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sábado, abril 19, 2008

A SAPIÊNCIA AMBIENTALISTA...

Sub-título de uma notícia do suplemento de economia do EXPRESSO de hoje :

“Os cereais faltaram na Europa pela primeira vez em 62 anos. Afinal devem ser usados para alimentar pessoas ou pôr os automóveis a circular?”

Extracto da crónica de Henrique Raposo, também no EXPRESSO de hoje :

“ (...)
O “ambiente é a reencarnação da divindade impiedosa que exigia a obediência cega aos hebreus. Mais : os ecologistas garantem que o “ambiente” afogará os homens nas águas do degelo, tal como Deus afogou os homens no dilúvio (...)
Na ânsia de apaziguarem este culto apocalíptico, os políticos ocidentais acabam por fazer alguns disparates. O maior disparate verde é, sem dúvida, o etanol (gasolina “verde” destilada de cereais).Nos últimos doze meses, o preço dos cereais disparou em flecha ; o terceiro mundo está a ser varrido por uma onda de revoltas provocadas por esta súbita carestia.
(...)
Os governos ocidentais passaram a subsidiar a produção da gasolina “verde”, o etanol. E aqui reside o problema. Ao transferir os cereais para a produção de combustível, o Ocidente está a elevar de forma escandalosa o preço da comida. Isto é pornografia cerealífera : os ocidentais não podem expiar a sua culpa ambiental à custa da barriga do resto do mundo(...)
(...)
Perante o desastre provocado pela gasolina verde, os ecologistas já reconheceram o erro?. Nem pensar. Um grupo de ambientalistas francês até brincou com a situação quando disse que o etanol é “ verdadeiramente uma falsa boa ideia”. Notável.


Há cerca de 3 meses, um ilustre deputado do PS, decerto com muita sensibilidade “ambientalista”, mas com pouco conhecimento sobre os mecanismos , a dinâmica e o funcionamento do meio ambiente, apresentou um projecto de lei tonto para tornar obrigatória a emisão, nas bombas de gasolina, de um “relatório” sobre a proveniência do combustível, sempre que um condutor abastecesse a viatura. A notícia era dada assim no Diário Digital :

O projecto de lei que tem Jorge Seguro como primeiro subscritor foi entregue sexta-feira e torna obrigatória a facturação detalhada, em percentagem, das fontes de energia primária utilizadas.
A facturação detalhada deve igualmente indicar, «em local bem visível», o cálculo de emissão de CO2 e outros gases com efeito de estufa a que corresponde o respectivo consumo, refere o diploma.
«Actualmente olhamos para o número da factura que indica quando pagamos. Devemos passar a olhar também para outro número, que indica quanto é que estamos a estragar o planeta», defendeu Jorge Seguro, em declarações à Lusa.
O deputado apontou que, com a indicação na facturação detalhada das fontes energéticas e da emissão de CO2 calculada, por exemplo, por litro de gasolina, «quando for abastecer» o consumidor poderá fazer «a escolha mais verde».
«Ao mesmo tempo, consciencializa-se do contributo que o seu consumo tem para um planeta com pior ambiente», acrescentou Jorge Seguro.

neste postal eu comentara a ideia. Resta saber se, depois de serem conhecidos os efeitos muito perversos da promoção do uso de “bio-combustìveis” nos pópós, aquele senhor deputado e outros sapientes ambientalistas, ainda manterão a ideia de promover o consumo dos chamados “combustíveis” verdes .

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