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domingo, março 30, 2008

CREDIBILIDADE E ESTADO DE PLASMA

Na sua primeira página, e com grande destaque, o PUBLICO exibia há dias uma fotografia de uma senhora, de olhar triste, entre umas mesas-carteiras de uma sala de aula . Junto da fotografia, o seguinte título, também com grande destaque : “ Docente do Porto faz queixa judicial contra toda a turma” .
Achei a coisa estranha. Mas pensei : bravo, temos heroina, a senhora professora resolveu corajosamente dar a cara e, depois de ter ficado calada tanto tempo, antes do famoso video ser exibido no YouTube, assumir uma atitude combativa na luta contra a indisciplina e a violência nas escolas portuguesas. Ou, pela positiva, na luta por uma escola pública portuguesa disciplinada, prestigiada e com bom desempenho no processo educativo.
Afinal, vim hoje a saber que a dita foto não era dessa senhora professora, mas tão só de uma distinta senhora jornalista que participou na reportagem e na elaboração da notícia. Na ânsia de mostrar ter um exclusivo, o PUBLICO não teve rebuço em enganar os seus leitores..
Pois é. É por estas e por outras que assim se vai evaporando a credibilidade noticiosa da imprensa, da rádio e da televisão. Da comunicação social em geral, o quarto poder. Quando se lêm, ouvem ou vêm certas notícias, importa estar sempre de pé atrás e desconfiar se não estará ali uma história mal contada, uma vigarice, um embuste, um acto de má fé, ou uma interpretação vesga.
Pela parte que me toca, essa credibilidade há muito que se encontra no estado gasoso.
Por efeito daquela vigarice, a do PUBLICO, em particular, quase passou ao estado de plasma.

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