sexta-feira, novembro 14, 2008
A REVISÃO DO PU DA FIGUEIRA DA FOZ (3)
Segundo o Censo de 2001, o número de fogos habitados no conjunto de 4 freguesias abrangidas pelo PU da Figueira da Foz, agora em processo de revisão, era o seguinte :
- S. Julião :....... 4272
- Buarcos : .......3034
- Tavarede :......2711
- S. Pedro :.........955
Total :.............10855
Por outro lado, no mesmo conjunto de 4 freguesias, contavam-se :
- Nº de fogos de uso sazonal :.....................9672
- Nº de fogos vagos :................................ ...1413
Total de fogos vagos e/ou uso sazonal...11085
Estes números revelam que, grosso modo, num qualquer dia de semana de Outono, Inverno ou Primavera de 2001, em cada 2 fogos existentes na Figueira da Foz, um estaria desocupado.
Entretanto, 7 anos volvidos, a desproporção deve ter-se agravado. Muitos mais prédios e fogos foram construidos, sem que a população da cidade tenha tido crescimento significativo. Registemos, a título de exemplo, o elevado número de novos prédios e fogos construidos na chamada Figueira Village (a norte de Buarcos) e na Quinta da Borloteira.
Por todo o lado da cidade vemos áreas urbanas desertificadas, prédios com apartamentos desabitados ou simplesmente por vender, com persianas corridas, anúncios de “vende-se” afixados nas paredes ou nas varandas.
Não há números actualizados, é certo. Mas não será muito arriscado estimar que, actualmente, num dia de semana de Outono, Inverno ou Primavera, em cada 3 fogos construidos na cidade da Figueira da Foz, um só estará ocupado, e os outros dois vagos.
Pela minha parte, acho que não seria coisa muito indesejável que a Figueira pudesse ter, relativamente a Coimbra, um perfil em parte de cidade dormitório semelhante (tomadas as devidas proporções....) ao que Cascais ou Oeiras têm relativamente a Lisboa. Ou seja, terra onde dormisse, vivesse, consumisse e pagasse impostos, quem trabalhasse em Coimbra ou nos arredores. Mas não é o caso. O perfil actual da Figueira, no tocante à natureza do seu tecido urbano, é meramente uma cidade de segundas habitações, na sua grande maioria usadas apenas em fins de semana e em 3 semanas de Agosto.
Será que interessa criar mais condições para que esse perfil se acentue, no plano qualitativo, e se reforce no plano quantitativo?
Segundo o Censo de 2001, o número de fogos habitados no conjunto de 4 freguesias abrangidas pelo PU da Figueira da Foz, agora em processo de revisão, era o seguinte :
- S. Julião :....... 4272
- Buarcos : .......3034
- Tavarede :......2711
- S. Pedro :.........955
Total :.............10855
Por outro lado, no mesmo conjunto de 4 freguesias, contavam-se :
- Nº de fogos de uso sazonal :.....................9672
- Nº de fogos vagos :................................ ...1413
Total de fogos vagos e/ou uso sazonal...11085
Estes números revelam que, grosso modo, num qualquer dia de semana de Outono, Inverno ou Primavera de 2001, em cada 2 fogos existentes na Figueira da Foz, um estaria desocupado.
Entretanto, 7 anos volvidos, a desproporção deve ter-se agravado. Muitos mais prédios e fogos foram construidos, sem que a população da cidade tenha tido crescimento significativo. Registemos, a título de exemplo, o elevado número de novos prédios e fogos construidos na chamada Figueira Village (a norte de Buarcos) e na Quinta da Borloteira.
Por todo o lado da cidade vemos áreas urbanas desertificadas, prédios com apartamentos desabitados ou simplesmente por vender, com persianas corridas, anúncios de “vende-se” afixados nas paredes ou nas varandas.
Não há números actualizados, é certo. Mas não será muito arriscado estimar que, actualmente, num dia de semana de Outono, Inverno ou Primavera, em cada 3 fogos construidos na cidade da Figueira da Foz, um só estará ocupado, e os outros dois vagos.
