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quinta-feira, novembro 15, 2007

DOIS ESCLARECIMENTOS

O colega AmicusFicaria teve a gentileza de se referir ao QuintoPoder neste postal.
Dois comentários nele contidos justificam dois esclarecimentos.

1. Efectivamente, entendo que se um ministro, em matéria politicamente sensível na opinião pública, e que tanto tem a ver com a chamada “ética republicana”, não cumpre directivas do Primeiro-Ministro, sobre as quais, este , ou o Ministro da Finanças, disseram fazer gala em adoptar no Governo, esse ministro deve ser demitido por quem tenha poder para o fazer.

A compra pelo Ministério da Justiça de 5 viaturas, novinhas em folha, por um valor global de 176 mil euros, parece não ter até agora suscitado muita atenção nem condenação, quer por parte de outras forças políticas, quer por parte da opinião pública. Dir-se-à que isso prova a pouca importância do facto político. Não penso assim.
No primeiro caso, será por muitos terem telhados de vidro em tal matéria.
No segundo caso, creio que antes será um mau sinal sobre o estado a que chegou a indiferença com que essa opinião pública aprecia, no plano ético, o comportamente mais comum da classe política portuguesa. Com um encolher de ombros.

2. Tenho utilizado o aeroporto de Lisboa com bastante frequência nos últimos tempos. Conheço por isso o estado de lastimável congestionamento em que ele opera, sobretudo do lado das partidas e no parqueamento das aeronaves, sem paralelo ou semelhança com qualquer outra capital da União Europeia. Assim como as condições em que se faz a aterragem, capazes de fazer saltar muita adrenalina a quem pela primeira vez a ela assista pela janela do avião.
Defendo, sem quaisquer reticências, que é imperioso e urgente começar a construção de um novo aeroporto. Se possível ontem ou anteontem. Entretanto, vai ser necessária muita imaginação para fazer que o actual aguente mais uns 10 anos, pelo menos.
Isto mesmo já tem sido escrito no QuintoPoder, por mais de uma vez.
Conhecendo, vistas do ar, ambas as áreas, sabendo um pouco da geografia nacional, sem qualificações técnicas sobre a matéria, mas usando meramente o meu senso comum, entre a Ota e Alcochete, a minha preferência vai actualmente por Alcochete. Mas ela poderá mudar, face a razões cujo valimento técnico agora me escape.
Sobre a opinião do QuintoPoder quanto à irracionalidade e inviabilidade de uma chamada solução Portela+1 , remeto o leitor e o colega AmicusFicaria para este postal aqui publicado no passado mês de Junho.

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