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sexta-feira, julho 10, 2009

MAIS UM PLANO ESTRATÉGICO...

Através de uma vistosa apresentação em “power point” , ao melhor estilo dos anúncios do desastrado ex-ministro Manuel Pinho, o Presidente da Câmara da Figueira da Foz apresentou ante-ontem mais um “plano estratégico”. Ainda mais uma vez, para intervenção de re-qualificação das frentes ribeirinha e marítima, ali em volta do forte Santa Catarina. Vai ter um espaço multi – usos , e tudo. Que tambem não se sabe muito bem para quê, mas enfim, é uma promessa que fica sempre bem fazer-se em campanha eleitoral. Cheira por demais a “deja vue”...Recordo este post do QuintoPoder de há umas semanas. Anúncio igual a este fora feito em Agosto de 2005. Curiosamente, mas não por coincidência, também 3 meses antes de eleições autárquicas.

O visto “plano estratégico” vai ser levado a cabo, como está na moda, com uma “parceria público privada”. Deve ser muito pública e pouco privada, a julgar pelos “parceiros estratégicos” anunciados. Do lado público, ou seja, com os nossos ( em parte meus..) impostos, temos : a Câmara Municipal, a empresa municipal FGT , a Sociedade Figueira Parques e a Administração do Porto da Figueira da Foz. Não sei mesmo se uma chamada Agência de Desenvolvimento Regional de Estruturas e Investimentos do Mondego. Tem um nome complicado e extenso, deve ser coisa fina, mas lamento não saber o que é...Falta e ignorância minhas. Do lado privado, foi anunciado que estarão o Clube Nautico, o Tenis Clube e a Sociedade Figueira Praia. Não os imaginava com tamanha generosidade e com tantos recursos financeiros para entrarem numa fantasia destas. Deve ser, uma vez mais ainda, ignorância minha.

Da leitura da notícia, não percebi bem se o financiamento do milagroso QREN está já ou não garantido. Creio que não, a avaliar por aquilo que o Presidente da Câmara anunciou ( e afinal não é só José Sócrates que faz anúncios..) de haver agora um prazo de um ano para apresentar os projectos.
A realização da obra sonhada ( digo bem, sonhada..) , à partida, o que quer dizer sem as habituais derrapagens, que agora até podem começar logo na fase do lançamento do concurso, vai alegadamente custar 13 milhões de euros. Do lado do Município, este terá de entrar com 7 milhões. Uns trocos!. Onde os vai buscar, é para mim um mistério. A novo empréstimo e a nova dívida? Vai descobrir petroleo na ilha da Morraceira, ou uma mina de ouro debaixo do areal da Fgueira? Vai ganhar o Euromilhões? Não sei mesmo.
Talvez seja melhor ter um novo plano estratégico, a encomendar a um desses gurus-consultores do planeamento que por aí andam, desta vez para se ficar a saber onde se vai buscar aquele cacau todo. Daria pelo menos para fazer um novo anúncio e uma nova apresentação em “power-point”...

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