quarta-feira, setembro 02, 2009
DICAS AVULSAS.... (4)
....sobre o programa do PSD
Dirigismos e asfixias
No ponto 11 do discurso em que apresentou o programa eleitoral do PSD, Ferrera Leite a certa altura declarou ter a visão de um Estado “que não se revê no dirigismo asfixiante de tudo o que é livre”. Já antes, no ponto 6 do mesmo discurso, se referira a “um novo modelo económico que rompa com o modelo socialista e dirigista dos últimos anos “.
Dirigismos e asfixias
No ponto 11 do discurso em que apresentou o programa eleitoral do PSD, Ferrera Leite a certa altura declarou ter a visão de um Estado “que não se revê no dirigismo asfixiante de tudo o que é livre”. Já antes, no ponto 6 do mesmo discurso, se referira a “um novo modelo económico que rompa com o modelo socialista e dirigista dos últimos anos “.
Presumi primeiro que pudesse estar a aludir ao “dirigismo” e intervencionismo em certas áreas de actividade e de intervenção de organizações da sociedade civil. No que até lhe concederia alguma razão. Estou eu a pensar , por exemplo, na ERC e na sua conhecida propensão para meter o bedelho em tanta matéria onde não deveria. Ou na disparatada ideia de praticamente igualar a união de facto com o casamento.
Mas como também falou de um tal “novo modelo económico”, como contraponto a um alegado “modelo dirigista dos últimos anos”, deduzo que, quando fala de “dirigismo asfixiante”, o anátema se aplicará igualmente à intervenção do governo Estado português na actividade económica. Coisa que, nestes tempos de intensa crise financeira e económica, fizeram aliás todos os governos dos paises europeus, a viver em economia de mercado.
A que se refere , exactamente, então? Conviria dizer com muito maior clareza o que entende por tal. Vamos lá a ver. É à Caixa Geral de Depósitos? Pretende ou não privatizá-la? É às “golden shares” em empresas ditas estratégicas, como a PT? É à gestão e controlo das verbas comunitárias? Pretenderá que estas sejam utilizadas, geridas e controladas por quem? Pelos Municípios e por associações empresariais? Pretende um afrouxamento ainda maior do papel, que porventura classificará de “asfixiante”, do Banco de Portugal, no controlo, regulação e fiscalização ( digamos..policiamento) dos bancos e outras instituições financeiras, afrouxamento com o qual se tornaria mais possível a ocorrencia de escandalosos casos como o do BPN ?
Ou será que se refere, por exemplo, ao “dirigismo” das muitas empresas municipais que há por esse País fora, em muitos e muitos municípios governados por eleitos pelo PSD ? . Como é o caso da Figueira da Foz, com a Figueira Domus e a Figueira Grande Turismo, esta arvorada
em empresa promotora de espectáculos ou em comissão permanente de festas, intensamente subsidiada por dinheiros das finanças municipais .
Mas como também falou de um tal “novo modelo económico”, como contraponto a um alegado “modelo dirigista dos últimos anos”, deduzo que, quando fala de “dirigismo asfixiante”, o anátema se aplicará igualmente à intervenção do governo Estado português na actividade económica. Coisa que, nestes tempos de intensa crise financeira e económica, fizeram aliás todos os governos dos paises europeus, a viver em economia de mercado.
A que se refere , exactamente, então? Conviria dizer com muito maior clareza o que entende por tal. Vamos lá a ver. É à Caixa Geral de Depósitos? Pretende ou não privatizá-la? É às “golden shares” em empresas ditas estratégicas, como a PT? É à gestão e controlo das verbas comunitárias? Pretenderá que estas sejam utilizadas, geridas e controladas por quem? Pelos Municípios e por associações empresariais? Pretende um afrouxamento ainda maior do papel, que porventura classificará de “asfixiante”, do Banco de Portugal, no controlo, regulação e fiscalização ( digamos..policiamento) dos bancos e outras instituições financeiras, afrouxamento com o qual se tornaria mais possível a ocorrencia de escandalosos casos como o do BPN ?
Ou será que se refere, por exemplo, ao “dirigismo” das muitas empresas municipais que há por esse País fora, em muitos e muitos municípios governados por eleitos pelo PSD ? . Como é o caso da Figueira da Foz, com a Figueira Domus e a Figueira Grande Turismo, esta arvorada
em empresa promotora de espectáculos ou em comissão permanente de festas, intensamente subsidiada por dinheiros das finanças municipais .
Já descobri!...Ferreria Leite estava seguramente a pensar na situação de nepotismo, de verdadeira “asfixia democrática” e de “dirigismo asfixiante” que toda a gente reconhece viver-se na Região Autónoma da Madeira . Onde o seu, dela, altamente considerado correlegionário Alberto João Jardim governa em estilo trauliteiro como o de Hugo Chavez, ainda mais apalhaçado. Mas sem que tal houvesse merecido, da parte da líder do PSD, uma vez sequer, uma palavra critica, um gesto de enfado, um sinal de distanciamento. Ora este silêncio é ensurdecedor. Esta omissão, sim, é asfixiante.