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segunda-feira, setembro 01, 2008


MEMÓRIAS DO BAIRRO NOVO

Chegou-me às mãos uma excelente brochura intitulada “ Bairro Novo de Santa Catarina “, da autoria e edição de Cação Biscaia, em boa hora patrocionada pelo Casino da Figueira.
Trata-se de uma interessante e valiosa síntese histórica, em registo de memória viva, do Bairro Novo da Figueira da Foz, muito bem estruturada e documentada ( através de texto de qualidade e de documentos gráficos ), sobre o seu determinante papel para a construção do perfil e da imagem da cidade enquanto estância de veraneio de primeiro plano, na vida social portuguesa, até aos finais dos anos 70 do século XX.
Uma obra que irei guardar em lugar de destaque na secção-prateleira da história da Figueira da Foz da minha biblioteca.

Daquela brochura transcrevo um saboroso excerto que, por sua vez, deve ser transcrição de notícia ou relato de quem visitava e frequentava a Figueira da Foz na primeira metade dos anos 40 .

“O bairro velho – campo de actividades comerciais e industriais permanentes – é pacato, como convem a quem trabalha. Vizinho da praia, aberto sobre o Atlântico, com a Esplanada e a Av.do Mar em construção, o Bairro Novo recebe os banhistas e acomoda-os nos seus prédios, nos seus hoteis modernizados, nas suas pensões asseadas e confortáveis. É o bairro buliçoso dos cafés e dos casinos, onde se concentra a vida estival em toda a sua pujança”

“Na Figueira tudo é lavado, limpo, sadio, são. É varrido de puro ar. Esmaltado de claro sol. A maioria das ruas – nomeadamente as de maior trânsito – são asfaltadas. As outras bem compostas. A cidade é quase plana. E o piso é suave e doce. Todas as artérias são cuidadosamente limpas pela madrugada. “

O tempo não volta para trás. Nem vale a pena chorar ou mergulhar em saudosismos piegas. O perfil da Figueira da Foz e em particular do Bairro Novo, na anterior primeira descrição, não é recuperável. Haverá então que encontrar perfis novos para ambos . Não necessáriamente no domínio do turismo , e muito menos do turismo balnear .
O perfil da segunda é. Não a pensar nos turistas, veraneantes ou banhistas. Mas a pensar nos figueirenses que cá vivem todo ano, e que aqui querem continuar a viver.
(Clicar na imagem para a aumentar)

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