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segunda-feira, abril 06, 2009

CONSPIRAÇÃO, PRESSÕES E JOGOS DE PODER
(...)
(...) o que desejo para o caso Freeport. Não é muito : desejo que o primeiro-ministro do meu país esteja inocente, desejo que a investigação judicial vá até ao fim mesmo que o primeiro desejo não se cumpra, desejo sobretudo que a imprensa se pronuncie livremente sobre o assunto, mesmo que outros desejos não se cumpram.
(...)
(Rui Tavares, in PUBLICO de hoje)
Subscrevo estes desejos por inteiro. Junto 2 comentários.
1.
A meu ver, o Primeiro-Ministro deveria actualmente adoptar uma estratégia de afrontamento do que para ele são calúnias, de modelo mais pro-activo e muito menos reactivo. Numa manhã, colocava na pasta uma série de documentos essencias para esclarecer a sua posição em todo este caso, metia-se no carro e ia direitinho ao gabinete do Procurador-Geral da República ou da muito mediática procuradora Cândida Almeida. Aí chegado, perguntava ao senhor ou à senhora : vamos lá a saber. O que querem saber, o que querem que eu esclareça ? Vamos lá a pôr todas as cartas na mesa. Não estou para aguentar isto por muito mais tempo. Nem podem o Estado, a economia nacional, ou a grave crise que estamos e vamos atravessar.
Claro que depois não se ia livrar de um grande alarido, por parte dos procuradores ligados ao respectivo sindicato, que aqui d'el Rei o PM está a exercer pressões sobre os investigadores. Mas paciência.
2.
Tenho lido e ouvido referências à tese da possibilidade de que todo o caso Freeport , e todos os incidentes com consequências mediáticas recentemente a ele ligados, possam inserir-se numa estratégia de conspiração de forças ocultas, com ressonâncias da vida político-partidária.
Como tese, não é de rejeitar de todo. Mas não acredito nela.
Estou muito mais convencido, na hipótese do PM estar a ser alvo de acusações caluniosas, (hipótese que desejo e em que acredito), de que haverá por ali efeitos de jogos de conquista e exibição de poder, por parte dessa ambiciosa e contaminada organização corporativa que tem sido e é, ainda hoje, o Ministério Público. Afloramentos disso poderão ser, por exemplo, a badalada "denúncia" do presidente do sindicato dos magistrados de que haveria "pressões" e o seu mediatizado pedido para ser recebido pelo Presidente da República.

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