domingo, setembro 27, 2009
E AGORA ZÉ?... E AGORA ZECAS?...
E agora José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu, a noite esfriou,
e agora José?
E agora, você?
(excerto de um poema de Carlos Drummond de Andrade) (1)
Francamente, não entendo muito bem porque é que o PS festeja assim de forma tão entusiástica uma vitória com uma maioria relativa pouco expressiva face, por exemplo, à soma das votações do PSD e do CDS. José Sócrates chamou-lhe mesmo “uma extraordinária vitória eleitoral”!...Melhor me parece ser uma vitória de Pirro, o general grego que declarou “ mais uma vitória como esta e estou perdido...”
Agora, Zecas, agora as coisas vão ser muito dificeis. O quadro parlamentar fica muito complicado. Veremos se haverá establidade governamental suficiente para se poder face aos dramáticos desafios que estão pela frente. Assim haja. O novo Governo não vai ter, nem margem de manobra financeira, nem a possibilidade de levar a cabo uma governação popular, sob pena de, fazendo-a, levar o país à bancarrota. E vai por isso ficar muito exposto à erosão causada por certos discursos orientados pela demagogia, pelo populismo e pela irresponsabilidade.
E agora José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu, a noite esfriou,
e agora José?
E agora, você?
(excerto de um poema de Carlos Drummond de Andrade) (1)
Francamente, não entendo muito bem porque é que o PS festeja assim de forma tão entusiástica uma vitória com uma maioria relativa pouco expressiva face, por exemplo, à soma das votações do PSD e do CDS. José Sócrates chamou-lhe mesmo “uma extraordinária vitória eleitoral”!...Melhor me parece ser uma vitória de Pirro, o general grego que declarou “ mais uma vitória como esta e estou perdido...”
Agora, Zecas, agora as coisas vão ser muito dificeis. O quadro parlamentar fica muito complicado. Veremos se haverá establidade governamental suficiente para se poder face aos dramáticos desafios que estão pela frente. Assim haja. O novo Governo não vai ter, nem margem de manobra financeira, nem a possibilidade de levar a cabo uma governação popular, sob pena de, fazendo-a, levar o país à bancarrota. E vai por isso ficar muito exposto à erosão causada por certos discursos orientados pela demagogia, pelo populismo e pela irresponsabilidade.
(1) - Citado por Carlos Fiolhais , num artigo de opinião , no PUBLICO do passado dia 25 de Setembro.