segunda-feira, outubro 27, 2008
LEITURAS SOBRE O MOMENTO PRESENTE... (1)
“ Se Portugal não estivesse no euro, podíamos estar como a Islândia”
( Jose Miguel Júdice in PUBLICO de 26.Outº)
“ A gente da Gebalis ( agora acusada) usou o Estado como milhares de outros funcionários, de que ninguém fala e com que ninguem se escandaliza.
(...)
Existem na Gebalis – cuja função, convem repetir, é administrar bairros sociais – cinco pelouros : de relações internacionais, de recursos humanos, de sistemas de informação, de comunicação e, compreensivelmente, um pelouro jurídico. Esta exuberância burocrática abre oportunidade a tudo : de “viagens de estudo” a Marraquexe a festejos na marisqueira Sete Mares. Principalmente, quando se dá a cada vogal da direcção um cartão de crédito da empresa. A Gebalis já se esqueceu com certezao fim para que foi criada. Como o resto da máquina do Estado, vive para justificar os seus pelouros, por inuteis que sejam, e anichar os “companheiros” do partido
( Vasco Pulido Valente, in PUBLICO de 26.Outº)
Nota:
A Gebalis será porventura um exemplo de um caso extremo. Mas empresas semelhantes à Gebalis, em muitos dos seus aspectos, em escala e gravidade variáveis, há-as, como bem sabemos, espalhadas por muitos e muitos municípios por esse país fora.
“ Se Portugal não estivesse no euro, podíamos estar como a Islândia”
( Jose Miguel Júdice in PUBLICO de 26.Outº)
“ A gente da Gebalis ( agora acusada) usou o Estado como milhares de outros funcionários, de que ninguém fala e com que ninguem se escandaliza.
(...)
Existem na Gebalis – cuja função, convem repetir, é administrar bairros sociais – cinco pelouros : de relações internacionais, de recursos humanos, de sistemas de informação, de comunicação e, compreensivelmente, um pelouro jurídico. Esta exuberância burocrática abre oportunidade a tudo : de “viagens de estudo” a Marraquexe a festejos na marisqueira Sete Mares. Principalmente, quando se dá a cada vogal da direcção um cartão de crédito da empresa. A Gebalis já se esqueceu com certezao fim para que foi criada. Como o resto da máquina do Estado, vive para justificar os seus pelouros, por inuteis que sejam, e anichar os “companheiros” do partido
( Vasco Pulido Valente, in PUBLICO de 26.Outº)
Nota:
A Gebalis será porventura um exemplo de um caso extremo. Mas empresas semelhantes à Gebalis, em muitos dos seus aspectos, em escala e gravidade variáveis, há-as, como bem sabemos, espalhadas por muitos e muitos municípios por esse país fora.
“ (...) há uns anos, não mais do que duas gerações, as famílias aforravam para a velhice, porque sabiam que não haveria outros apoios senão os familiares. E, quando se era novo, trabalhava-se para atingir um objectivo, fosse ele casar, comprar casa, ter um carro ou faxer férias especiais.
(...)
Já quanto aos bens, como automóveis, casas ou férias, o sistema desde há 50 anos que nos aconselha a comprá-los primeiro e pagá-los depois. Tudo junto, é todo um programa contra a poupança.
O contrário do aforro é o endividamento. E quando todo o sistema assenta na dívida podemos ter colapsos destes.
Mas há causas para a ideia ser tão popular. O afastamento das filosofias e das religiões que pregam a virtude leva ao afastamento do deferimento da recompensa. Este conceito assenta na necessidade de trabalho, ou de sacrifício, antes de se alcançar o bem ( ou o paraíso).
Hoje a recompensa tem de ser imediata e anteceder o trabalho ou o sacrifício necessários à sua obtenção. Por isso, os créditos são imediatos, como o são as recompensas. Tudo se pode ter já, a cultura do instantaneo domina. (...) “
(Henrique Monteiro, in EXPRESSO de 25.Outº )