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domingo, janeiro 04, 2009

CERRAR FILEIRAS

(...)
A politica de reformas e a própria necessidade de cerrar fileiras para enfrentar os tempos dificeis que aí vêm, encontram pela frente uma grandiosa e organizada resistência de vários interesses contraditórios confluentes:
- a cartilha leninista do PCP, seguida à letra pelos sindicatos que lhe prestam obediência, num quadro polititico que hoje é verdadeiramente terceiro-mundista;
- a resistência tenaz de todas e cada uma das corporações, em aceitar abrir mão de privilégios imorais e insustentáveis para o país;
- a cumplicidade activa de um corpo judicial que ignora como funciona o país real e que protege das reformas tentadas todas as outras coprporações, com receio de que finalmente chegue a sua vez;
- a atitude acrítica de muita imprensa que adora a rua e o conflito como fonte de notícia e a quem os sindicatos e as corporações servem prestimosamente muitas photo-oportunities e motivos de primeira página;
- e, enfim a absoluta falta de sentido de Estado das oposições e, em particular, do PSD, que nao resistem à mentalidade de que quanto mais complicada for a vida do governo melhor é para eles.

Todos partilham da crença suicida de que pior do que tudo é o país poder tornar-se governável e alterarem-se coisas que são um adquirido nacional, termos
- a saúde mais cara do mundo;
- o maior e mais inutil desperdício de dinheiros públicos numa Educação que não funciona;
- uma Justiça que se arrasta em auto-contemplação, incapaz de cumprir o essencial daquilo que justifica a sua existência ;
- uma produtividade laboral que é sistemáticamente uma das mais baixas da Europa e que parece querer assim justificar uma economia com lugar para salários indecentes e livres tropelias do capital.
(...)
(Miguel Sousa Tavares, in EXPRESSO de ontem)

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