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segunda-feira, janeiro 17, 2011

SERVIÇO PÚBLICO DE TELEVISÃO

Foi no domingo, 16 de Janeiro de 2010, no telejornal das 20:00 da RTP 1, a tal do “serviço público de televisão”.
Tema de abertura: a crise no Sporting. Os factos, os antecedentes, os protagonistas, as perspectivas, as opiniões dos comentadores, entrevistas, a conferência de imprensa do Presidente que se demitiu de surpresa, uma curta entrevista a José Couceiro, as declarações do treinador, imagens dos golos do Paços Ferreira, mais comentários, mais especulações sobre o futuro, por aí fora. O tema demorou 8 a 9 minutos, parte dele mais parecendo a jeito de “encher chouriço”…
Tema noticioso seguinte, recorrente, logo a seguir, mais uns 2 a 3 minutos : as exéquias de Carlos Castro, em Nova Iorque, a missa, as declarações dos amigos, o espalhamento das cinzas em Times Square, imagens da família…
Vieram depois informações da situação política e social na Tunísia. O tema estendeu-se por outros 2 a 3 minutos. Os tanques e a tropa nas ruas, as cargas policiais, os turistas que abandonam o país, as milícias populares que se auto-organizam, alguns portugueses a queixar-se que não receberam o sempre esperado apoio do Estado, neste caso através do Consulado ou da Embaixada.
Por fim, já lá ia um bom quarto de hora de Telejornal, os últimos desenvolvimentos de um tema de menor importância, pelos vistos: as catastróficas inundações no Brasil, resultando em mais de 600 mortos (ainda vamos ver a quantos se vai chegar..), com dezenas de milhares de desalojados, casas, vilas e cidades destruídas, gente que ficou sem nada.
Não foi na China ou na India distantes. Foi numa terra que nasceu como obra de Portugal, que reclamamos ser nossa irmã, da qual esperamos ajuda financeira e investimentos, onde se fala português, onde vivem e trabalham muitos portugueses, e de que há milhares de cidadãos vivendo e trabalhando em Portugal. Se eu fosse um destes, não sei que incontida raiva me encheria a alma. Como aliás me encheu, sendo tão somente Português. Sobretudo por me interrogar, perplexo : que raio de “serviço público de televisão “ é este?....Precisamos de uma estação de televisão assim, daquele jaez, que ordena as notícias daquela forma, com aquela gente toda a viver dos nossos impostos, na qual se injectam todos os anos muitos milhões de Euros ? Não precisamos.

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