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sexta-feira, novembro 26, 2010

UM POUCO MAIS DE PUDOR, POR FAVOR

Ao colocar em dia a leitura da imprensa regional dos dias em que andei a vadiar, dou com uma coluna de opinião do deputado Nuno Encarnação, no diário As Beiras da passada 3ª feira. Primeiro abri a boca de espanto. Depois dei uma gargalhada. Perceber-se-á porquê depois de se ler o seguinte respigo :

“(…)
Mas o País sabe mais, sabe que o Estado não controla os seus gastos nem tão pouco sabe quanto gasta no seu todo.
Ma isso também como se viu não preocupa o Ministro das Finanças Teixeira dos Santos. Como não é o Sr. Ministro a pagar, como mais uma vez somos todos nós, não há problema, “não custa nada”, pensará o próprio.
(…)
Qualquer empresa que promova o seu crescimento, que saiba que a competitividade é matéria fundamental, tem um controlo diário dos seus diversos sectores. É assim que funciona. E claro, quando não existe dinheiro para tudo, tem de definir prioridades e sobretudo cortar no que é desnecessário. O Estado podia seguir este exemplo.
Este Estado tem de rapidamente perceber o que se passa com ele. O poço sem fundo da despesa do Estado tem de acabar de uma vez, a bem do futuro deste País. “

Durante vários anos, o deputado Nuno Encarnação foi Administrador-Delegado da empresa municipal Figueira Grande Turismo (FGT). Nessa qualidade, foi o executor dócil, mas empenhado e entusiasta, de um incontinente despesismo feito com dinheiros transferidos dos cofres municipais. Citando e adaptando as próprias palavras que escreveu : como não foi o agora senhor deputado, e então Administrador da FGT, como fomos todos nós, não houve problema algum, “não custou nada”, pensará o próprio.
O menos que se lhe poderá pedir é algum esforço de memória e, sobretudo, um pouco mais de pudor, por favor.

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