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terça-feira, dezembro 07, 2010

INCOERÊNCIAS

De modo nenhum alinho com o entusiasmo de quem, perante o relatório da OCDE hoje divulgado , sobre o estado da educação em Portugal, abandeira em arco, deita foguetes e ainda vai depois apanhar as canas. Como logo hoje fez o primeiro-Ministro, de forma tão expedita quanto algo insensata. Tiraria mais dividendos da notícia se a não comentasse, deixando que o tema fosse glosado, como seguramente seria, pelos media e fazedores da opinião pública.
De facto, a OCDE não tem o dom da infabilidade papal, tem perdido alguma da credibilidade que possuía aqui há uns anos, e muitos dos valores e rácios que calcula são baseados em números e informações recolhidas, às vezes “marteladas”, e facultadas por organismos da administração pública.
Mas não deixo de achar pilhéria aos que logo vêm, categóricos, retirar liminarmente qualquer espécie de credibilidade ao dito relatório. Alguns deles, certamente os mesmos que, se ao invés, o relatório contivesse conclusões muito negativas sobre a matéria, logo viriam bradar que aqui d’el Rei o estado desastroso em que se encontrava o sistema de ensino era unicamente devido à acção política deste governo.

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