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segunda-feira, dezembro 15, 2008

O TABU E O DILETANTISMO POLITICO BLAZÉ

Se os piedosos pregadores de uma política diletante e blazé, na sua versão mais poeticamente charmosa, querem ir a votos, pois que vão a votos.
Espera-se e exige-se que com seriedade, e recusando apenas cavalgar os descontentamentos e agitações que vão eclodir nos próximos tempos muito difíceis de 2009. E tambem com clareza programática, para os eleitores perceberem, sobretudo o que vem de facto e no fundo, a ser isso de fazer uma política autenticamente de esquerda, para além da distribuição de rosas e de cravos vermelhos acompanhada de belos poemas da resistência.
É que não basta andar a clamar que há injustiças, que o sistema de ensino está muito mau, que o sistema judicial é uma vergonha, que a politica económica é uma desgraça, que a preocupação economicista com o equilíbrio orçamental é um disparate, e por aí fora, como se pode discutir numa qualquer conversa de café, ou ouvir num dos muitos foruns de intervenção pública que agora há na rádio e na televisão. A cidadãos que querem intervir na governação da Res Publica pede-se muito mais que isso. Pede-se é que digam e escrevam muito bem como se faz, como vão fazer, no domínio da execução concreta.
Deixe-se portanto o ícone daqueles piedosos pregadores, de andar permanentemente a fazer fitas e fosquinhas, assim do género avanço-não avanço, não avanço agora-avanço depois, só avanço se alguém mais avançar, ou segurem-me se não avanço mesmo . De uma vez por todas, avance mesmo. Deixe-se de tabus e anuncie que vai mesmo a votos.

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