terça-feira, julho 07, 2009
O PSD TEM TRÊS CANDIDATOS?
Curiosas e ao mesmo tempo desconcertantes e impregnadas de alguma dose intriga política, foram as declarações do Presidente do Comissão Distrital do PSD, referindo-se ao momento políticao actual na Figueira da Foz, que li no diário As Beiras do passado dia 25 de Junho.
“ O PSD tem três candidatos, um legítimo, que é Duarte Silva, e dois “ ilegítimos”, que são Daniel Santos e João Ataíde”
(...)
Segundo o citado, “ o primeiro foi vice-presidente da câmara pelo partido e o segundo desempenhou cargos políticos em governos do PSD “ . O que é rigorosamente verdade. Uma coisa e outra.
O candidato João Ataíde não gostou e declarou, por sua vez, não reconhecer ao dirigente distrital “legitimidade para dizer qual é a minha afinidade político partidária”. Ora essa legitimidade tem-na o dirigente partidário, efectivamente. Tenho-a eu também, como tem qualquer outro cidadão. É um “exercício de cidadania” avaliar os responsáveis políticos, e é um direito de cidadania classificá-los no quadro do tradicional espectro direita-esquerda.
Talvez a palavra “legitimidade” tenha sido mal escolhida, mas pressentem-se um pouco no seu uso os tiques de um juiz que, no ambito do exercício da sua magistratura está habituado a ter só ele legitimidade, e a não ter de defrontar o exercício do contraditório por parte de outrem. Não é pelo facto de alguem se declarar “do centro esquerda com matizes liberais” que eu tenho forçosamente de acreditar e de concordar com tal auto classificação . Se é ou não, se é muito se é pouco, cada um dos outros cidadãos é que avalia para si próprio, em função do seu “currículo” e do eventual anterior desempenho de cargos políticos por parte do avaliado.
De resto, importa sublinhar que, para o eleitor comum que vota, a escolha dos autarcas é quase totalmente feita ao arrepio de qualquer julgamento e classificação na tradicional matriz ideológica-político-partidária. O eleitor comum não sabe muito bem o que é isso de “gestão municipal de direita” ou de “gestão municipal de esquerda” . Muito mais do que em qualquer outra escolha política, o que cura de saber é o perfil pessoal de quem vai mandar. Do seu carácter, do seu currículo, da sua experiência, do seu comportamento ético, da sua capacidade de gestão e de relacionamento com os outros, do estilo da sua liderança . E, naturalmente, de qual é a equipa com quem vai trabalhar.
Curiosas e ao mesmo tempo desconcertantes e impregnadas de alguma dose intriga política, foram as declarações do Presidente do Comissão Distrital do PSD, referindo-se ao momento políticao actual na Figueira da Foz, que li no diário As Beiras do passado dia 25 de Junho.
“ O PSD tem três candidatos, um legítimo, que é Duarte Silva, e dois “ ilegítimos”, que são Daniel Santos e João Ataíde”
(...)
Segundo o citado, “ o primeiro foi vice-presidente da câmara pelo partido e o segundo desempenhou cargos políticos em governos do PSD “ . O que é rigorosamente verdade. Uma coisa e outra.
O candidato João Ataíde não gostou e declarou, por sua vez, não reconhecer ao dirigente distrital “legitimidade para dizer qual é a minha afinidade político partidária”. Ora essa legitimidade tem-na o dirigente partidário, efectivamente. Tenho-a eu também, como tem qualquer outro cidadão. É um “exercício de cidadania” avaliar os responsáveis políticos, e é um direito de cidadania classificá-los no quadro do tradicional espectro direita-esquerda.
Talvez a palavra “legitimidade” tenha sido mal escolhida, mas pressentem-se um pouco no seu uso os tiques de um juiz que, no ambito do exercício da sua magistratura está habituado a ter só ele legitimidade, e a não ter de defrontar o exercício do contraditório por parte de outrem. Não é pelo facto de alguem se declarar “do centro esquerda com matizes liberais” que eu tenho forçosamente de acreditar e de concordar com tal auto classificação . Se é ou não, se é muito se é pouco, cada um dos outros cidadãos é que avalia para si próprio, em função do seu “currículo” e do eventual anterior desempenho de cargos políticos por parte do avaliado.
De resto, importa sublinhar que, para o eleitor comum que vota, a escolha dos autarcas é quase totalmente feita ao arrepio de qualquer julgamento e classificação na tradicional matriz ideológica-político-partidária. O eleitor comum não sabe muito bem o que é isso de “gestão municipal de direita” ou de “gestão municipal de esquerda” . Muito mais do que em qualquer outra escolha política, o que cura de saber é o perfil pessoal de quem vai mandar. Do seu carácter, do seu currículo, da sua experiência, do seu comportamento ético, da sua capacidade de gestão e de relacionamento com os outros, do estilo da sua liderança . E, naturalmente, de qual é a equipa com quem vai trabalhar.
Por isso, a preocupação manifestada pelo candidato João Ataíde de logo se autoclassificar como “de centro esquerda” matizando essa classificação com uns pingos liberais (para alargar a sua base social e política de apoio...) , não fazia à partida sentido.
E abre a porta, isso sim, para que outros se possam pronunciar quanto ao que pensam da sua verdadeira afinidade político partidária. Com todo o direito democrático, e com toda a legitimidade democrática .
E abre a porta, isso sim, para que outros se possam pronunciar quanto ao que pensam da sua verdadeira afinidade político partidária. Com todo o direito democrático, e com toda a legitimidade democrática .