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domingo, outubro 05, 2008

KOSOVICES E OUTRAS TOLICES
O reconhecimento da independência do Kosovo, por Portugal, vai ser um grande e irresponsável disparate. Sobre o qual partilho das opiniões expressas por Pacheco Pereira, aqui , e por Vital Moreira, aqui. Portugal vai assim quebrar a solidariedade que neste assunto manifestava até ao momento com Espanha, país que obviamente não irá reconhecer a dita independência do Kosovo. Tem problemas que chegue com as suas "autonomias" e seria inconsequente reconhecer uma secessão daquela natureza que abriria o campo para servir de justificação e legitimação de muitas mais secessões peninsulares. Para a Espanha, seria como cuspir para o ar, em que o cuspe volta depois a tombar na cara do cuspidor.
Mas Portugal também não passa ao largo do problema. Não nos interessa ter aqui como vizinho, nosso principal mercado, nosso acesso terrestre à Europa, uma país (multinacional, embora) a fragmentar-se em diversos países e Estados, sabe-se lá com que custos sociais e com que agitação politica. E sabe-se lá até onde poderia chegar tal agitação política, trazendo à memória tempos violentos de há 6 ou 7 décadas.
A não ser que os governantes portugueses ( incluindo o Presidente da República ) alimentem a esperança de que o exemplo do Kosovo possa ser seguido por Alberto João Jardim, o Chefe da Madeira. O que seria um alívio para a República portuguesa, e para os seus contribuintes, temos de convir.

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