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segunda-feira, abril 14, 2008

AUTO – ESTRADAS, TELEMÓVEIS...

De novo de regresso à lusa pátria, coloco em dia a leitura da imprensa dos últimos dias. Encontro o EXPRESSO do fim de semana com um título bombástico na primeira página : “ Lisboa é a região da UE com mais auto-estradas” . Com uma densidade de 220 km lineares por 1000 km2 ; que compara com a região a seguir, que é Bremen (Alemanha) , com 176 km por km2. Nada que me deixe surpreendido.
Já uma vez aqui comentei que não conheço nenhum país europeu como Portugal ( talvez com excepção da rica Alemanha) onde, numa faixa litoral de umas poucas dezenas de quilómetros, se pode ir de Lisboa até à fronteira norte com a Galiza, através de duas auto-estradas, alternativas, separadas entre si, em alguns troços, por escassos 4 a 5 quilómetros.
Nisto de betão, de acessos ( que em “politiquês” pífio se designam por “acessibilidades”), de rotundas, de pavilhões multiusos, de centros de espectáculos, somos um país, não duplicado, mas multiplicado . Também o mesmo sucede com o número de telemóveis por 100 habitantes, por exemplo, esse índice tão revelador do sucesso do plano tecnológico, em que estamos à frente de quase todos os países da União Europeia. E em número de fogos por habitante, racio no qual a Figueira da Foz , no contexto nacional, está seguramente muito bem posicionada, em lugar de destaque.
Na cauda, estamos em minudências e irrelevâncias sociológicas, tais como literacia , sucesso escolar, conhecimentos de matemática, cultura científica, coesão social, produtividade, sentido de pertença a comunidades, capital social, qualidade do urbanismo e da vida urbana, coesão social, respeito pelo meio ambiente, para apenas citar alguns aspectos.

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