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sexta-feira, novembro 07, 2008

A TROPA PRONUNCIA-SE...

Aqui há dias, a tropa “pronunciou-se” . Ameaçou fazer mesmo um verdadeiro pronunciamento, à velha maneira dos coroneis e generais da América Latina dos anos 50 . É certo que se “pronunciou” pela boca de uma nova “brigada do reumático” , constituida por quem, na reserva ou na reforma, quer ver tambem mais cacau no fim do mês.
Mas viu-se pouca firmeza por parte do Governo. Um Ministro da Defesa meio titubeante veio declarar que sim senhor, está tudo bem, estamos a pensar no assunto e nos problemas da tropa. Que compreendia, e que tudo será solucionado e acabará em bem.
Meio caminho andado para fazer cedências à chantagem, está bem de ver .

A este propósito, escreve hoje José Miguel Júdice, no PUBLICO :

(...)
1- O Governo não pode, evidentemente, ceder às exigências dos militares, a partir do momento em que Loureiro dos Santos e Vasco Lourenço verbalizam o risco de golpes de Estado, tiroteio para o ar, pronunciamentos e outros disparates, palavra esta que uso retirando-a da boca do general Loureiro dos Santos para que se não engasgue. Mostra a sabedoria das nações que quando se começa a ceder às ameaças da tropa é cada vez mais dificil parar.
2 - O Governo deve saber ler os sinais dos tempos. Tropas ociosas são em regra mais propícias a disparates do que tropas ocupadas. Também isto nos revela a sabedoria das nações. Admito a minha ignorância, mas não consigo vislumbrar muitos motivos de actividade para tanta tropa em Portugal. Mas, seja como for, talvez não fosse disparate que o Governo encontrasse algumas ocupações, entre as quais não me parece que fosse uma desonra mobilizá-los para assegurar a ordem pública em bairros problemáticos.
(...)

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