Pela minha parte, acho que não seria coisa muito indesejável que a Figueira pudesse ter, relativamente a Coimbra, um perfil em parte de cidade dormitório semelhante (tomadas as devidas proporções....) ao que Cascais ou Oeiras têm relativamente a Lisboa. Ou seja, terra onde dormisse, vivesse, consumisse e pagasse impostos, quem trabalhasse em Coimbra ou nos arredores. Mas não é o caso. O perfil actual da Figueira, no tocante à natureza do seu tecido urbano, é meramente uma cidade de segundas habitações, na sua grande maioria usadas apenas em fins de semana e em 3 semanas de Agosto.
Será que interessa criar mais condições para que esse perfil se acentue, no plano qualitativo, e se reforce no plano quantitativo?
Porquê e para quê, então, adensar mais áreas já parcialmente ocupadas com construção para habitação, ou abrir mais frentes de possível construção ?
Ora é isso que sucede em larga medida com a proposta de revisão do PU . Refiro, meramente a título de exemplo, os casos :
- dos terrenos actualmente ocupados pelo campo de treinos ( junto ao Estadio Municipal) que podem ser reconvertidos para habitação, com edifícios com um máximo de 6 pisos ;
- da área da actual piscina ( cuja “relocalização” se propõe) que será reutilizada tambem para habitação, podendo alguns edifícios atingir 6 pisos ;
- da zona UZ 12 A ( a nascente do Parque das Abadias, desde o quartel da PSP e até à av. Mário Soares) na qual será permitida a construção de novos edifícios, com um máximo de 6 pisos ;
- da UZ 10 , que compreende o Palacio Sotto Mayor e área envolvente, onde, exceptuando obviamente estas áreas ( também era o que faltava...) poderão ser autorizadas operações de loteamento com edifícios com um máximo de 6 pisos, uma densidade de habitação máxima de 55 fogos / ha , e prevendo a hipótese de se construir um hotel com uma cércea máxima de 64 m... ;
- da UZ 20 ( toda a zona a nascente do IC1 , desde o cemitério até ao limite norte e nascente do perímetro urbano) onde são previstas operações de loteamento com um máximo de 4 pisos ;
- da UZ 16, onde se admite o reaproveitamento dos terrenos do antigo terminal de camionagem, para construção com um máximo de 5 pisos ;
- da UZ 28 , compreendendo os terrenos da firma Alberto Gaspar, em que se admite a construção de edifícios para habitação com um máximo de 7 pisos.
- dos terrenos actualmente ocupados pelo campo de treinos ( junto ao Estadio Municipal) que podem ser reconvertidos para habitação, com edifícios com um máximo de 6 pisos ;
- da área da actual piscina ( cuja “relocalização” se propõe) que será reutilizada tambem para habitação, podendo alguns edifícios atingir 6 pisos ;
- da zona UZ 12 A ( a nascente do Parque das Abadias, desde o quartel da PSP e até à av. Mário Soares) na qual será permitida a construção de novos edifícios, com um máximo de 6 pisos ;
- da UZ 10 , que compreende o Palacio Sotto Mayor e área envolvente, onde, exceptuando obviamente estas áreas ( também era o que faltava...) poderão ser autorizadas operações de loteamento com edifícios com um máximo de 6 pisos, uma densidade de habitação máxima de 55 fogos / ha , e prevendo a hipótese de se construir um hotel com uma cércea máxima de 64 m... ;
- da UZ 20 ( toda a zona a nascente do IC1 , desde o cemitério até ao limite norte e nascente do perímetro urbano) onde são previstas operações de loteamento com um máximo de 4 pisos ;
- da UZ 16, onde se admite o reaproveitamento dos terrenos do antigo terminal de camionagem, para construção com um máximo de 5 pisos ;
- da UZ 28 , compreendendo os terrenos da firma Alberto Gaspar, em que se admite a construção de edifícios para habitação com um máximo de 7 pisos.