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quinta-feira, junho 24, 2010

“ERROS” DE ESTALINE

Camaradas!
A questão da guerra ou da paz entra numa fase que, para nós, é crítica. Se fecharmos o tratado de assistência mútua com França e a Grã-Bretanha, a Alemanha renunciará à Polónia e procurará um modus vivendi com as potências ocidentais. A guerra será descartada, mas o desenvolvimento dos acontecimentos poderá tornar-se perigoso para a URSS.
Se aceitarmos a proposta da Alemanha para a conclusão de um pacto de não-agressão, ela atacará naturalmente a Polónia e a entrada da França e da Grã-Bretanha nesta guerra tornar-se-á inevitável.
(...)
A Alemanha reserva-nos plena liberdade de acção nos Estados bálticos e não levanta nenhuma objecção ao regresso da Bessarábia à URSS. Eles estão prontos a deixar-nos a Roménia, a Bulgária e a Hungria a título de esfera de influência.
(...)
Assim, a nossa tarefa consiste em tentar que a Alemanha conduza uma guerra o mais prolongada possível, de forma a que a Inglaterra e a França estejam a tal ponto esgotadas que não consigam representar uma ameaça para a Alemanha soviética. Enquanto nós conservarmos uma posição de neutralidade à espera da nossa hora, a URSS acordará com a Alemanha actual uma ajuda que lhe fornecerá matérias-primas e o reabastecimento de que necessita.
(...)
Camaradas!
É de interesse da URSS, da Pátria dos Trabalhadores, que a guerra rebente entre o Reich e o bloco capitalista franco-inglês. Devemos fazer tudo para que esta dure o maior tempo possível, tendo por objectivo enfraquecer os dois lados. É por estas razões que devemos prioritariamente aprovar a conclusão do pacto proposto pela Alemanha, e trabalhar para que esta guerra, que será declarada dentro de alguns dias, decorra durante o período de tempo mais longo possível. (...)

Isto é um extracto do discurso do camarada José Estaline, Secretário-Geral do Partido Comunista da URSS, no Politburo do Comité Central, em 19 de Agosto de 1939, 15 dias antes da Alemanha nazi invadir a Polónia, agora transcrito no livro “ Discursos que mudaram o mundo”, recentemente editado pelo PUBLICO.
“Erros” de Estaline como este, assim como muitos outros, foram responsáveis por milhões e milhões de mortos. Mas trata-se apenas de “erros”, e não de crimes, na avaliação naif ( para dizer o menos..) que ainda hoje deles fazem muitos bons espíritos.

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