mais. Poderá considerar-se pessoa culta e ser Presidente da República , alguém que não percebe patavina de inglês, e que não é capaz sequer de manter a mais elementar conversação naquela língua? Haverá no mundo inteiro meia dúzia de governantes ou de chefes de Estado que não falem inglês, e que para falar duas tretas triviais com um seu congénere da Índia, do Japão, da Indonésia ou da China, tenham de ter sempre intérpretes pelo meio ?
A mais recente catilinária de Mário Soares contra Cavaco Silva, foi aquela presumida afirmação de que este candidato não tem cultura humanista, não sabe nada de história, de filosofia ou de jurisprudência, e por isso não tem perfil nem classe para poder ser Presidente da República.
A afirmação tem contornos de preconceitos de classe e dois aspectos muito feios, que importará apreciar.
Em primeiro lugar, denota uma grande e aristocrática arrogância, não só intelectual, muito pouco própria de alguém que se reclama ser democrata, progressista ou de “esquerda”.
Cavaco Silva, “ele” no dizer de Mário Soares, por ter feito o curso secundário numa escola comercial e não no liceu, nunca estudou latim, nunca leu Virgílio ou Tito Lívio, nunca vibrou ao ler Antero de Quental, nem nunca aprendeu um pouco sobre a teoria do conhecimento de Kant. Pouco mais estudou e aprendeu que a trivial contabilidade.
“Ele” nunca lê nem terá lido o “Nouvel Observateur”, nem costuma passar os olhos pelo Monde Diplomatique, só se interessando, quando muito, por ler aquele horroroso pasquim em papel cor de rosa, da terra do execrável Sr. Blair, e que dá pelo nome de Finantial Times...
Em segundo lugar, o conteúdo daquele falar de Mário Soares releva de uma concepção escolástica e jacobino- afrancesada de “cultura”. Muito típica de grande parte da intelectualidade pequeno-burguesa indígena, diga-se de passagem.
Isto é, portuga culto é, por exemplo, quem leu, em francês, a obra de André Gide ou a poesia de Aragon; quem sabe distinguir um Cézanne de um Degas; quem for capaz de pronunciar o nome de Wittgenstein sem se engasgar, e de não adormecer ao assistir a uma peça de teatro de Bertolt Brecht ou um filme de Manuel de Oliveira.
Pode não saber quem foi David Ricardo ou John Keynes, não fazer a menor ideia do 2º princípio da termodinâmica, dos conceitos básicos do electromagnetismo, ou da composição do átomo, não ser capaz de resolver um sistema de duas equações a duas incógnitas.
Se souber muito de artes, letras, filosofias, sociologias, antropologias e outras humanidades, então ele poderá ser considerado e chamado de “pessoa de cultura”...
Seguindo a tortuosa linha de raciocínio de Mário Soares, caberia questionar se poderá reclamar-se de pessoa de cultura, e por isso aspirar a ser Presidente da República, alguém como ele, tão primária e gritantemente iletrado em matéria das novas tecnologias e dos conhecimentos de informática a nível do utilizador. Saberá que sinal é este : @ ? E para que serve? Ou o que é fazer um “download”?....
E mais. Poderá considerar-se pessoa culta e ser Presidente da República , alguém que não percebe patavina de inglês, e que não é capaz sequer de manter a mais elementar conversação naquela língua? Haverá no mundo inteiro meia dúzia de governantes ou de chefes de Estado que não falem inglês, e que para falar duas tretas triviais com um seu congénere da Índia, do Japão, da Indonésia ou da China, tenham de ter sempre intérpretes pelo meio ?