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domingo, dezembro 13, 2009

ÓÓ SR. DEPUTADO...ÓÓÓ SR. DEPUTADO...

Naquela esquizofrénica palhaçada ocorrida numa reunião de uma Comissão Parlamentar, entre uma malcriada senhora deputada do PSD e um pouco menos malcriado deputado do PS, há um aspecto que não tem sido glosado, mas que a mim me faz bastante comichão nas meninges.
Trata-se do desempenho incompetente e quase irresponsável de quem estava a presidir à reunião, o deputado Couto dos Santos. Perante aquela peixeirada, o que lhe competia fazer era desligar os microfones dos deputados seus autores (como de resto acabou por fazer, tardiamente...) , e logo suspender a reunião . E não se colocar simplesmente a cacarejar aí uma dúzia e meia de vezes Óó senhor deputado..Óó senhor deputado..Óó senhor deputado.
Bem como lhe competia, antes disso, censurar e chamar a atenção do senhor deputado do PS pelas suas insistentes bocas lançadas quando estava no uso da palavra a senhora deputada do PSD. Aquela do deputado do PS declarar que as chamadas “bocas parlamentares” são regimentais, não lembra ao careca. Os apartes ( e não bocas..) são de facto naturais e frequentes na vida parlamentar, em qualquer Parlamento, dentro de limites da boa educação e da temperança, e desde que não sejam utilizadas para boicotar o discurso ao qual se lançam.
A sua utilização persistente não tem porêm qualquer cabimento ou justificação numa reunião de trabalho, ou suposta de ser de trabalho, e de esclarecimento. Seja de índole parlamentar, seja de qualquer outra índole, numa qualquer outra organização.
As reuniões das Comissões parlamentares estão todavia transformadas em “mini parlamentos”, reproduzindo, a uma menor escala, o estilo dos debates retóricos do Plenário, usado sobretudo para impressionar as galerias, para os jornais e para as televisões.
É a política espectáculo. No qual, como se sabe, intervêm por vezes os palhaços e as prima-donas.

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