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quinta-feira, fevereiro 14, 2008

SUBSCREVO....

Estas "teses" respigadas da crónica de Constança Cunha e Sá, no PUBLICO de hoje :

Claro que entre a utopia do socialismo e as ameaças que enfeitam o seu tormentoso caminho, é fácil perceber que toda esta ficção se divide inevitavelmente entre o cálculo eleitoral e uns vagos estados de alma que não colam com a realidade. Sem conseguir libertar-se dos jogos da pequena política, Manuel Alegre fica aquém das dificuldades da esquerda, ficando-se simultaneamente pelos lugares comuns de um populismo primário. Como Manuel Monteiro, nos seus bons velhos tempos, o eterno dirigente do PS insurge-se contra as chagas do sistema e os interesses obscuros que bloqueiam os partidos e tolhem a liberdade.
(...)
Aliás, as suas entrevistas, as suas declarações, os seus hipotéticos debates não chegam sequer a Badajoz ; são parte intrínseca deste quintal e iluminam um pequenino mundo, sem horizontes, onde florescem impunemente as intrigas de bairro, os ajustes de contas, as vinganças miúdas e as ameaças veladas.
(...)
Ao contrário do que possa parecer, o socialismo de Manuel Alegre não é só um delírio ideológico de quem nunca teve nada a perder : é uma manobra partidária que visa satisfazer os interesses de um reduzido grupinho que, valendo-se do descontentamento popular, pretende condicionar a acção do Governo e acabar com as suas incipentes reformas.

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