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sexta-feira, julho 09, 2010

PÉROLA POÉTICA

Leio no “Figueirense” de hoje um texto que penso que poderá ser um excerto da memória descritiva do projecto apresentado por um empresário local do negócio imobiliário, para instalar mais um babilónico shopping nos solos da várzea de Tavarede.
Reza assim :

“(...) uma imagem arrojada, contemporânea, onde a organicidade e o movimento ondulante e desencontrado dos diversos pisos procura contrariar a rigidez da estrutura viária circundante, estabelecendo um movimento pleno de avanços e recuos que propicia acontecimentos tais como os acessos, zonas semi-exteriores ou simplesmente o assumir do objecto parcialmente encastrado no terreno (...)”

O leitor não percebeu?. Deixe lá. Não será o único. Deve ser por estar escrito no mais retinto dialecto “arquitectês” . Mas concordará que se trata de um delicioso naco de prosa-poética.

Post scriptum
Como não sei o significado da palavra “organicidade”, fui consultar um bom dicionário de português. Mas não é que o raio do substantivo ( pois imagino que seja um substantivo...) não figura no dicionário ?. Será por este ser anterior ao novo acordo ortográfico? Tenho de ver isso.

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