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segunda-feira, junho 08, 2009

UM CALDO DE RAZÕES

A explicação do “colapso rosa” é um caldo de várias razões. A base desse caldo é decerto constituida pelas consequências da crise financeira e económica que se abateu sobre o mundo, e sobre os portugueses também, inevitavelmente. Pior ainda : abateu-se no último terço da legislatura , em ano de 3 eleições, e na continuidade do combate que foi indispensável travar contra o desequilíbrio orçamental que ameaçava a credibilidade do Estado português. Combate que obrigou tanta gente a apertar muito o cinto, embora não toda, sublinhe-se.
No caldo entraram porém outros condimentos, que o Primeiro-Ministro poderia ter evitado.
Cito três.

Desde logo, o mau desempenho na campanha eleitoral do cabeça de lista do PS, como neste post assinalei :

Ao longo da campanha, o debate foi descambando para o nível da “politiquice”. O candidato Vital Moreira não resistiu ao desafio e à tentação. Desprovido de qualquer bonomia democrática, e embalado pela sua já atávica arrogância, resolveu usar de chicana pura e dura, ao trazer à colação uma insinuada relação entre o escandaloso caso BPN e o PSD. Sem da manobra recolher quaisquer dividendos políticos. Creio que o seu comportamento demonstrado durante a campanha não contribuiu para alargar a base eleitoral de apoio ao PS, antes pelo contrário.


O outro condimento tem, em parte, a ver com o que escrevi neste post de 26 de Março último :

Se o Primeiro-Minstro insistir, teimosamente, em manter o TGV Lisboa-Porto na parte cimeira das suas preocupações, em matéria de obras públicas, e se tal debate chegar até às próximas eleições legislativas, pode ter de vir a enfrentar um sério dissabor eleitoral. Ai pode, pode!...Mesmo sabendo-se que o PSD , e em particular a sua líder, por aquilo que sobre os tê-gê-vês anunciaram num passado recente, não tenham grande autoridade para criticar tal opção.

Um terceiro, tem a ver também com o que aqui escrevi.

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