<$BlogRSDUrl$>

sexta-feira, novembro 12, 2010

A TERRA A QUEM A TRABALHA

Não, não é o regresso à palavra de ordem gritada, e acenada com punho cerrado, durante o PREC de 1974 e 1975, quando o PCP se propunha passar o domínio da terra do Alentejo dos latifundiários para os funcionários do seu aparelho partidário.
O lema e porventura o seu slogan já foram utilizados por El-Rei D. Fernando, quando decerto neles se inspirou para ordenar a muito revolucionária Lei das Sesmarias.
Quem a eles agora se refere também é o Presidente da Câmara de Cabeceiras de Basto, terra de gente conservadora, concelho onde metade dos solos com vocação agrícola se encontram ao abandono, por cultivar. A sua Câmara Municipal tomou a iniciativa de promover a execução de um levantamento das terras abandonadas.
Multiplicam-se por vários municípios nacionais as iniciativas de criação de pequenas e médias hortas (em alguns casos comunitárias) em terrenos abandonados.
Neste post me referi há uns meses à hipótese de se aproveitar os terrenos da rica várzea de Tavarede, não para mais um parque urbano (como está há muitos anos ridiculamente indicado na sinalização à entrada da Figueira da Foz), mas para serem aproveitados, de novo, por quem se propusesse neles trabalhar para os colocar a produzir bens alimentares. Pelo menos numa grande parte dessa várzea, crescem agora por lá o mato, as silvas, os canaviais, umas árvores raquíticas e muito lixo.
A Câmara Municipal da Figueira mereceria o meu entusiástico aplauso se fizesse, pelo menos, o trabalho de arrancar e promover um tal projecto, talvez de forma coordenada com a delegação regional do Ministério da Agricultura. Não seria coisa que, pelo menos numa fase inicial, requeresse avultadas verbas dos orçamentos municipais.
Se aqueles solos, no PDM em vigor, não estão classificados para essa finalidade, pois que como tal se reclassifiquem.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?