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quinta-feira, junho 12, 2008

UM PAÍS À BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS


Fora da pátria, sem ver telejornais ( à hora dos mesmos só havia futebol), e sem oportunidade de aceder à internet (paradoxal em terra de tão elevado nível de desenvolvimento tecnológico...), fico 4 dias sem notícias do quotdiano do torrão natal. Julgava-o estar a decorrer tranquilamento, numa semana com pontes e feriados, e embalado pelos eventos e sucessos da bola.

No regresso, fico assustado, encontrando o país à beira de um ataque de nervos, próximo de um estado de sítio. O avião, já quase a sobrevoar Lisboa, faz uma súbita meia volta e volta a rumar a norte. Só quando se enxergava Peniche e a Berlenga, o comandante deu a notícia : devido a uma greve de camionistas, o avião tinha de ir ao Porto reabastecer . Não havia combustível no aeroporto de Lisboa. Voo para cima, reabastecimento demorado, voo para baixo, e o voo low-cost finalmente aterrava em Lisboa com 3 horas de atraso. Sobrevoando a baixa altura a 2ª circular, observo uma longa fila de automóveis encostados à direita, tentando entrar numa área de abastecimento de combustível. Fico ainda mais preocupado. Já em terra, tomo um táxi e o seu motorista diz-me que dali a um pouco teria de encostar; estava quase de depósito vazio, e não havia gasóleo para ser abastecido. Descubro ter o carro com o depósito a menos de um quarto ; o computador indicava-me que daria para andar uns 200 km. Mas resolvo não arriscar. Fico por Lisboa até me poder abastecer. O que já posso fazer, pois o ataque de nervos foi por agora controlado. Sabe-se lá até quando.

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