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sexta-feira, outubro 22, 2010

PROPOSTAS SIMPÁTICAS : REDUÇÃO DE RECEITAS E AUMENTO DE DESPESAS

Título de um uma crónica numa das páginas interiores do PUBLICO de hoje :

“Propostas do PSD reduzem receita fiscal, poupam a prazo no investimento e ainda não dizem quanto cortam na despesa “

Par melhorar o Orçamento, diz-se, o PSD apresentou duas simpáticas propostas que, feitas bem as contas, significam uma redução de 1000 Milhões de Euros (ME) do montante da receita já prevista na proposta do Governo. Para que seja mantido o rácio deficit/PIB acordado com a União Europeia, compromisso que a não ser cumprido, provocará desastroso dano na confiança de quem nos poderá (ainda) emprestar dinheiro, será então necessário reduzir a despesa do Estado em 1000 ME. Importará decerto saber onde e quanto em cada rubrica.
Bem…eu dou um contributo na forma de um palpite. Sugiro a extinção de duas Secretarias de Estado: uma chamada da Reabilitação, e outra dita da Igualdade. Segundo leio, no OGE para 2011 estão contempladas as seguintes dotações, em números redondos:
- para o gabinete do primeiro Secretário de Estado : 900 mil Euros
- para o gabinete do segundo Secretário de Estado: 700 mil Euros

Tudo somado, já juntei 1,6 ME. Falta cortar 998,4 ME. Vamos lá… venham lá propostas concretas.

Entretanto, a Associação Nacional dos Municípios, presidida por Fernando Ruas, que também preside à mesa do Conselho Nacional do PSD, diz rejeitar liminarmente os cortes nas transferências para os municípios. Ainda vamos ter uma greve dos autarcas.
O sindicato dos juízes também não aceita cortes. O sindicato dos agentes do Ministério Público também não. Nem os bombeiros, nem os professores, nem os tropas, nem as Juntas de Freguesia, nem os tripulantes da TAP, nem os enfermeiros, nem as universidades, nem os artistas, nem os ambientalistas, nem o dr. Nogueira, nem o dr. Picanço que hoje saiu muito satisfeito de uma reunião com o actual líder do PSD, por aí fora.
Não falta, neste País com síndroma esquizofrénico, quem proponha como remédio para a crise das contas do Estado, e como alternativa às medidas já apresentadas, a redução das receitas e o aumento das despesas. Não uma coisa contra a outra, mas uma coisa com a outra. São muito simpáticos, uns fofos…

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