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domingo, junho 22, 2008

SUBSCREVO E ASSINO POR BAIXO...

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Toda a gente, excepto o GAVE [ Gabinete de Avaliação Educativa, do Ministério da Educação] percebe que os exames estão, em geral, cada vez mais fáceis. Quem não sabe nada de nada pode sempre tentar a sua sorte em mal alinhavadas questões de “cruzinhas”, não precisando sequer de saber escrever.
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É uma enormidade linguística e educativa que, num exame do 12º ano de Português, apareça uma frase como : “ Para responder, escreva, na folha de respostas, o número do item, o número identificativo de cada elemento da coluna A e a letra identificativa do único elemento do único elemento da coluna B que lhe corresponde”
Isto não é um exame sério do domínio da língua, é uma charada.
Como fiquei sem saber para que serve este tipo de exames, fui ao sítio do GAVE : “ Os exames nacionais são instrumentos de avaliação sumativa externa no Ensino Secundário. Enquadram-se num processo que contribui para a certificação das aprendizagens e competências adquiridas pelos alunos e, paralelamente, revelam-se instrumentos de enorme valia para a regulação das práticas educativas, no sentido de garantia de uma melhoria sustentatada das aprendizagens” .
Fiquei na mesma. Alguém me decifra o arrazoado?

(Prof. Carlos Fiolhais, em artigo de opinião no PUBLICO de 6ª feira passada).

Comentário meu :
O arrazoado não é para decifrar. É a expressão literária do “eduquês”, no seu máximo esplendor. Seria para rir à gargalhada, se não fossem as consequências trágicas que resultarão para a próxima geração daqui a uns anos(quando já cá não estiver para ver...), se a praga do “eduquês” não for rapidamente irradicada do paradigma da educação portuguesa. À “cachaporra”, se não houver outra maneira ...



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Nas sociedades modernas, há três coisas contra as quais um Estado democrático está basicamente indefeso : o terrorismo, a grande especulação financeira de um capitalismo global sem ética alguma, e os camionistas (...)

( Miguel Sousa Tavares, em artigo de opinião do EXPRESSO de ontem)

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O silêncio de Manuela Ferreira Leite é que foi realmente inesperado e chocante. Se ainda fosse lider do PSD, Luís Filipe Menezes teria apoiado os camionistas. Qual revolucionário de courato, Menezes ter-se-ia banqueteado nas bifanas de um piquete qualquer. É certo que Manuela Ferreira Leite recusou este populismo gastronómico, mas foi igualmente populismo pelo silêncio.
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Aquele bloqueio rodoviário não foi um mero ataque ao Governo. Foi uma afronta directa ao regime. Governo e regime são duas coisas distintas. Os camionistas atacaram o estado de direito e não apenas José Sócrates. E perante o ataque ao regime, Ferreira Leite tinha de criticar aquelas milícias fora-da-lei. Com o seu silêncio, Ferreira Leite legitimou a mensagem implícita no bloqueio : não vale a pena votar ou respeitar a lei ; o que vale a pena é fazer chantagem através de um bando de apaches corporativos (...)

(Henrique Raposo, em artigo de opinião do EXPRESSO de ontem)


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Houve, em matemática (...) 8,8 % de reprovações no 4º ano e 18,3 % no 6º ano. Mas, se olharmos os números do ano passado, veremos que a taxa de reprovações foi mais do dobro ( 19,7 % no 4º ano e 41% no 6º). O que significa isto? Que os nossos alunos progrediram assim tanto de um ano para o outro, ou que os exames foram simplificados ? Cada um retirará as suas conclusões.
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Ora isto, além de pouco resolver do ponto de vista do conhecimento, nada contribui para a motivação dos professores, atrapalha a autoridade das famílias (...) e prepara os jovens para um mundo inexistente, um país de faz de conta. Porque nada na vida real é assim tão simples.

(in Editorial do EXPRESSO de ontem )

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