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terça-feira, março 24, 2009

ANESTESIAS E HIPOCRISIAS

Lê-se no editorial do PUBLICO de hoje :

“Não há mais mundo para além de Lucílio Baptista? Basta . Para o ano há mais. Mas até lá era bom resolver problemas como o do Provedor de Justiça e saber como pôde arder com tanta facilidade...em Março.
(...)
(...) estamos perante a vingança póstuma de Salazar, que acreditava poder anestesiar o país a doses de Eusébio (...) “

Os media e os chamados comentadores “desportivos” são culpados, por cumplicidade activa, pelo clima de quase “guerra civil” vivida em redor do negócio do futebol.
Primeiro fazem o mal . Criam azedas polémicas, excitam doentios tribalismos, alimentam paixões animalescas, regam matérias explosivas com gasolina. Depois fazem a caramunha. Mostram uma atitude farisaicamente amargurada, choram lágrimas plangentes pelo estado a que dizem ter chegado o futebol, julgam com hipócrita severidade como únicos culpados os dirigentes, os jogadores e os árbitros.

A corporação dos árbitros de futebol tem agora uma forma de colocar alguma racionalidade no clima de loucura que por aí vai. É dizer assim : ai é?. Ai é assim? Os árbitros não podem cometer erros? E quando os cometem são uns ladrões ? Os árbitros podem assim ser insultados de ladrões, com total impunidade ? As rádios e as televisões prestam-se a deixar que vomitem contra cidadãos profissionais da arbitragem os mais soezes insultos ? Os árbitros necessitam de protecção policial ? Pois muito bem . Não vamos arbitrar mais nenhum jogo de futebol enquanto alguém não puser, se necessário à cachaporra, um mínimo de decência no clima em redor do espectáculo circense do futebol.
Depois via-se de que iriam viver os comentadores “desportivos”, os jornais “desportivos” , os programas “desportivos” de rádio e de televisão.

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