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sábado, junho 14, 2008


O DIÁLOGO NO FAR-WEST...

No regresso à rainha das praias, ponho novamente em dia a leitura da imprensa local acumulada de bastantes dias. No diário As Beiras do passado dia 10 de Junho, leio a crónica, acima reproduzida, dos acontecimentos ocorridos na Figueira da Foz quando do boicote e das sabotagens levadas a cabo pelo país fora por uma horda de três ou quatro centenas de desordeiros, patrões do negócio da camionagem.
Fico pouco menos que estarrecido. Assaltam-me a dúvida e a angústia de saber se não estaremos no mundo dos cow-boys e das cowboiadas, numa terra distante do far-west onde não haja nem sheriff nem lei.
É enternecedora e tranquilizadora a capacidade para o “diálogo” manifestada pela PSP, em especial do seu sub-comissário da Figueira da Foz, conforme se pode deduzir do texto da reportagem, e por exemplo deste excerto:

“(...) Pedro Costa, que se identificou como líder do protesto e porta-voz dos contestatários, esgrimiu argumentos com o graduado da PSP mas manteve-se irredutível sobre a saída de camiões (...)”.

Ou ainda deste outro :
“(...)
Os manifestantes fizeram uma barreira humana en frente ao camião e, enquanto a situação era negociada com a PSP, os tubos de alimentação do veículo foram cortados por desconhecidos. (...)”.



O glorioso comandante dos gloriosos sabotadores, responsáveis por diversos crimes cometidos no concelho da Figueira da Foz, nas barbas das forças policiais, era pelo vistos um senhor chamado Pedro Costa. Heroico, confiante na sua impunidade, o sr. Pedro Costa foi ao ponto de vangloriar-se , em registo de descarado desafio, de

“(...) ser responsável por seis equipas de piquete numa zona entre Leiria e Mira “ e que, com comovente humanismo, conseguira “ parar 80 por cento da Figueira da Foz SÓ ( sic...) com três pára-brisas [de camiões] partidos “.

Será de presumir ( mas não estou nada seguro disso, mesmo nada...) que o seu nome conste da tal lista de 91 motoristas identificados pela GNR e dos 15 autos levantados no Ministério Público , que foram anunciados como prova de que os orgãos de soberania estavam a defender o bom nome e a autoridade do Estado democrático .
Face a este relato testemunhal de vários crimes violadores dos direitos de outros cidadãos camionistas, e da legalidade democrática, o senhor procurador-adjunto do Ministério Público já deveria ter certamente diligenciado no sentido de ser aberto o indispensável processo crime ao tal senhor Pedro Costa . Acham que sim? Cá por mim, não acredito . Se estiver enganado, as minhas antecipadas desculpas...
(Clicar na imagem para a ampliar)

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