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sexta-feira, março 12, 2010

UM SUICÍDIO, A IRRESPONSABILIDADE, A POLÍTICA, OS PSICÓLOGOS E O EDUQUÊS

Um professor era gozado, insultado e maltratado por umas “criancinhas” de uma escola secundária. Era psicológicamente frágil, ao que ouço. Suicidou-se há dias, atirando-se da ponte sobre o Tejo, em Lisboa.
Mário Nogueira, o façanhudo e hiperactivo “querido líder” da Fenprof não perdeu tempo. Foi lesto a começar a tirar aproveitamento político do acto desesperado do professor. Hoje de manhã, ouvi-o atribuir a responsabilidade moral do sucedido ao Ministério da Educação e à sua anterior Ministra. Mais declarou que já sabia do caso há tempos. O Sindicato dos Professores, também , presumo. Não mexeram uma palha, pelos vistos, para prestar assistência concreta ao professor e prevenir o seu desespero.
Isto dito, e assim sendo, parecerá legítimo concluir que o dito sindicato e o dito “querido líder” sindical têm também responsabilidade moral no suicídio do professor.

Ouvi há pouco na telefonia um senhor dirigente da DREL a informar que as “criancinhas” , já matulões e/ou matulonas, que insultavam e gozavam impunemente o frágil professor, estavam a receber “apoio psicológico”, como está agora em grande moda. Isto porque, no falar do senhor, com típico sotaque cascalhês, as “criancinhas”, tadinhas, não podiam ficar a carregar ao longo de toda a sua vida com um traumatizante sentimento de culpa.

Durante toda a minha vida escolar e universitária, passei por momentos de muita ansiedade e stress, nos exames da 4ª classe, do 2º ano, do 5º ano, do 7º ano. Para além de alguma porrada que às vezes levava, quando, na escola primária, me pegava com algum colega mais matulão. Nunca tive, tadinho de mim, qualquer apoio psicológico proporcionado por sábios psicólogos ou psicólogas . Deve ser por isso que sou como sou : totalmente psicológicamente desequilibrado. Quer dizer, meio amalucado, cheio de angústias existenciais, com imenso stress pós-traumático, com muitos parafusos a menos.

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