domingo, abril 18, 2010
A PROMISCUIDADE E O NOJO
O PCP tem inteira razão em pretender que a Comissão de Ética do Parlamento aprecie a mais que provável eleição ( ou será mesmo “nomeação”? ) de Castro Guerra para Presidente executivo da Cimpor. A confirmar-se, representará mais um vergonhoso exemplo da promiscuidade ente política e negócios, que os governos de José Sócrates vêm alimentando. Segue-se à despudorada tentativa de oferecer a sinecura ao também anterior ministro Mário Lino.
Castro Guerra foi Secretário de Estado da Indústria do anterior governo. Deixou por isso a função de governante há escassos 6 meses . Era responsável ( “tutelava”) pela área de actividade da empresa cimenteira. Ir direitinho agora para Presidente da Cimpor, sem qualquer período de “nojo” que, por razões éticas e políticas, deveria decorrer desde o tempo em que abandonou o Governo, até passar de tutelante para tutelado, não pode deixar de suscitar indignação. Bem como legítimas suspeitas, por muito honesto e íntegro que o senhor certamente será. Por exemplo : teria, enquanto Secretário de Estado tomado alguma decisão em favor da Cimpor, de que agora, como seu putativo Presidente, venha a beneficiar na sua actividade de gestão daquela empresa ?
A Cimpor é uma empresa privada, onde o Estado, através da CGD, detem uma posição minoritária. A eleição/nomeação do ex-Secretário de Estado da Indústria deve convir aos accionistas privados como ao público, ou seja, ao Governo e a José Sócrates.
Os primeiros asseguram alguem com capacidade para realizar o indispensável tráfego de influências junto do Poder. Como o fizeram respeitáveis empresas exclusivamente privadas, e de capital estrangeiro, “oferecendo” lugares de administradores não executivos a ilustres e influentes ex-governantes, como Pinto Balsemão, entre outros.
Os segundos, passam a dispor de um fiel e bem colocado “olheiro” e “controleiro” dentro da empresa. Ao mesmo tempo que dão uma apetecível sinecura como prémio ao anterior governante. Este, sem pinta de vergonha, aceita desempenhar este deplorável papel.
Perante tudo isto, não se poderá fazer mais nada? Só dar uma gargalhada e encolher os ombros?
O PCP tem inteira razão em pretender que a Comissão de Ética do Parlamento aprecie a mais que provável eleição ( ou será mesmo “nomeação”? ) de Castro Guerra para Presidente executivo da Cimpor. A confirmar-se, representará mais um vergonhoso exemplo da promiscuidade ente política e negócios, que os governos de José Sócrates vêm alimentando. Segue-se à despudorada tentativa de oferecer a sinecura ao também anterior ministro Mário Lino.
Castro Guerra foi Secretário de Estado da Indústria do anterior governo. Deixou por isso a função de governante há escassos 6 meses . Era responsável ( “tutelava”) pela área de actividade da empresa cimenteira. Ir direitinho agora para Presidente da Cimpor, sem qualquer período de “nojo” que, por razões éticas e políticas, deveria decorrer desde o tempo em que abandonou o Governo, até passar de tutelante para tutelado, não pode deixar de suscitar indignação. Bem como legítimas suspeitas, por muito honesto e íntegro que o senhor certamente será. Por exemplo : teria, enquanto Secretário de Estado tomado alguma decisão em favor da Cimpor, de que agora, como seu putativo Presidente, venha a beneficiar na sua actividade de gestão daquela empresa ?
A Cimpor é uma empresa privada, onde o Estado, através da CGD, detem uma posição minoritária. A eleição/nomeação do ex-Secretário de Estado da Indústria deve convir aos accionistas privados como ao público, ou seja, ao Governo e a José Sócrates.
Os primeiros asseguram alguem com capacidade para realizar o indispensável tráfego de influências junto do Poder. Como o fizeram respeitáveis empresas exclusivamente privadas, e de capital estrangeiro, “oferecendo” lugares de administradores não executivos a ilustres e influentes ex-governantes, como Pinto Balsemão, entre outros.
Os segundos, passam a dispor de um fiel e bem colocado “olheiro” e “controleiro” dentro da empresa. Ao mesmo tempo que dão uma apetecível sinecura como prémio ao anterior governante. Este, sem pinta de vergonha, aceita desempenhar este deplorável papel.
Perante tudo isto, não se poderá fazer mais nada? Só dar uma gargalhada e encolher os ombros?