quinta-feira, setembro 23, 2010
UMA PALAVRA CONTRA OUTRA
Vai para 3 anos, Manuel. M. Carrilho tinha conseguido uma confortável e jeitosa sinecura como embaixador na UNESCO. Chegou agora a hora de ser substituído ; a sinecura não era eterna.
O ministro Luís Amado declara tê-lo informado, em Abril passado, de que tal iria acontecer, no âmbito de um habitual movimento de rotação dos diplomatas políticos portugueses. Manuel Carrilho deu por paus e por pedras, e diz que não foi assim, que só soube da sua substituição há poucos dias.
Não há obviamente hipótese dos dois estarem a falar verdade. É a palavra de um contra a palavra do outro. Do conhecimento público e político que tenho dos dois, em particular quanto ao respectivo desempenho de carácter, não tenho dúvidas de que devo acreditar na palavra do ministro.
De resto, aquela história da entrevista dada recentemente por Manuel M. Carrilho cheira-me a habilidade de chico-esperto. Foi o momento certo para a dar. Como já sabia que ia ser substituído, vá de descascar no governo e nos governantes, pois assim se espalharia a ideia de que a sua substituição era motivada por uma perseguição política. Iria assim aparecer e ser falado nos jornais e nas televisões, ganhando auréola de vítima e de herói. O que era muito conveniente, logo agora quando as coisas começam a estar feias para o actual governo socialista. Pois sim, chamem-lhe tolo. Tolo não é, sabe-a toda.
Vai para 3 anos, Manuel. M. Carrilho tinha conseguido uma confortável e jeitosa sinecura como embaixador na UNESCO. Chegou agora a hora de ser substituído ; a sinecura não era eterna.
O ministro Luís Amado declara tê-lo informado, em Abril passado, de que tal iria acontecer, no âmbito de um habitual movimento de rotação dos diplomatas políticos portugueses. Manuel Carrilho deu por paus e por pedras, e diz que não foi assim, que só soube da sua substituição há poucos dias.
Não há obviamente hipótese dos dois estarem a falar verdade. É a palavra de um contra a palavra do outro. Do conhecimento público e político que tenho dos dois, em particular quanto ao respectivo desempenho de carácter, não tenho dúvidas de que devo acreditar na palavra do ministro.
De resto, aquela história da entrevista dada recentemente por Manuel M. Carrilho cheira-me a habilidade de chico-esperto. Foi o momento certo para a dar. Como já sabia que ia ser substituído, vá de descascar no governo e nos governantes, pois assim se espalharia a ideia de que a sua substituição era motivada por uma perseguição política. Iria assim aparecer e ser falado nos jornais e nas televisões, ganhando auréola de vítima e de herói. O que era muito conveniente, logo agora quando as coisas começam a estar feias para o actual governo socialista. Pois sim, chamem-lhe tolo. Tolo não é, sabe-a toda.