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terça-feira, novembro 24, 2009

O PAPEL POLÍTICO DA ESPOSA DO POLÍTICO

A vida política na Figueira da Foz não cessa de me surpreender, cada vez mais recheada de originalidades patuscas. Desta feita, no e na ressaca do último acto eleitoral autárquico.
Primeiro, já lá vão uns meses, foi a escolha de um Juiz como candidato do PS local, por empenhada iniciativa, directa ou indirecta, do próprio líder partidário local, escolha acompanhada por toda uma série de curiosos episódios . A seguir, foi o inusitado afastamento desse mesmo líder partidário da campanha eleitoral da lista encabeçada pelo cidadão Juiz, que ele próprio havia feito questão em escolher. Veio depois a indigitação de um cidadão politicamente desconhecido da vida política local do PS, qual cristão novo convertido ao socialismo democrático, para candidato encabeçando a lista desse mesmo PS. Seguiu-se a “dramática” não eleição da lista encabeçada pelo mesmo candidato, na eleição para a Mesa da Assembleia Municipal, o que lhe terá trazido enorme desgosto, porventura por ter pensado que estava no papo o passar a ser a segunda figura do Município, com todo o prestígio social que tal cargo lhe conferiria.
Nas últimas duas semanas, temos assistido a encarniçadas diligências publicamente levadas a cabo pela esposa do mesmo candidato, assim envolvida, apenas por via das suas ligações familiares, nas contendas políticas locais, numa corajosa cruzada lutando pelo público desagravo da grave afronta política de que o seu marido havido sido vítima. Para o efeito, promoveu a organização de um jantar de desagravo. E agora fez publicar, como publicidade paga num orgão da imprensa regional, uma carta aberta ao já acima referido líder local do PS, com acusações gravíssimas, responsabilizando-o pela derrota sofrida na votação por voto secreto verificada na Assembleia Municipal.
Confesso que não me recordo de antes ver nada assim. Talvez seja uma nova forma de estar e de fazer política. Talvez estejamos em presenção de um excelente script para um filme de Almodovar, assim uma espécie de remake portuga do divertido e antigo filme “Clochemerle” dos anos sessenta.

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