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terça-feira, março 18, 2008

SEMPRE A MESMA HISTÓRIA

Há uma frase feita, um clichê, um lugar comum, que dá um certo glamour de bondoso “humanismo” a quem a pronuncia com ar erudito, no contexto da actual contestação corporativa dos professores . Reza mais ou menos assim : “ não é possível fazer reformas na educação contra os professores”.
É claro que a frase é bonita. Mas é também aplicável para muitos e muitos outros casos de classes profissionais ligadas à Administração do Estado. Troquemos educação por sistema judicial, e professores por funcionários judiciais ou juizes, e a frase resulta. Troquemos educação por funcionalismo público, e professores por funcionários públicos, e a frase resulta. Troquemos educação por forças armadas e professores por militares, e a frase resulta . Resulta sempre, porque reacção dos atingidos pelas reformas, há sempre. De forma que a circunspecta frase quase parece sugerir, a quem governa, a sábia prudência de não fazer reformas nenhumas, não fazer ondas e deixar andar tudo como está. Ou seja, mal...
Vai ser hoje anunciado um novo mapa judiciário, e um conjunto de alterações do funcionamento do sistema judicial. Representantes das corporações dos magistrados e dos funcionários judiciais já vieram anunciar que colocam as maiores reservas àquelas alterações. Daí a começarem a contestá-las, porventura na rua, e a “indignarem-se” com elas, irá um pequeno passo.
Está previsto que a produtividade dos juizes também irá ser fiscalizada e avaliada por um Juiz presidente, em cada circunscrição judicial. Vai cair o Carmo e a Trindade, estou mesmo a ver. Os juizes vão protestar, é claro, clamar que aqui d’El Rei que a classe dos juizes está a ser agredida, perseguida, injuriada. Talvez, quem sabe, venham novamente a fazer greve...

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