<$BlogRSDUrl$>

terça-feira, novembro 30, 2010

AS COMPARAÇÕES NO CAE - 2

No tocante ao real balanço proveito-custo dos espectáculos propriamente ditos, envolvendo os cachês pagos e as partilhas dos apuros das bilheteiras, os números apontam efectivamente para uma significativa redução da despesa do 1º semestre de 2009 para o de 2010. Como de resto aqui já se assinalou e aplaudiu, embora com números (em milhares de euros-mE) ligeiramente diferentes:

1º semestre de 2009
Receitas : 134 mE
Despesas : 234 mE
--------------------------------------
Balanço – custo : 100 mE

1º semestre de 2010
Receitas : 30 mE
Despesas : 29 mE
-------------------------------------
Balanço-proveito : 1 mE

Como não há propriamente grandes e verdadeiros milagres, muita daquela inversão de 100 mE de custo (1º semestre de 2009) para 1mE de proveito (no 1º semestre de 2010) deve-se à simples circunstância de se terem verificado menos espectáculos e de ter havido menos espectadores. Os números apurados foram os seguintes:

Nº total de espectáculos
1º semestre de 2009 : 40
1º semestre de 2010 : 24

Nº espectáculos envolvendo cachês e receitas de bilheteira :
1º semestre de 2009 : 13
1º semestre de 2010 : 7

Nº total de bilhetes vendidos/pagos
1º semestre de 2009 : 13494
1º semestre de 2010 : 4894

Nº total de espectadores nos espectáculos realizados :
1º semestre de 2009 : 16907
1º semestre de 2010 : 9398 (Nota)

Mesmo que porventura não seja esse o desejo dos actuais responsáveis políticos, aquelas evoluções apontam para uma actividade do CAE a ser redimensionada para uma escala minimalista. Tendência que até poderia resvalar para a pura e simples hibernação quase total daquela estrutura, um autêntico “elefante branco” herdado dos tempos oníricos e delirantes da gestão de Santana Lopes. E por isso, nada tenho nem terei a objectar ou a censurar. Antes pelo contrário, aplaudo e aplaudirei.
Tenho defendido que o Município da Figueira não tem actualmente dimensão nem arcaboiço financeiro para a suportar. Quanto a este último, ainda menos o terá no sombrio futuro a curto/médio prazo. Se insistir em fingir que o tem, não vai poder pagar e amortizar aquilo que deve, nem concentrar os limitados recursos de que dispõe no exercício das suas verdadeiras missões, e em investimentos essenciais que urge fazer. Factos são factos. E os factos são muito teimosos.

Nota
O relatório apresentado pelo director artístico do CAE indica que o número total de espectadores no 1º semestre de 2010 terá sido de 13782. Não bate certo com o calculado, a partir de quadros preparados pelo próprio CAE. Ignoro como terá chegado a tal valor, nem que critérios utilizou para a contagem de “espectadores”.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?