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quinta-feira, setembro 03, 2009

VAI CAIR O CARMO E A TRINDADE...
O assunto vai abrir hoje os telejornais das 20 horas. Sobretudo o da TVI, ao que presumo.
A notícia do dia vai ser :

Lisboa, 03 Set - A direcção de informação da TVI demitiu-se devido ao cancelamento do Jornal de Sexta, apresentado por Manuela Moura Guedes, disse à Lusa uma fonte da estação.
"O Jornal de Sexta foi cancelado, acabou", disse à Lusa uma fonte da estação.
A direcção de informação foi, até agora, composta pelo director, João Maia Abreu, e pelos adjuntos, Mário Moura e Manuela Moura Guedes.
Temos assunto para encher nos próximos dias horas de emissão, páginas de jornais, opiniões de comentadores e de politólogos, pipas e pipas de megabites na blogosfera. Vai cair o Carmo e a Trindade, pois está mesmo a ver-se que este afastamento vai ser atribuido a diabólicas influências de José Sócrates.
Sou crítico, muito crítico até, de muitos aspectos da sua governação, das suas acções como das suas omissões, de aspectos ligados ao seu percurso socio-profissional, da sua excessiva preocupação na propaganda, do uso que faz frequentemente de estatísticas marteladas. Mas, em minha opinião, a sua diabolização, feita através de uma doentia sanha persecutória, acusando-o de todos os males que nos afligem, criando condições para a sua natural auto-vitimização, releva do mais primitivo sectarismo.
De resto, considero mesmo que o sectarismo é um modelo comportamental que está a envenenar a vida politico-partidária, contribuindo para desqualificar o exercício da actividade política aos olhos dos cidadãos. Mais uns passos, e poderá ser a própria democracia que pode ficar desqualificada.
Nota
Manuela Guedes poderia dispor na TVI, com inteira legitimidade, de um programa de meia a uma hora, todas as semanas, onde faria crítica azeda e sarcástica desta ou daquela personalidade politica, do governo ou da oposição; podia nele dizer graças de gosto mais ou menos duvidoso, podia emitir opiniões pessoais, comentários jocosos, gozar com os entrevistados. Podia chamar-se "Uma hora de sexta com Manela", por exemplo. Assim uma imitação reles do programa do professor Marcelo, mas em registo pimba, rasca ou pornográfico.
Agora o que não poderia chamar-lhe é espaço noticioso, telediário, jornal da noite, ou jornal de sexta, sob pena de colocar de rastos todo o bom nome de um orgão da comunicação social. Espero que não haja jornalistas, daqueles que ainda prezam e se preocupam com os aspectos deontológicos da sua profissão, que venham agora solidarizar-se com a senhora, por ela ter sido impedida de continuar a fazer um programa como aquele, abaixo de cão...

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