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domingo, novembro 15, 2009

AINDA A PROPÓSITO DOS CRUCIFIXOS

“ (...) Não basta, por isso, considerar a laicidade como um valor e um património histórico, cultural e politico comum à Europa e à cultura ocidental, ignorando a sua raiz e origem profundamente religiosas e, concretamente, cristãs. Foi nesse contexto que nasceu e se desenvolveu. É dificil compreender a sua génesis e sentido fora da matriz que o cristianismo lhe proporcionou.
É certo que os processos de laicidade e a sua implantação se desenvolveram em confrontações abertas com a religião e com a Igreja, rompendo com a sua abusiva tutela. Apesar dessa beligerância, não se pode esquecer que as noções de pessoa e humanismo, de autonomia e liberdade e direitos humanos ou a própria noção de separação do poder politico e religioso só se tornam compreensíveis a partir da tradição cristã e judaico-cristã.
(...)
Como nota o já citado Émile Poulat, “ a Igreja e a religião perderam o estatuto público de que gozavam no espaço público e, com ele, deixaram de ser um poder, mas encontraram um lugar legítimo na sociedade civil - essa grande família de corpos intermédios entre o Estado e os cidadãos - a partir do qual podem continuar a ser uma autoridade (...) “
(Frei Bento Domingues, na sua crónica do PUBLICO de hoje)

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