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quarta-feira, março 31, 2010

RENDAS APOIADAS

Leio na acta nº 4 da Reunião ordinária da Câmara Municipal da Figueira da Foz, de 17 de Fevereiro de 2010 :

“A Câmara (....) deliberou, por unanimidade, aprovar a atribuição de um fogo devoluto afecto ao Programa de Realojamento, de tipologia T3, sito na (...), freguesia de Tavarede, ao agregado familiar de(...) , mediante a aplicação de renda apoiada no valor de 4,75 € (...)”

“A Câmara (....) deliberou, por unanimidade, aprovar a atribuição de um fogo devoluto afecto ao Programa de Realojamento, de tipologia T1, sito na(...), freguesia da Marinha das ondas, ao agregado familiar de(...) , mediante a aplicação de renda apoiada no valor de 4,99 € (...)”

“A Câmara (....) deliberou, por unanimidade, aprovar a atribuição de um fogo devoluto afecto ao Programa de Realojamento, de tipologia T1, sito na(...), freguesia da Marinha das ondas, ao agregado familiar de(...) , mediante a aplicação de renda apoiada no valor de 4,75 € (...)”

Cinco euros por mês mal deverá dar para pagar os custos administrativos da cobrança e do processamento contabilístico de cada renda . Não se poderia, ao menos, ter arredondado as rendas para 5 euros ?

A acta contem páginas e páginas de longas conversas, intervenções e propostas de membros da Câmara, assim muito a jeito de debates parlamentares, para impressionarem as respectivas clientelas partidárias. As primeiras 27 páginas são dedicadas à narrativa destas falas, dicas e tricas.
Mas não relata quaisquer interrogações dos edis , nem fornece nenhumas indicações, sobre que inimagináveis e terríveis condições de sobrevivência estiveram na base do cálculo e atribuição de tais rendas. Algumas razões terá havido, presumo. E elas deveriam ser minimamente explicitadas e dadas a conhecer aos munícipes, sem prejuizo da manutenção de um indispensável nível mínimo da privacidade dos beneficiados.

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