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sexta-feira, junho 05, 2009

A FIGUEIRA DA FOZ E A ANALISE POLITICA DA D. CELESTE

Fui anteontem à Figueira da Foz por uma auto-estrada deserta. Literalmente deserta : um camião ou outro, uma dezena de automóveis, mais nada. A auto-estrada, claro, vai mudando de nome.
(…)
(…) começa quase à minha porta, em Lisboa, e só pára em Aveiro. É quase paralela à velha A1 do prof. Cavaco e parece que nasceu da exuberante cabeça do eng.Guterres ( quem senão ele?) e que este Governo construiu o pouco que faltava.
A ideia de uma auto-estrada, por assim dizer, suplementar ou concorrente – uma ideia de gente rica ou de gente pródiga - , não deve ser comum. Na Figueira, essa extravagância vem sempre à conversa ( à frente de estranhos) entre o desdém pelos poderes que misteriosamente a conceberam e o habitual desconsolo com disparates de Lisboa e da Pátria.
A Figueira, apesar de um debate público entre Paulo Rangel e Vital Moreira, não está muito interessada no ruído a que por aí se chama “eleições” para a “Europa”.
Segundo percebi no restaurante da D. Celeste, uma PSD e “santanista" ferrenha, as pessoas só se importam com as locais, que terão em principio cinco listas de grupos que historicamente não se estimam.
(…)
Comendo as primeiras sardinhas do ano, achei a Figueira típica do país : melancólica, desiludida e sem esperança. Que lhe pode trazer um novo regime : uma terceira auto-estrada ?
(Vasco Pulido Valente in PUBLICO de hoje)

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