terça-feira, outubro 28, 2008
LEITURAS SOBRE O MOMENTO PRESENTE... (2)
E agora, voltamos a Marx ? Não. Voltamos a Keynes.
O keynesianismo, que fora definitivamente enterrado por Milton Friedman e pelos economistas da escola de Chicago, acaba de renascer para justificar o pragmatismo com que os governos ocidentais tiveram de agir. Para nacionalizar a banca e para tentar impedir que a crise financeira se transforme numa séria e prolongada recessão mundial. O raciocínio é simples. Se foi o mais genial economista do seculo XX que ajudou o mundo a sair da grande depressão, quando o desemprego nos EUA ultrapassava os 25% e a economia contraia outro tanto, os seus ensinamentos podem agora ajudar a evitar o pior. (...)
“ Se Marx regressasse não era para escrever O Capital, era para escrever A Dívida” diz joaquim Aguiar, economista e politólogo. Para ele, o que acabou foi “o capitalismo especulativo, ou seja, a utilização da moeda para gerar moeda” O que acabou “ foi a doutrina económica neoclássica que postula o homo economicus como um indivíduo racional.
“ A crise vai durar e pode transformar-se numa oportunidade de renovação da social-sdemocracia”, acrescenta Maria João Rodrigues. Lembra que “ a eleição de Obama pode impulsionar o campo social democrata” . Ou não, como ela própria admite: “ A crise de 1929 gerou o New Deal americano mas não salvou a social-democracia europeia, deu origem ao populismo e ao fascismo” e foi preciso uma guerra.
( Teresa de Sousa , in PUBLICO de 27.Outº )
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“ (...) a excessiva dependência das cotações bolsistas tem efeitos perversos, com os gestores a empenharem-se nos lucros trimestrais e não na saúde a longo prazo das empresas. Tanto mais que parte dos vencimentos dos gestores está ligada a essas cotações. Só que, acrescento eu, a ditadura do curto prazo também existe na política democrática, com eleições cada quatro anos... “
(Francisco Sarsfield Cabral , in PUBLICO de 27.Outº)
E agora, voltamos a Marx ? Não. Voltamos a Keynes.
O keynesianismo, que fora definitivamente enterrado por Milton Friedman e pelos economistas da escola de Chicago, acaba de renascer para justificar o pragmatismo com que os governos ocidentais tiveram de agir. Para nacionalizar a banca e para tentar impedir que a crise financeira se transforme numa séria e prolongada recessão mundial. O raciocínio é simples. Se foi o mais genial economista do seculo XX que ajudou o mundo a sair da grande depressão, quando o desemprego nos EUA ultrapassava os 25% e a economia contraia outro tanto, os seus ensinamentos podem agora ajudar a evitar o pior. (...)
“ Se Marx regressasse não era para escrever O Capital, era para escrever A Dívida” diz joaquim Aguiar, economista e politólogo. Para ele, o que acabou foi “o capitalismo especulativo, ou seja, a utilização da moeda para gerar moeda” O que acabou “ foi a doutrina económica neoclássica que postula o homo economicus como um indivíduo racional.
“ A crise vai durar e pode transformar-se numa oportunidade de renovação da social-sdemocracia”, acrescenta Maria João Rodrigues. Lembra que “ a eleição de Obama pode impulsionar o campo social democrata” . Ou não, como ela própria admite: “ A crise de 1929 gerou o New Deal americano mas não salvou a social-democracia europeia, deu origem ao populismo e ao fascismo” e foi preciso uma guerra.
( Teresa de Sousa , in PUBLICO de 27.Outº )
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“ (...) a excessiva dependência das cotações bolsistas tem efeitos perversos, com os gestores a empenharem-se nos lucros trimestrais e não na saúde a longo prazo das empresas. Tanto mais que parte dos vencimentos dos gestores está ligada a essas cotações. Só que, acrescento eu, a ditadura do curto prazo também existe na política democrática, com eleições cada quatro anos... “
(Francisco Sarsfield Cabral , in PUBLICO de 27.Outº)