quarta-feira, abril 28, 2010
O PRIMEIRO PASSO E OS SEUS DIVIDENDOS
O Primeiro Ministro demonstra evidente desorientação (Nota). Desta feita, deu a Passos Coelho a oportunidade de ser este a dar o primeiro passo no sentido de uma tomada de posição nacional, rodeada de uma auréola de patriotismo, que representasse um ligeiro (ainda insuficiente) sinal para o exterior. Passos Coelho decerto agradece. Deu uma de sentido de Estado. Pode vir a colher dividendos eleitorais do seu gesto.
Nota
Se me é permitido dar uma opinião e uma proposta, renovo as que expressei aqui, vai para mais de dois meses. Seria um, dos vários sinais que é urgente dar aos mercados financeiros internacionais. É uma tolice estes reagirem por sinais, é verdade. Mas as coisas são como são.
O Primeiro Ministro demonstra evidente desorientação (Nota). Desta feita, deu a Passos Coelho a oportunidade de ser este a dar o primeiro passo no sentido de uma tomada de posição nacional, rodeada de uma auréola de patriotismo, que representasse um ligeiro (ainda insuficiente) sinal para o exterior. Passos Coelho decerto agradece. Deu uma de sentido de Estado. Pode vir a colher dividendos eleitorais do seu gesto.
Nota
Se me é permitido dar uma opinião e uma proposta, renovo as que expressei aqui, vai para mais de dois meses. Seria um, dos vários sinais que é urgente dar aos mercados financeiros internacionais. É uma tolice estes reagirem por sinais, é verdade. Mas as coisas são como são.
(...)
O que é absolutamente insustentável é a permanência no cargo de Primeiro-Ministro de um político sobre o qual pesam suspeitas daquela natureza, por parte da opinião pública, e sem que a esta lhe sejam prestadas quaisquer explicações. Tanto mais que Portugal atravessa um momento verdadeiramente dramático, muito perto do caos financeiro, como consequência do rigoroso ( e porventura injusto) escrutínio que as instâncias financeiras internacionais fazem sobre a nosa vida política.
Caso o Primeiro-Ministro não esteja em condições de desmentir e negar , de forma transparente, categórica e definitiva, as acusações que lhe são feitas, ele não terá condições políticas objectivas para permanecer no cargo . Uma solução terá de ser então encontrada, urgentemente, a curtíssimo prazo. A meu ver, e por exemplo, ela poderia passar pela ascensão do actual Ministro de Estado e das Finanças, Teixeira dos Santos, a Primeiro-Ministro, com explícito e assegurado apoio do PS, e com um compromisso de um ou mais partidos da oposição de cumprirem uma trégua nas hostilidades de desgaste político e de guerrilha, durante um dilatado período de tempo. Por dever patriótico, mais não seja.
O que é absolutamente insustentável é a permanência no cargo de Primeiro-Ministro de um político sobre o qual pesam suspeitas daquela natureza, por parte da opinião pública, e sem que a esta lhe sejam prestadas quaisquer explicações. Tanto mais que Portugal atravessa um momento verdadeiramente dramático, muito perto do caos financeiro, como consequência do rigoroso ( e porventura injusto) escrutínio que as instâncias financeiras internacionais fazem sobre a nosa vida política.
Caso o Primeiro-Ministro não esteja em condições de desmentir e negar , de forma transparente, categórica e definitiva, as acusações que lhe são feitas, ele não terá condições políticas objectivas para permanecer no cargo . Uma solução terá de ser então encontrada, urgentemente, a curtíssimo prazo. A meu ver, e por exemplo, ela poderia passar pela ascensão do actual Ministro de Estado e das Finanças, Teixeira dos Santos, a Primeiro-Ministro, com explícito e assegurado apoio do PS, e com um compromisso de um ou mais partidos da oposição de cumprirem uma trégua nas hostilidades de desgaste político e de guerrilha, durante um dilatado período de tempo. Por dever patriótico, mais não seja.