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sexta-feira, novembro 26, 2010

CONSULTORES E CONSULTORIAS - 2

Podem encontrar-se exemplos caricatos de recurso a consultorias e a consultores. Este é um deles.
Há uns meses, foi substituído o Conselho de Administração (CA) do Metropolitano de Lisboa, uma empresa pública que sobrevive à custa dos contribuintes. Não apenas dos de Lisboa, mas de todo o País. Mesmo daqueles que, por exemplo, por nunca terem ido a Lisboa, nunca obviamente dele fizeram uso.
Como de costume, verificou-se rotação de “cadeiras”, melhor dizendo de sinecuras, entre os membros da Nomenklatura dos chamados gestores públicos. Saltou para Presidente do CA o gestor que antes tinha estado a presidir à gestão da CP.
Feita a substituição, a primeira preocupação dos novos-velhos gestores públicos foi obviamente para a re-decoração dos respectivos gabinetes, contemplando em geral a substituição dos seus mobiliários.
Depois, como quem não sabe nada de gestão das organizações, e como desconheciam qual seria o melhor “modelo organizacional” para bem governar a empresa pública, vai daí, resolveram consultar os consultores de uma empresa de consultoria.
E visando o quê? Pois visando a “implementação de um modelo organizacional “ (já cá faltava a “implementação”….). Pelos vistos antes não havia. Pelos vistos não faziam a menor ideia de qual deva ser. Pelos vistos não era possível ir ali a Madrid, a Barcelona ou a Paris e ver o que lá se faz.
A feliz contemplada, por contrato de ajuste directo, foi uma consultoria com o majestoso nome de “Leadership Business Consulting”. A coisa custou tão somente 160 mil Euros. Uma pechincha.
Ver aqui.

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