segunda-feira, março 01, 2010
O PÊTÊVI GATE
Permanece o meu convencimento de que a posição e a imagem do Primeiro-Ministro se encontram intensamente fragilizadas pelo recorrente PÊTÊVI-gate . Há muita coisa por explicar sobre se sim ou não ele teve alguma coisa a ver com as manobras e tentativas de negociatas levadas a cabo, sob o guarda-chuva da PT, por pessoas do seu círculo de amizades : Armando Vara, José Penedos e sobretudo Rui Pedro Soares.
Assim fragilizado, o enorme desgaste político a que vai ser submetido, como resultado da impopularidade das medidas que terão de ser tomadas para saneamento das finanças do Estado português, vai certamente ser-lhe fatal . Não estou a ver muito bem como resistirá.
O que me parece ser mais deprimente e suspeitoso neste PÊTÊVI-gate, é a escala do esvoaçar que nele se detecta de “boys” e “garçons” do círculo de amigos do Primeiro-Ministro, ou com carreiras políticas de sucesso feitas através da Jota-Esse. Chamesmo-lhes RPS’s (RPS=Rui Pedro Soares), para adoptar terminologia mais sugestiva. Encontramos por aí muitos, ao nível local da nossa linda Figueira da Foz, por exemplo. São sobejamente conhecidos.
No tempo do cavaquismo (sobretudo nos seus últimos tempos..), já havia “boys” e RPS’s. Não se chamavam era assim. Foi no princípio do gelatinoso guterrismo que foi criada a designação de “boys”, como sendo algo que nunca seria tolerado. Acabou por sê-lo , e em que enorme escala. Quer a nível nacional, quer a nível local. Em sintomático paralelo e em homologia , o mesmo aconteceu igualmente na paróquia da Figueira, no consulado de Santana Lopes, por exemplo.
Na passagem de 3 anos do PSD e do CDS pelo Governo, continuou a haver muitos casos de nepotismo mais ou menos disfarçado, para pagamento de favores políticos, parecidos aos casos de RPS’s e figuras afins. Será necessário recordar esses tempos e esses casos ? Desde a nomeação de um ex-colaborador muito directo de Santana Lopes, para administrador de empresa de tratamento de resíduos sólidos, até ao caso de uma senhora advogada que depois de ser Ministra da Justiça foi para administradora da Caixa Geral de Depósitos, até à nomeação de Aguiar de Carvalho para a administração da REFER, feita por Carmona Rodrigues, ministro de Santana Lopes.
Agora mesmo, estou a ver no canal Parlamento, em diferido, a audição do autêntico Rui Pedro Soares na Comissão Parlamentar. Por curiosa ironia, vejo lá um RPS, do lado dos interpelantes deputados do PSD presentes. É o deputado Nuno Encarnação que, terminado o seu curso e na sequência da sua activa militância na Jota-Esse-Dê, saltou em 2002 para Administrador Delegado da Figueira Grande Turismo...A partir daí, a sua carreira política entrou em ascensão. Se o PSD voltar ao poder, vai longe, possivelmente até uma apetitosa sinecura na administração de uma qualquer empresa pública.
Permanece o meu convencimento de que a posição e a imagem do Primeiro-Ministro se encontram intensamente fragilizadas pelo recorrente PÊTÊVI-gate . Há muita coisa por explicar sobre se sim ou não ele teve alguma coisa a ver com as manobras e tentativas de negociatas levadas a cabo, sob o guarda-chuva da PT, por pessoas do seu círculo de amizades : Armando Vara, José Penedos e sobretudo Rui Pedro Soares.
Assim fragilizado, o enorme desgaste político a que vai ser submetido, como resultado da impopularidade das medidas que terão de ser tomadas para saneamento das finanças do Estado português, vai certamente ser-lhe fatal . Não estou a ver muito bem como resistirá.
O que me parece ser mais deprimente e suspeitoso neste PÊTÊVI-gate, é a escala do esvoaçar que nele se detecta de “boys” e “garçons” do círculo de amigos do Primeiro-Ministro, ou com carreiras políticas de sucesso feitas através da Jota-Esse. Chamesmo-lhes RPS’s (RPS=Rui Pedro Soares), para adoptar terminologia mais sugestiva. Encontramos por aí muitos, ao nível local da nossa linda Figueira da Foz, por exemplo. São sobejamente conhecidos.
No tempo do cavaquismo (sobretudo nos seus últimos tempos..), já havia “boys” e RPS’s. Não se chamavam era assim. Foi no princípio do gelatinoso guterrismo que foi criada a designação de “boys”, como sendo algo que nunca seria tolerado. Acabou por sê-lo , e em que enorme escala. Quer a nível nacional, quer a nível local. Em sintomático paralelo e em homologia , o mesmo aconteceu igualmente na paróquia da Figueira, no consulado de Santana Lopes, por exemplo.
Na passagem de 3 anos do PSD e do CDS pelo Governo, continuou a haver muitos casos de nepotismo mais ou menos disfarçado, para pagamento de favores políticos, parecidos aos casos de RPS’s e figuras afins. Será necessário recordar esses tempos e esses casos ? Desde a nomeação de um ex-colaborador muito directo de Santana Lopes, para administrador de empresa de tratamento de resíduos sólidos, até ao caso de uma senhora advogada que depois de ser Ministra da Justiça foi para administradora da Caixa Geral de Depósitos, até à nomeação de Aguiar de Carvalho para a administração da REFER, feita por Carmona Rodrigues, ministro de Santana Lopes.
Agora mesmo, estou a ver no canal Parlamento, em diferido, a audição do autêntico Rui Pedro Soares na Comissão Parlamentar. Por curiosa ironia, vejo lá um RPS, do lado dos interpelantes deputados do PSD presentes. É o deputado Nuno Encarnação que, terminado o seu curso e na sequência da sua activa militância na Jota-Esse-Dê, saltou em 2002 para Administrador Delegado da Figueira Grande Turismo...A partir daí, a sua carreira política entrou em ascensão. Se o PSD voltar ao poder, vai longe, possivelmente até uma apetitosa sinecura na administração de uma qualquer empresa pública.