<$BlogRSDUrl$>

segunda-feira, agosto 23, 2010

REFORMA “Á BOLONHESA” - BACHAREIS, LICENCIADOS E MESTRES

(...) o Conselho Nacional das Ordens Profissionais (...) divulgou o início da recolha de assinaturas para uma petição [ pode ser assinada aqui ] que solicita à Assembleia da República a atribuição do grau de mestre, na designação pre-Reforma de Bolonha, aos titulares de anteriores licenciaturas com formação superior de 5 ou 6 anos.
A petição é aberta a todos os cidadãos que se sintam indignados pela injustiça produzida pela Reforma do Ensino Superior, dita de Bolonha, que passou a designar por licenciatura as formações de 3 anos, quando muitas centenas de milhares de portugueses tiveram que estudar 5 ou 6 anos, antes da reforma, para obter o mesmo grau académico de licenciados. Para a formação de 5 anos, após a reforma, o grau atribuido passou a ser o de mestre.
(...)
O mercado reconhece as diferenças, mas os concursos para admissão na função pública ignoram-nas, colocando no mesmo nível de formação os antigos e os novos licenciados
(...)
(...) a Regulamentação do Quadro Nacional de Qualificações, e no qual o bacharelato (designação da formação de 3 anos antes da reforma) e a licenciatura foram colocados no mesmo nível 6, sem diferenciar se as licenciaturas foram obtidas em 3 ou 5/6 anos. No nível 7 aparece apenas o grau de mestre, englobando formações pós reforma com 5 anos, e os antigos mestres com 6/7, ou mais anos.

Fernando Santos, in PUBLICO de hoje

Num país de “dótores” em tantas inefáveis matérias como psicologia, relações internacionais, sociologia, animação cultural, gestão e marketing, jornalismo, ciências da comunicação, ciências pedagógicas, e outras especiais “especialidades”, tais como engenharia civil com exames ao domingo e displinas tão transcendentes como inglês técnico, saber se os antigos bachareis agora já são licenciados, e se os actuais “mestres” correspondem aos antigos licenciados, parecem ser questões mesquinhas levantadas por quem dá muita importância ao canudo, qualquer que este seja.
Não é o meu caso, posso afiançar. Nunca me importou, por exemplo, que os engenheiros-técnicos e os regentes agrícolas tenham passado todos a ser designados por engenheiros. Estou-me positivamente nas tintas.
Nem tão pouco estou com idade para desejar concorrer a um lugar da administração pública, equivalido , em matéria de habilitações académicas, com um “licenciado de 3 anos”, ou em situação desfavorecida relativamente a “um mestre de 5 anos”...
Mas não deixo de sublinhar que nisto de formações académicas, ou há moralidade, ou comem todos. E que, como se diz na Figueira, há que “distinguir entre Traveira pai e Traveira filho ; um faz caixões, o outro faz caixinhas...”
Por isso, também quero ser Mestre, porra!....Licenciado, com 3 anos de estudo na Universidade Independente, exames ao domingo e prova de inglês técnico remetida por fax, será o engenheiro José Sócrates, se fáche favor....
Post Scriptum
É evidente que já coloquei a minha assinatura electrónica na dita petição on-line...

This page is powered by Blogger. Isn't yours?