terça-feira, setembro 01, 2009
DICAS AVULSAS...(3)
... sobre o programa do PSD
Agora mais propriamente sobre o conteudo
Esta é constituida por um excerto da excelente e sensata crónica de Fernando Madrinha, no EXPRESSO do passado fim de semana (que nao me importava de ter sido eu a escrevê-la...) .
(...)
Manuela Ferreira Leite não promete tudo a todos, mas quase. Pelo menos a todos os que estão zangados com Sócrates. Assim, o alargamento do prazo de atribuição do subsídio de desemprego só pode agradar aos desempregados e a redução da taxa social única aos empresários ; a suspensão das avaliações, do estatuto da carreira docente e do estatuto do aluno (aqui o PSD faz o pleno) é uma caixinha de presentes para os professores que foram às manifestações dos cem mil ; a perspectiva de uma remuneração especial em função do trabalho desenvolvido certamente interessa a magistrados e juizes, a primeira classe visada por Sócrates logo no discurso de posse ; a promessa de nova revisão das carreiras nas Forças Armadas tenta seduzir os militares, com os quais o Governo manteve um conflito permanente nesta legislatura ; o fim das taxas moderadoras é simpático para os doentes potenciais que são todos os eleitores, ainda que nem todos recorram ao Serviço Nacional de Saúde ; e por aía adiante.
Para todas as classes descontentes, o PSD tem uma palavra amiga, sem que se vislumbre o mais leve intuito reformador. E o drama de Sócrates é que, aparentemente, os descontentes são muitos, por boas e más razões.
(...)
(...) o problema não está nos programas : está nas surpresas com que os partidos nos brindam depois de chegarem ao poder.
Por mais que Manuel Ferreira Leite repita que, ela sim, apenas promete o que está certa de poder cumprir, fica sujeita, como todos os outros, a fazer prova. E essa só a teremos depois do voto.
... sobre o programa do PSD
Agora mais propriamente sobre o conteudo
Esta é constituida por um excerto da excelente e sensata crónica de Fernando Madrinha, no EXPRESSO do passado fim de semana (que nao me importava de ter sido eu a escrevê-la...) .
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Manuela Ferreira Leite não promete tudo a todos, mas quase. Pelo menos a todos os que estão zangados com Sócrates. Assim, o alargamento do prazo de atribuição do subsídio de desemprego só pode agradar aos desempregados e a redução da taxa social única aos empresários ; a suspensão das avaliações, do estatuto da carreira docente e do estatuto do aluno (aqui o PSD faz o pleno) é uma caixinha de presentes para os professores que foram às manifestações dos cem mil ; a perspectiva de uma remuneração especial em função do trabalho desenvolvido certamente interessa a magistrados e juizes, a primeira classe visada por Sócrates logo no discurso de posse ; a promessa de nova revisão das carreiras nas Forças Armadas tenta seduzir os militares, com os quais o Governo manteve um conflito permanente nesta legislatura ; o fim das taxas moderadoras é simpático para os doentes potenciais que são todos os eleitores, ainda que nem todos recorram ao Serviço Nacional de Saúde ; e por aía adiante.
Para todas as classes descontentes, o PSD tem uma palavra amiga, sem que se vislumbre o mais leve intuito reformador. E o drama de Sócrates é que, aparentemente, os descontentes são muitos, por boas e más razões.
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(...) o problema não está nos programas : está nas surpresas com que os partidos nos brindam depois de chegarem ao poder.
Por mais que Manuel Ferreira Leite repita que, ela sim, apenas promete o que está certa de poder cumprir, fica sujeita, como todos os outros, a fazer prova. E essa só a teremos depois do voto.